Um jogo belíssimo, com foco na exploração em um mundo mágico de animais antropomórficos e híbridos humano-animais, com um sistema de combate inovador e interessante, recheado de gatinhos e cheio de ritmo, mas que se perde na física e jogabilidade 3D e no pouco uso do seu melhor atributo. Esse é Giraffe and Annika, da publisher NIS America e da desenvolvedora atelier mimina, que chegou ao Nintendo Switch em 25 de Agosto e já consquistou meu coração, mesmo que por pouco tempo.
Sobre a Bela História
Você joga como Annika, que após um acidente acorda em uma ilha misteriosa chamada Spica, um lugar mágico, recheado de belas paisagens e habitantes curiosos. Sem se lembrar de suas memórias, você logo conhece Giraffe e recebe uma missão de encontrar os cristais elementais da ilha para conseguir descobrir sobre seu passado.
E assim começa a exploração por toda a ilha, de mundo relativamente aberto (há locais travados por portas coloridas que você consegue destravar com o passar do jogo). Você vai conhecer uma família de coelhos, andar por lugares mágicos, navegar no casco de uma tartaruga e fugir de fantasmas inimigos.
Por mais que tenha uma estética que lembra muitos jogos RPG, Giraffe and Annika é praticamente um jogo de exploração dessa ilha, descobrindo seus segredos, baús escondidos com uma coleção de imagens de gatinhos e tentando entender onde você se encaixa ali, com Giraffe e a bruxa Lily.
Os poucos inimigos aparecem dentro das grandes “dungeons” do jogo, onde você deve encontrar os cristais. E você não tem nada para enfrentá-los, apenas pode fugir (isso quando não tem a ajuda de alguém em determinados momentos do jogo). O combate fica apenas contra os grandes chefes de cada “estágio” e esse é um dos pontos altos do jogo.
O combate segue um padrão rítmico. Isso mesmo! Você irá combater os inimigos numa espécie de duelo “Guitar Hero” em que você deve empunhar seu cajado mágico no ritmo das bolas de magia, e fugindo dos outros ataques.
É uma abordagem totalmente nova no gênero e que casou muito bem com o clima lúdico e fantasioso do mundo criado em Giraffe and Annika. Mas onde o jogo mais tem sucesso é também um dos seus maiores pontos fracos.
Sobre a Gameplay Carente
O combate rítimico apresentado em Giraffe e Annika, auxiliado por uma trilha sonora muito bem trabalhada (não só no momento de combate como em todo o jogo e suas alterações de tempo), quebra a monotonia que a exploração pode ter e eleva a gameplay, mas ela infelizmente acontece somente em poucos pontos chave durante o jogo.
Ocorrendo apenas contra os chefões, que são poucos, ficamos com um gostinho de quero mais desse modo de combate tão interessante e divertido. Essa vontade que querer mais ocorre também ao terminar a história, que é relativamente rápida de se cumprir e a jogabilidade sofre um pouco com uma física mal trabalhada no 3D que por vezes atrapalha os momentos em resolução de puzzles e plataformas que o jogo exige.
Mas em geral, são poucos defeitos que não atrapalham uma história carismática e emocionante contada em um mundo bem criado com personagens cheios de vida e personalidade.
Quem afinal é Giraffe?
O misterioso Giraffe pode bem resumir a experiência com Giraffe e Annika. O jogo te faz sorrir, assim como o personagem, te apresenta um mundo belo, carisma, personalidade, muitos mistérios e alguns pequenos defeitos. Mas uma vontade imensa de descobrir mais sobre aquilo tudo, vontade de continuar a vivenciar e combater os inimigos naquele mundo magico.
Apesar de ser uma pequena história, Giraffe e Annika te emociona e é um jogo tranquilo e casual que merece sua atenção, mesmo com seus US$29,99.
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[Nota do Editor: Giraffe and Annika foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela publisher NIS America para avaliação.]
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