Ok, o Nintendo Switch é o console da Nintendo — uma marca consagrada, que brilha especialmente com seus jogos first-party. Como vimos na matéria anterior, muitos desses títulos se tornaram verdadeiros clássicos da era moderna, conquistando um espaço permanente no coração dos jogadores. Mas hoje, precisamos falar de uma outra categoria que também marcou época no nosso querido “Suitão”.
Não estamos falando necessariamente de exclusivos, e é bem possível que alguns dos jogos que vamos mencionar aqui nem tenham vendido mais no Switch do que em outras plataformas. Ainda assim, seria impossível celebrar o ciclo de vida do console sem dar o devido destaque ao trabalho incrível feito pelos jogos independentes.
Foram os indies que mostraram maestria em cada detalhe — da direção de arte à trilha sonora, da narrativa à jogabilidade. Muitos deles entregaram experiências que rivalizam (ou até superam!) superproduções milionárias, com criatividade de sobra e coragem para inovar. São verdadeiras obras-primas, que encontraram no Switch um palco perfeito para brilhar.
Então vem com a gente conferir, com calma e carinho, a lista que preparamos para celebrar os 9 melhores indies do Nintendo Switch, títulos que ajudaram a tornar esse console ainda mais especial.
9. Dave, the Diver
No nono lugar, aquele que ninguém esperava — mas que conquistou todo mundo: Dave the Diver.
Um jogo sobre mergulhar fundo e… administrar um restaurante de sushi? Exatamente. E, acredite, funciona absurdamente bem.
Dave é o herói improvável que a gente precisava: com seu bigode carismático e uma rotina que parece um reality show culinário subaquático. De dia, ele caça peixes raros nas profundezas; de noite, transforma o sashimi em arte com uma agilidade digna de ninja. Tudo isso embalado por um humor leve, gráficos simpáticos e aquele toque especial que só os indies sabem dar.
Nono lugar? Pois é. Mas só porque alguém precisava ficar aqui. Dave? Ele nem liga, só quer mergulhar de novo amanhã.
8. Ender Lillies: Quietus of the Knight
O redator desta matéria faz questão de deixar claro: este seria o primeiro lugar do pódio, sem pensar duas vezes. Mas como a democracia também reina aqui no site (infelizmente, neste caso!), Ender Lilies: Quietus of the Knights ficou apenas na oitava posição ( e escrevo isso com revolta no coração!)
Este jogo é brilhante em muitos aspectos, mas seu verdadeiro destaque está na forma sublime com que une gráficos, trilha sonora e gameplay. Tudo se encaixa com tanta harmonia que a história ganha vida de maneira visceral, transmitindo de forma profunda o sentimento de tristeza e solidão que o jogo se propõe a explorar. A jornada de Lily é tocante, a jogabilidade é envolvente, a ação é frenética e cada memória descoberta emociona como uma poesia interativa.
Uma obra de arte completa, que merece todos os aplausos, mesmo que, democraticamente, esteja apenas em oitavo lugar.
7. Cuphead
Cuphead merece respeito (e os criadores, talvez um pouco de terapia.)
Afinal, nenhum jogo tão bonito assim deveria machucar tanto. Ele provoca raiva, frustração, desespero… uma montanha-russa de sentimentos que só um relacionamento intenso pode proporcionar. Mas, como toda paixão arrebatadora, a dor faz parte da beleza.
Inspirado nos desenhos animados dos anos 1930, com uma trilha sonora jazzística impecável e chefões que parecem saídos da mente de um animador à beira da loucura, Cuphead é mais que um jogo difícil, é um espetáculo. E cada vitória é conquistada com suor, lágrimas e, muitas vezes, gritos de “FINALMENTE!” levantando da cadeira.
Sétimo lugar com gosto de troféu. Porque aqui, até a derrota tem estilo.
6. Dead Cells
Dead Cells é aquele jogo que grita “só mais uma run” e quando você percebe, já são três da manhã.
E, apesar de ter morrido dezenas de vezes, você tá feliz, porque cada tentativa é um novo começo cheio de adrenalina. Misturando o melhor dos roguelikes com o charme dos Metroidvanias, Dead Cells entrega ação frenética e controles precisos. Os inimigos não dão mole, e as possibilidades de builds garantem que nenhuma partida seja igual à outra. Aqui, morrer não significa fracasso — é parte do ciclo viciante que te faz querer voltar sempre.
Sexto lugar? Pode até parecer baixo para tanta explosão, mas tudo bem. Afinal, Dead Cells já ressuscitou desafios bem piores.
5. Stardew Valley
É difícil explicar a paz que Stardew Valley transmite, talvez porque ele toque justamente naquilo que a gente mais procura: equilíbrio.
Num mundo acelerado, em que tudo exige pressa, cuidar de uma plantação, pescar no fim da tarde ou entregar um presente para o prefeito do vilarejo vira quase um ato de resistência. Simples? Sim. Mas também profundamente terapêutico.
Criado por uma única pessoa (isso mesmo, sozinho!), Stardew Valley entrega mais alma e profundidade do que muito jogo de grande orçamento por aí. Tem romance, tem amizade, tem mistérios escondidos e até luta contra slimes em cavernas. Mas, acima de tudo, tem algo raro: o tempo. O tempo que você escolhe viver no seu ritmo.
Quinto lugar no ranking? Justíssimo. Porque a vida no campo não é sobre pressa, é sobre plantar com calma… e colher quando for a hora. Mas mais do que isso, ConcernedApe merece cada elogio por essa obra de arte.
4. Ori and the Blind Forest
PS: Ori and the Blind Forest foi originalmente classificado como indie durante seu desenvolvimento, pois a Microsoft só adquiriu a Moon Studios após o lançamento do jogo.
Quarto lugar para uma obra que é pura poesia visual e emocional: Ori and the Blind Forest.
Mais que um jogo, uma jornada que toca a alma. Com sua arte deslumbrante pintada à mão e uma trilha sonora que emociona, Ori entrega uma história sobre amor, perda e esperança que fica grudada no coração.
O gameplay combina a fluidez dos Metroidvanias com desafios precisos, onde cada salto e cada habilidade exigem atenção e fé. Você não está apenas explorando uma floresta mágica — está sentindo o peso da missão, a urgência de salvar um mundo à beira do colapso.
É daqueles jogos que fazem você parar, respirar fundo e se emocionar.
Quarto lugar? Justíssimo para essa joia que é, acima de tudo, uma experiência para sentir.
3. Celeste
Acha que Celeste é só mais um jogo difícil? Então vem cá, a gente precisa conversar.
Porque o que essa pequena grande aventura entrega vai muito além de desafios em plataformas pixeladas. Celeste é sobre saúde mental, sobre enfrentar monstros internos, sobre aprender a ter paciência com quem mais importa: você mesmo.
Cada pulo exige atenção. Cada obstáculo, persistência. Mas, entre uma queda e outra, o jogo revela seu verdadeiro coração: uma história sensível, sincera, que fala sobre ansiedade, medo e superação com uma delicadeza rara. E a trilha sonora? Parece um abraço em forma de som, daqueles que vêm quando tudo parece desabar.
Celeste te ensina que a montanha é alta, o caminho é duro, e tudo bem tropeçar. O importante é continuar. No seu ritmo, do seu jeito.
Terceiro lugar no ranking, mas primeiro no coração de quem já chegou ao topo, chorando, sorrindo e sentindo que algo dentro mudou pra sempre.
2. Hades
Segundo lugar? Como assim! Merecia o primeiro!
Hades poderia facilmente reinar no topo, mas, como essa votação é um jogo democrático (e imprevisível), ele fica logo ali, no degrau abaixo do trono.
O que Hades faz com a narrativa é revolucionário. A cada morte, uma nova camada da história se descortina e é justamente isso que transforma o fracasso em parte essencial da diversão. Zagreus, o protagonista mais teimoso da mitologia, nos conduz por um inferno cheio de diálogos afiados, uma trilha sonora épica e combates que prendem do começo ao fim.
É impossível jogar só uma vez. A cada nova tentativa, a vontade de ir mais fundo cresce ainda mais. E quando finalmente você escapa… só consegue pensar em voltar.
Esse jogo é um ciclo divino e viciante
1. Hollow Knight
Confesso: nunca vi um jogo fazer tanto com tão pouco.
E esse “pouco” se limita ao orçamento, porque em alma, arte e profundidade, Hollow Knight é imenso. Este lugar no topo não é apenas merecido… é inevitável. Quem discorda, talvez precise revisitar Hallownest com o coração mais aberto e os ouvidos atentos ao silêncio que fala.
Tudo em Hollow Knight pulsa com excelência: os cenários desenhados à mão, a melancolia que permeia cada ruína, os segredos sussurrados por trás de paredes quebradas. E o combate? Um balé de precisão e ritmo que exige foco, mas recompensa com beleza. É um Metroidvania que primeiro te acolhe — e depois te empurra no abismo. Mas a queda é tão poética que você agradece por ter caído.
É uma jornada solitária, silenciosa… mas profundamente tocante.
Hollow Knight não é apenas um jogo.
É uma ferida bonita. Uma saudade que fica. Uma experiência que transforma.
Gostou da lista? Achou injusta? Tudo bem — o importante mesmo é exaltar e defender cada jogo com aquele carinho maroto, reconhecendo o valor e a qualidade que eles têm. Claro que muitos jogos incríveis ficaram de fora, mas melhor do que listá-los é saber que existe uma infinidade de indies sensacionais para a gente aproveitar e se apaixonar.
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