Party Hard 2

Party Hard 2 – seja furtivo, mas aproveite as festas

Invada uma festa, cumpra suas missões, derrube uma conspiração e ainda se divirta no caminho matando personalidades bem diferentes. Mas não vá com sede ao pote, pois para se embriagar e sentir aquele estômago virado é fácil.

Há algum tempo já não sabemos mais o que é sair, festejas e aglomerar. E não sei se foi por esse motivo que eu gostei bastante de Party Hard 2, da desenvolvedora Pinokl Games e publisher tinyBuild, até por que as festas são só pano de fundo para um jogo de missões furtivas que vai muito além das loucuras que acontecem nesse mundo isométrico muito bem criado.

Party Hard 2

A Sequência

Após uma primeira onda de assassinatos em massa, The Party Hard Killer volta para uma nova sequência do jogo, mas agora ele está mais para um vigilante (assim… nem tanto, pois você sempre pode escolher a anarquia e danos colaterais serão por vezes necessários). Nosso protagonista (ou um dos quatro disponíveis) está no encalço dos pessoas responsáveis por uma conspiração farmacêutica, e todos, por incrível que pareça, estão espalhados em diversas festas insanas que acontecem em diferentes locais.

Você tem missões a cumprir, provas a encontrar, alvos para neutralizar e para isso conta com diversos itens encontrados de certo modo aleatoriamente pelo mapa vivo cheio de gente estranha e louca por uma festa. Mas o mais importante é sair dali ileso, sem ser encontrado por seus inimigos ou sem que ninguém veja suas ações escusas e ligue para a polícia te denunciando.

Party Hard 2 é em suma um jogo furtivo para você cumprir suas missões, fugir de potenciais denúncias, inimigos e o interessante é que o pequeno mundo das festas apresentado em cada uma das 14 fases é, mesmo que em pequena escala, bastante vivo. Há pessoas brigando entre si, se embriagando, contrabandistas, os dorminhocos, pessoas fantasiadas, isso além dos bandidos, químicos, stripers e outros de origem duvidosa. E até personagens que você nem imagina conhecer, como zumbis e até mesmo exterminadores.

Conforme você avança a dificuldade cresce e suas escolhas se abrem, afinal há sempre dois caminhos para se “finalizar” uma fase e você pode seguir um ou outro, ou mesmo os dois, cumprindo todas as missões apresentadas se assim quiser. Eu mesmo fiz isso algumas vezes, pois é bastante recompensador ver todo o painel de missões completo. E assim você avança na história, entendendo o sentimento na cabeça do personagem assassino, seus desejos de vingança e sua redenção. Mas o interessante mesmo é sair furtivamente cumprindo suas missões e festejando por diversos lugares.

Fim de Festa

Party Hard 2 tem aquele clima de quase-fim de festa (se eu já não usei todos os trocadilhos possíveis ainda). A aglomeração ruim do começo ja foi e agora você tem um tempo para curtir, seus amigos, as boas músicas (que também tem no jogo, apesar de poucas e você vai sentir vontade de trocar manualmente as músicas nas mesas de DJs se passar muito tempo numa fase), mas você sabe que vai acabar e no entanto sua animação já não está mais das melhores.

Esse é o mesmo clima do jogo. você se entretem, aproveita, ri, se diverte, mas quando enrola demais, você se sente cansado, afim de trocar a música, trocar a fase. Por vezes o jogo se perde no mundo que criou para si mesmo. Muitas vezes me vi parado alguns minutos esperando um alvo passar por um caminho específico para poder eliminá-lo sem ninguém ver, pois não havia encontrado muitos materiais pelo jogo.

O jogo te dá a possibilidade, muito interessante, inclusive de juntar alguns determinados itens (como uma bebida e um galão de gasolina que podem se tornar um coquetel molotov), mas apresenta poucos desses itens. Ou seja, ele traz uma nova gama de possibilidades, mas se perde nelas mesmas ao apresentar poucas dessas vastas opções e modos difíceis de aplicá-los.

Party Hard 2

A Alma da Festa

Party Hard 2 é, acima de tudo, um ótimo jogo furtivo, separado em fases que podem ser jogadas casualmente, até mesmo com um modo cooperativo local para você sair tocando o terror nas festinhas junto com um parceiro de balada. Um jogo divertido, interessante, que até certo ponto apresenta uma jogabilidade legal e bem aplicada, mesmo que o mundo seja bom e ruim ao mesmo tempo.

Vale a pena seus US$19,99 se você curte um jogo para cumprir missões e tentar ao máximo não ser pego, ao mesmo tempo que curte uma boa música e se diverte com pessoas insanas e plano mirabolantes. Só não se prenda muito à festa, por que há sempre aquela hora que não fica mais divertido.

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[Nota do Editor: Party Hard 2 foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela tinyBuild para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.