Kaze and the Wild Masks: estúdio brasileiro comenta sobre a criação do jogo e amor a jogos retrô

Kaze and the Wild Masks

Kaze and the Wild Masks é um jogo de plataforma retro desenvolvido pelo estúdio brasileiro PixelHive e inspirado nos jogos clássicos dos anos 90, como Donkey Kong Country 2 e Super Mario World. O jogo de plataforma colorido leva você em uma viagem pelo caminho da memória enquanto você percorre o caminho pelas Crystal Islands. Você joga como o feroz coelho Kaze e enfrenta vegetais vivos enfurecidos de várias maneiras, graças aos poderes das Máscaras Selvagens. Ataque ferozmente como um tigre, voe pelo céu como uma águia, corra ferozmente como um lagarto e domine o mar como um tubarão. Com desafios difíceis, níveis de bônus ocultos e plataformas suaves, você logo se verá preso para realizar tudo.

Kaze and the Wild Masks abrange todos os elementos de plataforma clássicos dos anos 90 e dá um toque pessoal com gráficos de pixel art de aparência moderna com cores vibrantes e personagens animados. Em uma esntrevista recente ao blog oficial da publisher Soedesco, os desenvolvedores da PixelHive comentaram sobre a motivação por trás da criação de um jogo de plataforma retrô nestes tempos modernos. Veja algumas partes da entrevista abaixo:

Você poderia nos contar um pouco mais sobre você e a equipe por trás de Kaze and the Wild Masks? De onde vocês são e qual é a sua história?

Oi! Eu sou Paulo Bohrer, o compositor musical e designer de som por trás do Kaze and the Wild Masks e um dos fundadores do estúdio de desenvolvimento PixelHive. Somos uma pequena equipe de desenvolvimento de jogos com sede na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A maioria da equipe vem desenvolvendo jogos há muitos anos antes de Kaze e the Wild Masks, e todos nós compartilhamos o desejo de desenvolver um jogo retro que poderíamos realmente chamar de nosso, algo que voltou às nossas raízes quando jovens jogadores e compartilhamos a magia desses jogos “simples”, mas poderosos, com os quais crescemos.

“Nostalgia, respeito, admiração e homenagem são as palavras que definem porque queríamos fazer este jogo”

Como um estúdio de desenvolvimento de jogos do Brasil, como é a cena de desenvolvimento de jogos aí?

Há tantos títulos excelentes sendo lançados em todos os cantos do Brasil – definitivamente temos muitos desenvolvedores talentosos aqui. O cenário de desenvolvimento de jogos aqui está sempre crescendo, mas em um ritmo mais lento do que desejamos. Enfrentamos todos os desafios de um país ainda em desenvolvimento, não há programas de incentivo suficientes vindos do governo e o financiamento é um tanto complicado, pois muitos investidores são muito conservadores e ainda não entendem a indústria bem o suficiente para investir em jogos. Temos organizações e entidades que colocam todos os seus esforços na tentativa de mudar esse cenário, porém, e mesmo com todos os desafios, existem muitos estúdios brasileiros capazes de lançar jogos que se destaquem para o mundo todo.

O que o moveu a fazer um jogo como Kaze and the Wild Masks?

Eu me lembro vividamente quando eu era apenas uma criança aos 7 anos de idade e colocava um gravador cassete na frente da TV e gravava em loop minhas canções de jogo favoritas. Mais tarde, eu levaria essas gravações para minha professora de piano e ela aprenderia as músicas de ouvido para me ensinar depois. Eu acho que nós brasileiros somos muito nostálgicos por natureza, haha. É muito provável que, quando você conhecer alguém daqui, nós nos abramos e comecemos a compartilhar nossas paixões e sobrecarregar você com nossas histórias (espere, nem todos os brasileiros são assim? Só eu? Ok, desculpe!). Cada um de nós desenvolvendo Kaze and the Wild Masks tem uma história como essa e sabemos que muitas pessoas ao redor do mundo sentem o mesmo. Nostalgia, respeito, admiração e homenagem são as palavras que definem porque queríamos fazer este jogo.

“Queremos simplesmente proporcionar momentos divertidos e agradáveis a outras pessoas da mesma forma que fomos afetados pelos jogos em nossa infância dos anos 90”

Veja a entrevista completa (em inglês) por este link.


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.