Her Majesty's Ship - gerencie seu navio e estude muito para isso

Her Majesty’s Ship – gerencie seu navio e estude muito para isso

Interessante, mas bastante técnico e poluído. Her Majesty's Ship poderia ter sido simplificado para uma experiência mais "gamificada".

Her Majesty’s Ship, da desenvolvedora Every Single Soldier e publisher Ultimate Games S.A., traz para o Nintendo Switch uma experiência única em gerenciamento de navios em que você assume o posto de um oficial de uma frota da Marinha Real Britânica, Portuguesa, Francesa ou Espanhola do século 18 e deve trabalhar junto a seu barco e sua tripulação para manter a qualidade das suas navegações, completar missões, participar de batalhas, cuidar do navio, navegar por novas terras e se tornar o grande Almirante da Frota. E se parece muito, é por que realmente é.

O jogo foi lançado primeiro para Steam, no PC, em 2019. E é um jogo que parece trabalhar bem com um mouse e teclado, mas peca em muitas informações quando colocado em uma plataforma como o Nintendo Switch. São muitas variáveis, muitas informações aparecendo na sua tela sobre a “saúde” do barco e da tripulação, suas missões e muitas outras coisas. O tutorial em si já demonstra a quantidade de informação que esse jogo traz. E essa quantidade faz tão bem, quanto ruim ao jogo.

Her Majesty's Ship - gerencie seu navio e estude muito para isso

Conhecendo os 7 mares

Em Her Majesty’s Ship voce irá comandar um navio durante as grandes navegações do século 18. E quando a gente fala em comandar, é comandar mesmo. Para quem gosta da época histórica, das navegações, Her Majesty’s Ship é um prato cheio, com uma arte bonita, mesmo que não muito inovadora, apresenta um navio inteiro para você comandar. E isso vai desde arrumar qualquer problema, comer ou beber rum com sua tripulação, navegar, ancorar em portos para compras, trocas e até chicotear algum tripulante desobediente (pois é…).

E assim o jogo se desenrola, você, em tempo real, deve comandar sua tripulação, cuidar de possíveis problemas e requer uma estratégia com foco e ações rápidas, pensamento analítico e planejamento. E além de cuidar do seu barco e desbravar os mares, você ainda pode entrar em combate com frotas inimigas. O objetivo é se tornar mais rápido do que em outras frotas (AI ou seus amigos) o mais alto almirante de seu país e assim se tornar o rei dos sete mares. Mas o objetivo do jogo é conseguir entender realmente como tudo funciona e focar na sua próxima jogada.

Her Majesty’s Ship apresenta um sistema de gerenciamento bastante completo e complexo, que pode te deixar perdido por muitas vezes, ainda mais quando a interface de usuário do jogo não ajuda. As missões aparecem como bandeiras no lado esquerdo da tela (e eu demorei para entender como verificar quais eram as missões realmente), que se sobrepõem a outras informações esporádicas, como quando você vai comprar num porto, por exemplo, as informações da compra ficam por baixo das bandeiras de missões. Não há um cuidado em tornar o jogo de gerenciamento que deve ficar ótimo em um computador de mesa, em uma experiência melhor “gameficada” para o jogador de Nintendo Switch.

O jogo em si apresenta bons gráficos medianos, uma ambientação trabalhada e interessante mas é um jogo de apresentação e de jogabilidade bastante complexa e que tem sua complexidade ainda aumentada com falhas de apresentação, mas se você é fã do gênero e do período histórico e tem vontade de gerenciar sua própria frota deitado em sua cama, no modo portátil, a versão de Switch pode ser uma opção a se considerar. Ainda mais com seu preço de apenas US$10,99.

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[Nota do Editor: Her Majesty’s Ship foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Ultimate Games para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.