Lançado dia 12 de Julho, sendo desenvolvido pela Domesticated Ant Games e publicado pela PID Games, Gravity Circuit é um jogo plataforma com muita ação fortemente inspirado nos clássicos de Megaman. Nele controlamos um robô vermelho e devemos atravessar diversas fases, cada uma com sua própria temática, para enfrentar os generais inimigos.
Toda sua estética pixelart, mecânicas e até mesmo trilha sonora foram feitas para prender os corações nostálgicos de todos aqueles que sonham com o retorno do BlueBomber.
Historia
Num futuro distante diversos robôs agressivos atacaram assolaram o mundo até que nove robôs guerreiros se levantaram contra os opressores. Essa foi a primeira gerra registrada contra o Virus Army (Exército Viral). Depois de uma longa e dura batalha, todos os robôs guerreiros desapareceram. Agora, décadas depois, os remanescentes do Exercito Viral voltaram a aparecer em um numero muito maior e comandados por oito generais, os antigos guerreiros.
Mas um não se rendeu e após ser recolhido por uma equipe de resistência, foi recuperado e voltou aos serviços para por ordem e juízo nos chips de seus antigos companheiros.
Qualquer semelhança aqui com a história da maioria dos jogos da série Megaman não é mera coincidência… Esse jogo traz o melhor daquela época com muita ação, um level design bem explorado com direito a salas secretas e itens escondidos, uma arte majestosa toda trabalhada em pixelart e com tons característicos dos chefes de cada fase e desafios que valem a pena.
Nesse jogo você assume o papel de Kai, um bot de uma antiga equipe de guerreiros chamados de Circuits e deverá atravessar dez fases derrotando inimigos, resgatando reféns, e combatendo seus ex-colegas de equipe para evitar que o mundo seja dominado pelo Exercito Viral. Sim, nos mesmos moldes dos clássicos de Megaman. Mas com uma grande diferença, sem tiro, tudo na mão ou no máximo usando seu hookshot.
Gameplay
A gameplay segue o “arroz com feijão” de Megaman tendo o desenrolar em fases com visão 2D, com muitas plataformas, inimigos, espinhos (sempre tem que ter espinhos…) para no fim enfrentarmos o chefe da fase. Porém, diferentemente de seu inspirador, Kai não assume o poder do chefe após derrotá-lo, mas um NPC pode te vender chips de golpes especiais, chamados Burst, contendo técnicas iguais aos dos chefes derrotados.
Não é necessário adquirir esses chips para vencer o jogo, porém eles ajudam em diversos momentos e é possível equipar quatro desses chips ao mesmo tempo. Ainda na temática dos chips, temos outra série que também são vendidos e que podem dar alguns benefícios no jogo, como pulo duplo, mais poder de ataque e até mesmo um ímã para os itens coletáveis derrubados pelos inimigos quando derrotados.
Esses itens derrubados podem vir em quatro tipos: vida, energia, dinheiro e chip de dados. Vida é autoexplicativo… recupera sua vida. Energia recupera sua carga de energia usada nos Bursts, quando a barra curva (e a porcentagem) enchem, um marcador Burst se torna verde e torna possível usar as técnicas. O Dinheiro serve para comprar chips e decodificar os chips de dados fora das fases (serve de compendium com os inimigos , NPCs e chefes), e nas fases servem para recuperar vida e energia nos checkpoints.
Outro ponto interessante está na personalidade dos NPCs que são apresentados logo após a fase inicial e nos demais que são encontrados no decorrer das fases que possuem oito NPCs reféns que devem ser resgatados. É possível ver nuances de personalidades diferentes não só na fala, mas também na animação de cada um.
Sobre o combate, não ter uma arma a distância torna tudo muito ativo e rápido. a sequencia de golpes realizada no momento certo derrota o inimigo deixando ele em um estado de paralisia. Nessa hora é possível segurar o oponente com o botão ZR e arremessá-lo contra outros inimigos. Dominando a arte de arremessar é possível avançar sem tomar dano e com muita velocidade. inclusive essa é uma das conquistas que pode ser liberada, em jogo.
E sobre as conquistas, temos cerca de 50 conquistas possíveis, não todas no mesmo gameplay, mas que podem gerar um desafio a mais e impulsionar o fator replay mais vezes.
Design
O design primoroso em Pixelart com essa paleta limitada de cor pode soar estranho quando comparado aos jogos atuais mas acerta em cheio os noventistas que tiveram a oportunidade de jogar o Game Boy Classic e Color. Cada fase tem sua paleta em tons da cor predominante do chefe e seu level design é simples mas muito bem executado com inimigos em lugares chaves e passagem escondidas, sejam para resgate dos reféns, sejam para encontrar melhorias.
Trilha Sonora
Assim como o design, os sons também seguem uma temática mais retrô com sons que lembram 16 bits. Ainda assim é tudo muito bem executado a ponto de não enjoar mesmo nas telas mais longas.
Detalhes Técnicos
O jogo não possui localização PT-BR, mesmo havendo poucos diálogos e tem sua classificação indicativa para maiores de 10 anos de idade. Está custando atualmente R$ 38,99 na eshop brasileira, se tornando uma ótima aquisição para jogar casualmente. Pesa cerca de 440mb e funciona muito bem tanto na dock quanto no modo portátil.
