O mais novo modo temporário de Fortnite, chamado Delulu, mal estreou e já gerou polêmica. A proposta parecia promissora: jogadores começam sozinhos, mas podem formar esquadrões ao conversar com outros via proximity voice chat (chat de voz por proximidade). Porém, em poucos dias, a Epic Games confirmou que “milhares” de contas foram banidas por comportamento tóxico, assédio e discurso de ódio.
No Delulu, o sistema exige que o chat esteja configurado para “Todos” e impede esconder o nome de usuário, o que deveria facilitar interações espontâneas e engraçadas. E de fato, alguns momentos criativos e até pacifistas chamaram atenção, como um jogador que usou violão para tentar fazer amigos em plena partida.
No entanto, relatos de jogadoras mostram o outro lado: misoginia, assédio direcionado e frases ofensivas. Em um tópico no Reddit intitulado “My fellow ladies: How’s Delulu”, muitas mulheres afirmaram que a experiência foi “terrível” e que em praticamente todas as partidas sofreram algum tipo de violência verbal. Algumas até receberam a recomendação de não falar no chat para evitar ataques, o que vai contra a própria proposta do modo.
Esse tipo de comportamento infelizmente não é novo nos jogos online. Um relatório de setembro de 2024 já apontava que dois terços das jogadoras sofrem assédio em partidas com chat de voz. Situações semelhantes ocorreram no Call of Duty, quando o jogo implementou um sistema de chat por proximidade.
A Epic parece ter antecipado parte dos problemas: o perfil oficial Fortnite Status deixou fixado um post explicando como denunciar conversas abusivas. Apesar disso, ainda não se sabe se Delulu poderá se tornar permanente. Por enquanto, o modo retorna entre os dias 26 e 29 de setembro, e a expectativa é que a Epic implemente melhorias para aumentar a segurança e proteger a comunidade.
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