Dungeon Drafters é um jogo rogue-lite que une estratégia a uma mecânica de deckbuilding, proporcionando uma experiência envolvente e vibrante, reminiscentes dos jogos táticos dos anos 90, como Final Fantasy Tactics. A fusão entre o estilo rogue-lite tático e o card game é brilhante, pois abre espaço para uma infinidade de formas de jogar.
História
No mundo do jogo, seres divinos condensaram a energia dos elementos da natureza em cartas mágicas. No entanto, um dia surgiu uma criatura chamada Forânea, com o objetivo de trazer destruição. Após uma grande batalha, os seres divinos se sacrificaram para selá-la, mas uma jovem, em busca de poder, encontrou o local do selamento e enfraqueceu o selo. Com isso, a energia maligna começou a se espalhar pelo mundo na forma de cartas corrompidas. Diante dessa ameaça, as nações convocaram viajantes de todo o mundo para impedir o retorno da Forânea.
No controle de um aventureiro, exploramos dungeons em busca de feitiços e relíquias para sobreviver aos perigos da torre. Nos andares dessas masmorras, enfrentamos monstros e outras criaturas em combates táticos por turnos, em um cenário dividido em grades, semelhante a um jogo de xadrez.
Audiovisual
A escolha do estilo gráfico em pixel art pode parecer uma opção econômica, especialmente em comparação com outros deckbuilders disponíveis no mercado, que geralmente não utilizam pixel art. Afinal, em jogos de cartas, as pessoas costumam buscar algo visualmente bonito, funcional e legível. No entanto, em Dungeon Drafters, o visual não decepciona. Ele é simples, mas extremamente eficaz: as silhuetas são claramente identificáveis, e você consegue reconhecer cada elemento do jogo sem precisar olhar várias vezes para se localizar.
Ele não inova, a beleza esta nos seus sprites bem desenhados, e simples, e deixa apaixonante, ate porque existe um NPC que muda o filtro do jogo, deixando ele monocromático, ou nas cores do GameBoy, o primeiro mesmo, que era amarelado. E cada personagem possui sua própria animação, e as cartas também, ao usar feitiços muitos deixam rastro, é uma coisa bonita e divertida de ver.
Infelizmente apesar do jogo ser belo, as musicas são aquelas trilhas sem instrumentalização, metais, se resumindo a bips que saiam de consoles das primeiras gerações.
O Jogo
Uma das melhores características do jogo é a sua versatilidade na criação de decks. A grande variedade de cartas oferece uma experiência praticamente infinita para os jogadores. O estúdio brasileiro Manalith teve uma excelente ideia, e o carisma gráfico do jogo destaca tanto a ação quanto o charme.
As cartas possuem sinergia, e você pode combiná-las de acordo com as cores em que estão divididas: vermelho (dano bruto), azul (controle), verde (mobilidade) e laranja (defesa e controle). O deck inicial depende do personagem escolhido, mas, com o tempo, você pode reunir novas cartas e montar qualquer combinação de decks. O jogo também conta com runas, que são necessárias para ativar as cartas e incluí-las no seu deck. No início, o jogador começa com duas runas vermelhas, duas azuis e uma vazia. Com o avanço no jogo, é possível substituir as runas e ajustar a construção do seu deck. Algumas cartas exigem mais de uma runa para serem adicionadas.
O jogo oferece uma grande variedade de cartas, que podem ser obtidas nas dungeons ou encontrando boosters. Afinal, o nome “draft” está aí por uma razão, certo? Assim, a progressão não se limita ao nível dos personagens, mas se baseia na sinergia entre as cartas e nos artefatos que oferecem buffs ao jogador.
Esses artefatos podem ser obtidos por meio de um NPC, a quem você paga para realizar expedições no mapa e trazer relíquias. Eles oferecem diversos benefícios, como mais vida, ataque ou pontos de ação. No jogo, o ciclo principal envolve farmar dinheiro e boosters nas masmorras. Você pode conseguir uma carta e duplicá-la com o barman, ou encontrar uma cópia em um booster, o que é bastante satisfatório. No entanto, isso pode se tornar repetitivo para alguns, pois as masmorras não apresentam grande variedade. Existem cerca de cinco locais no mapa para explorar e enfrentar os desafios.
Gameplay
O jogo funciona em arenas com grids e pontos de ação. O jogador tem três pontos, que podem ser usados para se movimentar pelos quadrados e lançar cartas. Em seguida, é a vez dos inimigos, o que pode se tornar cansativo, pois eles se movem um por um, também com duas ou três ações, e geralmente são muitos, enquanto o jogador controla apenas um personagem. Seria ótimo ter alguma ajuda, especialmente no início. A única forma de cooperação no jogo são os aliados que invocamos com cartas, mas não temos controle sobre eles, apenas sobre o local onde aparecem.
Fora das masmorras, o jogador tem acesso a uma vila onde pode interagir com diversos NPCs, adquirir mais cartas e ganhar dinheiro por meio de mini games. Um ponto que achei tedioso foi a movimentação, que segue o mesmo esquema das masmorras, com o personagem pulando de quadrado em quadrado. Isso torna a locomoção lenta, especialmente em um mapa grande. Tanto que o jogo inclui um botão para acelerar os movimentos do personagem.
Dungeon Drafters traz boas ideias para um roguelike de construção de baralhos. O combate se destaca pela enorme variedade de possibilidades e combos, além de cada masmorra ter seu próprio ritmo e identidade. No entanto, as derrotas podem ser frequentes. O jogo foca em aprender com os erros e persistir, levando tempo até que você consiga montar o baralho ideal para enfrentar as dungeons e avançar pelos seus andares.
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A cute rogue like game, you might be confused by the menu, but the graphics, the story and the gameplay is a lot of fun for those who like card games, this rekindled my love for the card game hobby. letters that had long gone cold.
[Nota do Editor: Dungeons Drafters foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Dangen Entertainment para avaliação.]
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