Atelier Ryza 3: Alchemist of the End & the Secret Key, da desenvolvedora Gust e publisher Koei Tecmo Games, atingiu um novo recorde, oferecendo a melhor aventura de Atelier até agora e um jogo que os fãs e novatos na série devem se deliciar. Vamos falar um pouco da jornada de Ryza, entre um tropeço em um mundo novo de magia até a renomada alquimista que conhecemos no jogo.
Há muitas surpresas, personagens retornando e participações especiais para os fãs, muitas cenas onde vemos as crianças de Atelier Ryza: Ever Darkness e o Secret Hideout diretamente comparados aos jovens adultos em que se tornaram. Recebemos até fotos em sépia deles juntos enquanto revisitam locais de aventuras anteriores. É um toque agradável e faz com que os fãs se sintam imediatamente em casa. A antiga equipe está de volta e pronta para uma nova aventura, uma aventura ainda mais comovente porque sabemos que será a última de Ryza como protagonista principal.
A história de Ryza dá muitas reviravoltas fantásticas e emocionantes que mantêm os jogadores na dúvida junto com o elenco. Para jogadores que estão no elenco desde o primeiro jogo, cada personagem recorrente demonstra um grande crescimento. Ryza tornou-se mais confiante e seguro de si, Tao se transformou em um arqueólogo talentoso e Lent não se sente mais como se precisasse estar na sombra de seu pai.
Cada personagem recebe uma grande quantidade de história tanto na jornada principal quanto durante as missões secundárias. Apesar de todos os elogios à narrativa, a única desvantagem é que a localização é em inglês, embora haja um novo glossário, para ajudar na gameplay, possui muito texto, muito mesmo, os personagens falam muito, e o jogo ainda tem uma legenda que eu considerei muito pequeno no portátil. Sem contar a animada e enérgica dublagem japonesa.
Ao iniciar o jogo, eu estava ansioso para ficar livre, pois descobri que havia um “que” de mundo aberto, e isso realmente aconteceu um pouco mais cedo do que eu esperava, permitindo-me viajar livremente e sintetizar as receitas que eu já conhecia. Alchemist of the End e The Secret Key foram bastante práticos e me deixaram recriar todas as ferramentas de viagem, dando-nos o retorno das montarias e da exploração subaquática.
O jogo se passa apenas um ano após os eventos da edição anterior, quando Ryza e seus amigos embarcam na aventura de verão ao descobrirem as misteriosas Ilhas Kark. Estas ilhas surgiram do nada, ameaçando a estabilidade da cidade natal de Ryza, na Ilha Kurken. Enquanto Ryza investiga as Ilhas Kark, ela encontra uma ruína com um grande portão.
Uma das maiores mudanças feitas no Atelier Ryza 3 vem na forma de movimento contínuo entre as áreas. Esta foi uma mudança fantástica, já que nos jogos anteriores os jogadores teriam que entrar e sair constantemente de áreas ou usar viagens rápidas para se deslocar entre elas. Ter essa facilidade de movimento incentiva mais exploração. Há mais coisas acontecendo nos ambientes do que nas edições anteriores, com missões aleatórias que podem ser acionadas durante a exploração.
A síntese de itens continua a ser um elemento viciante na série Atelier , e Ryza 3 possui um sistema mais refinado que seu antecessor. Os jogadores selecionam uma receita e sintetizam itens adicionando ingredientes a loops de materiais. Os loops principais devem ser preenchidos antes que outros loops possam ser preenchidos, aumentando a qualidade do item. Uma das outras mudanças é a substituição de um quadro de missões por missões aleatórias.
Em alguns aspectos, gostei; por exemplo, quando você está fora de casa, certos inimigos geram uma missão para combatê-los, isso pode ser resolvido naquele momento. O que apresentava uma desvantagem que ao fazer a missão, eu teria que reportar imediatamente a um NPC, em questão que teria pedido pelo serviço. Mas existem algumas adições básicas de qualidade de vida, como quando uma missão de história me dá uma nova receita, os ingredientes necessários também serão fornecidos na descrição e nos marcadores da missão, o que me ajudou muito, porque meu inglês já não é perfeito, e ficar buscando os materiais sem saber onde estão, mas havia o glossário e isso ajudou também como disse antes.
O tempo de carregamento foram notavelmente curtos para um jogo Switch com áreas tão grandes a maioria dos carregamentos leva cerca de cinco segundos, talvez mais se uma cena estivesse sendo carregada. Também achei o desempenho praticamente estável não encontrei falhas ou quedas de frame, que apesar do gráfico ter sido um pouco rebaixado em comparação em outras edições que pude notar, é uma coisa que não incomoda no Switch.
Uma novidade no Atelier Ryza 3 é o Link Morph, que permite que Ryza altere o elemento no loop do material principal. Link Morph é uma ótima maneira de experimentar a síntese de itens, pois pode alterar os efeitos do item e do produto final. Os jogadores também podem adicionar itens automaticamente se não quiserem fazer o processo manualmente, o que é ótimo se você deseja grandes quantidades de um item específico, mas não necessariamente se preocupa com os efeitos ou características, ou o cérebro bugou de tanto texto em inglês.
Outra área viciante é o combate do jogo, que também foi refinado em relação aos jogos anteriores. O combate tem três personagens na tela, mas apenas um está sob controle direto a qualquer momento, enquanto os demais atacam no piloto automático até que o jogador mude para eles. Mais dois personagens são mantidos na lista de reserva, que podem ser marcados no meio da batalha. À medida que os personagens acumulam seus Pontos de Ação, eles podem encadear habilidades até que esses pontos se esgotem, o que me deixou amar mais ainda esse jogo, o combate do primeiro eu demorei muito a aprender, enquanto neste jogo foi imediato, acho que porque não é só tático, mas tem uma “voz” de ação, e durante a batalha, personagens controlados por IA gritarão ordens ao jogador para executar habilidades específicas.
Outro ponto na gameplay de Ryza 3 são as chaves usadas na síntese que podem adicionar diferentes efeitos e características a um item, enquanto quando usadas em combate oferecem efeitos únicos que podem facilmente mudar o rumo da batalha. As chaves podem ser criadas durante a batalha e modificadas, o que adiciona efeitos de curto prazo que oferecem grandes ganhos para os personagens dos jogadores.
As chaves também podem ser equipadas em personagens para bônus de estatísticas adicionais. As chaves são uma adição interessante por serem usadas como metáforas na história, mas como elemento de jogo, leva algum tempo para se acostumar. Também existe a capacidade de modificar uma chave durante o combate, o que adiciona buffs únicos por tempo limitado. Essas modificações vão desde permitir que ataques normais sejam encadeados em um número ilimitado de combos até evitar que o medidor de atordoamento se esgote muito rapidamente.
Há montarias oferecendo uma variedade de maneiras rápidas e divertidas de se locomover, pois quem não gosta de andar nas costas de um golfinho para cruzar o mar? Há mais verticalidade, Ryza pode nadar, escalar, deslizar e praticar tirolesa pelos ambientes, muitos baús de tesouro escondidos para descobrir, uma vasta gama de inimigos para lutar e muitos locais mágicos para marcar sua lista de lugares visitados.
Enfim os fãs vão gostar de sair com o elenco pela última vez, a maioria apreciará o mundo expansivo e a infinidade de experiências, mesmo que o texto seja um pouco difícil de ler. Este final das aventuras de verão de Ryza é uma jornada que vale a pena para os fãs embarcarem, a musica é deliciosa, o combate como disse é o destaque dessa vez, sem falar nas chaves que adicionam um plus na gameplay, sem falar das montarias, que quem não ama.
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