Desempenho, não custo: desenvolvedor da Ubisoft explica uso dos Game Key Cards no Switch 2

Desempenho, não custo: desenvolvedor da Ubisoft explica uso dos Game Key Cards no Switch 2

No dia 6 de setembro, o Nintendo Switch 2 celebra seu terceiro mês de vida. O console, que chegou com suporte a resolução 4K, hardware mais robusto e outras melhorias em relação ao seu antecessor, vem sendo bastante elogiado. Mas, infelizmente, nem tudo são flores e uma grande polêmica ganha cada vez mais destaque (negativo) com o passar do tempo: os famigerados, Game Key Cards.

Embora sejam tecnicamente uma mídia física, os cartões não trazem o jogo gravado neles. Eles funcionam apenas como uma chave que libera o download digital, exigindo conexão à internet para instalação. Ainda assim, são vistos como um avanço em relação aos antigos “code-in-box” (caixas que traziam apenas um código de resgate, sem cartucho algum). Hoje, os cartões do Switch 2 chegam a 64 GB de capacidade, mas vários estúdios terceirizados optaram por usá-los apenas como chaves de ativação.

E por que isso acontece?
De acordo com Rob Bantin, arquiteto de áudio da Ubisoft, a escolha tem menos a ver com custos e mais com desempenho técnico. Em uma postagem nas redes sociais, Bantin explicou que o motor proprietário do estúdio, o Snowdrop, depende fortemente de streaming de dados para rodar ambientes de mundo aberto. Segundo ele, os cartões do Switch 2 não ofereciam a taxa de leitura necessária para manter a qualidade desejada.

O Snowdrop depende muito de streaming de disco para seus ambientes de mundo aberto, e descobrimos que as placas de vídeo do Switch 2 simplesmente não ofereciam o desempenho que precisávamos com a qualidade que buscávamos”, comentou. “Não me lembro de o custo das placas ter sido mencionado – provavelmente porque era irrelevante

Bantin também destacou que, se o jogo fosse desenvolvido do zero pensando no Switch 2, os resultados poderiam ser diferentes. Porém, como os projetos já haviam sido construídos em torno de SSDs das plataformas originais, a adaptação acabou esbarrando em limitações técnicas.

A situação ficou ainda mais clara após mineradores de dados analisarem os cartões do Switch 2: eles se comunicam com o SoC via eMMC, com taxa máxima de 400 MB/s. Além disso, diferente de outros consoles, os jogos que vêm no cartão não são instalados no sistema — permanecem rodando direto da mídia.

Mas é importante lembrar, que mesmo com essas barreiras, algumas empresas têm conseguido oferecer experiências completas sem depender dos Key Cards. Um exemplo é Cyberpunk 2077, que chegou inteiramente no cartão físico do Switch 2 e, surpreendentemente, vendeu mais cópias assim do que em versão digital.

Um grande entusiasta da Nintendo, "fanZeldaboy" e confesso dono de um sofisticadíssimo sotaque nordestino visse?