Cenários pós-apocalípticos não são novidade no mundo dos games. Doomsday Vault, da desenvolvedora Flightless, é mais um desses jogos que colocam um mundo devastado como plano de fundo de uma história simples de tentativa de sobrevivência junto com uma gameplay desafiadora e interessante. Aqui sua missão não é derrotar monstros que dizimaram o planeta ou sobreviver a seres humanos corrompidos, você é um robô simpático que precisa salvar as precisas plantas da Terra que foi destruída pela tecnologia e uso indevido dos recursos naturais (parece que estamos em casa mesmo, não é).
Você vai atravessar ruínas, cidades inundadas, fábricas com segurança ainda ativa, e tudo para salvar sementes e levá-las em segurança até seu silo para re-cultivar a flora terrestre. Em caminhos enigmáticos é seu dever resolver quebra-cabeças, usar as ferramentas a seu dispor, coletar nutrientes e não deixar sua própria energia acabar para tentar salvar nosso planeta azul.
A Calmaria do Fim do Mundo
Doomsday Vault, mesmo tendo um pano de fundo pesado de fim do mundo e exploração humana desenfreada, é um jogo simples e calmo, afinal o mundo está desolado e sem ninguém, só sobram destroços, robôs automatizados que sobreviveram e delicadas sementes que você precisa salvar.
Seu robô, que é bastante personalizável inclusive (e você desbloqueia muito mais opções durante a gameplay), tem um caminho livre, mas contido em que ele pode se deslocar. Somente seguindo os quadros onde é possível andar, ele pode ir para quatro direções e dentro delas, resolver enigmas para poder seguir em frente, enfrentando no caminho buracos que devem ser cobertos com caixas, partes em baixo d’água, portas, paredes, escadas e muito mais.
Além disso você deve encontrar os nutrientes escondidos em cada fase, as caixas para florescer natureza no percurso colocando-as no local determinado e finalmente achar a semente de cada estágio. São 14 fases no total divididas em 4 ambientes que vão de fábricas abandonadas a ruínas no deserto, o que, infelizmente, deixa o jogo muito rápido.
Todos os “colecionáveis” atuais do jogo, que são as personalizações do seu personagem, são conseguidas durante a gameplay, pegando todos os nutrientes e completando as fases e não há nada além disso, portanto o fator replay do jogo é quase nulo após você fechá-lo. Outro ponto que mostra a simplicidade do jogo é a trilha que é bastante genérica e, mesmo com uma boa história, o pano de fundo do jogo por vezes se torna mais do mesmo, mesmo com novos obstáculos e desafios. A área mais diferente por aqui é a parte de ruínas do deserto, as outras são bastante urbanas e de fábricas de um mundo criado no aço e ferro.
Não entenda mal, Doomsday Vault é sim um jogo interessante, muito interessante, mas é simples demais nos termos de quantidade de jogatina. O jogo ainda tenta tapar esse buraco do “pouco conteúdo” com diferentes modos de jogo, como labirinto, corrida e outros, mas por ser singleplayer e ter ambientações muito parecidas com o jogo base, esses modos parecem não agregar muito ao fator replay.
Enfim, o Fim
Doomsday Vault tem jogabilidade simples, envolta em calmaria e resolução de puzzles, traz uma trilha sonora bem genérica, mas envolvente e ótimas opções de personalização. Perde pontos apenas por ser simples demais, sem fator replay como outros colecionáveis além dos itens de personalização, e com poucas fases o que o torna bem rápido para o preço definido de R$99,00. Ainda assim é um ótimo quebra-cabeças casual e rápido que quem curte o gênero pode se interessar.
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[Nota do Editor: Doomsday Vault foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Fortyseven Communications.]
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