Devo confessar, shoot’em up não é um estilo de game que me agrada, principalmente por muitos jogos do gênero trazerem um jogo raso. Felizmente não é o caso de Esquadrão 51 contra os Discos Voadores, um jogo de navinhas e tiro em 2D brasileiro que aterrissa no Nintendo Switch hoje, 16 de março por apenas R$ 37,99 (garanta o seu neste link).
O jogo, desenvolvido pela Loomiarts em parceria com a Fehorama Filmes e com distribuição mundial pelas publishers WhisperGames e Assemble Entertainment, chega com grande elenco, muitas cutscenes, diálogos e uma estética dos anos 50 tanto na ambientação da história quando na gameplay que realmente te faz sentir vendo um filme de antigamente. É impressionante o trabalho tanto na concepção da história em preto-e-branco na tela, quanto o pulo para a gameplay com elementos gráficos perfeitamente inseridos nesse mundo e nessa estética
A Descoberta de um Novo Mundo
Em Esquadrão 51 contra os Discos Voadores você está na pele da tenente Kaya e sua equipe para enfrentar alienígenas, discos voadores e batalhas insanas contra um grupo de extraterrestres chamado Corporação Vega que chegou à Terra oferecendo recursos ilimitados ao planeta para auxiliar no progresso da raça humana. Mas, como em muitas histórias da cultura pop, eles não eram tão bonzinhos assim e após a corporação mostra suas verdadeiras garras, uma revolta se instala e a tenente Kaya e seu Esquadrão 51 se unem para impedir Vega e seu implacável líder, Zarog.
Uma história simples, em um gênero de jogo também simples. Mas Esquadrão 51 se sobressai na criação desse mundo. O jogo é recheado de cutscenes, diálogos que te levam pelos estágios e todo cuidado com a estética tanto nas cenas gravadas quanto na gameplay em geral. O tratamento do jogo está impecável, a transição entre cena e gameplay em determinados momentos é praticamente invisível e todo o cenário e elementos durante a gameplay são extremamente bem incluídos na estética.
A nave, os inimigos, o cenário, tudo parece como filmado para o cinema dos anos 50, com efeitos especiais datados da época e que dão ainda mais dificuldade ao já punitivo jogo. Pois é, o jogo não é fácil, mas também não afasta novos jogadores ou jogadores menos experientes no gênero (como eu). Você sente vontade de continuar tentando para evoluir na história e saber onde tudo irá chegar.
Alienígenas Chegam à Terra
Com comandos simples, você vai avançar atirando pelas onze fases do jogo. Além de poder melhorar seu avião com bombas, lança-chamas e upgrades como mais vidas, mais escudo, melhor potência em tiros e tantos outros. A progressão da dificuldade também alia-se com a progressão de melhorias no seu avião e assim o jogo, mesmo difícil, não se torna chato ou extremamente punitivo. Ele te leva a alcançar maiores desafios, mesmo já começando com um bom nível dele.
O jogo também traz um modo multiplayer local para dois jogadores, apresenta checkpoints durantes as fases (o que é muito bom!) e as batalhas com chefões são uma experiência única a parte, bastante desafiadoras que te fazem sentir muito bem após completá-las, mesmo que após algumas mortes. Dá vontade de você voltar e vencer tais chefes para desafiar a si mesmo a melhorar naquela batalha.
Líder Alfa
Esquadrão 51 é um jogo nacional, barato no Nintendo Switch, que agrada muito aos fãs do gênero shoot’em up, e também agrada a fãs de jogos bons com boas histórias e uma estética que te chama para dentro do mundo do jogo. Sem dúvidas é um dos jogos brasileiros mais interessantes que já joguei em muito tempo, mesmo que estando em um gênero relativamente simples. É um jogo que vale a pena a experiência, já que é uma experiência fora deste planeta!
[Nota do Editor: Esquadrão 51 contra os Discos Voadores foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Assessoria de Imprensa para avaliação. Review originalmente publicado em Rainbow Road e reproduzido com autorização.]
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