Era meados de fevereiro quando explodiu na mídia, rumores de que a Xbox Gaming iria deixar de ter títulos exclusivos e iria focar em jogos multi-plataformas. O que era apenas um burburinho se tornou um verdadeiro caos nas redes sociais, com um console war cada vez mais atingindo picos grandiosos de discussões, havendo cada vez mais a urgência de se haver um posicionamento da empresa para saber qual o futuro de fato ela visionava. E após uma transmissão no youtube que ganhou grandes expectativa, a calmariae entre os fãs veio, com o anúncio que 4 jogos da plataforma se tornariam Multi, acreditando que isso iria popularizar ainda mais alguns de seus exclusivos.
A visão não estava errada. Realmente é louvável a questão de expandir alguns de suas marcas sem perder sua essência. A ideia de expandir para demais plataformas do ponto de vista econômico é em um mundo capitalista algo como óbvio, mas ao mesmo tempo o cuidado de cuidar do que é seu é mais do que necessário ainda mais em um mundo tão fanático como é dos nossos joguinhos.
Grounded, desenvolvido pela Obsidian Entertainment e publicado pela Xbox Gaming, surge então como um dos escolhidos para ser um dos pioneiros de demonstrar a força da marca em outros consoles e expandir sua qualidade para outros jogadores. Mas será que ele consegue? Será que ta bacana? Consigo passar uma tarde com os amigos sem ter raiva? Vem conferir.
O mundo é um lugar vasto, bonito e perigoso – especialmente quando você está do tamanho de uma formiga. Explore, construa e sobreviva juntos nesta aventura de sobrevivência e cooperação. Você consegue sobreviver ao lado das hordas de insetos gigantes, lutando para sobreviver aos perigos do quintal?
Sei que isso é tema recorrente de 10 entre 10 reviews desse game, mas não tem como não mencionar, ainda mais para aqueles nascidos nos anos 80/90 e cresceram com um certo filme que fazia muito sucesso até entrar no hall de “os mesmos filmes de sempre” da sessão da tarde. Falar sobre Grounded é obrigatório começar falando de Querida, encolhi as crianças, clássico de 1989 estrelado pelo outrora queridinho das comédias americanas, Rick Moranis. A sensação é a mesma e o ar de nostalgia toma conta daqueles que cresceram com esse filme na telinha.
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No jogo, você pode escolher um dos 4 personagens principais que se encontram miniatuarizados durante uma série de desaparecimentos semelhantes que assolaram uma comunidade., um jardim repleto de perigos, insetos (agora gigantes) e dependendo apenas do seu instinto de sobrevivência para sobreviver.
O game consegue capturar com aptidão o sentimento de exploração e imersividade que propõe. No jogo, você passa horas vivenciando um mundo que remete até mesmo ao pensamento selvagem. É apenas um jardim, algo que olhamos diariamente seja na nossa própria residência em outro local, mas ao mesmo tempo pode ser dependendo da dimensão algo feroz que pode custar a vida.
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Desde o inicio, você parte em busca de um mundo sem absoluta informação alguma (bom, se de fato você se propor a isso né) e descobre a partir dos recursos que são disponibilizados a basicamente se virar. É bem na expectativa de você mesmo faz sua experiência no jogo.
E não há como falar disso, sem falarmos do real motivo do porque você, usuário, veio até aqui. É bem provável que você conheça bem o game ou já deve ter ouvido falar e por isso, ao vir nesse humilde site Nintendista, veio em busca da pergunta: e ai, presta no Nintendo Switch?
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Para respondermos isso, temos que entender o propósito do jogo. O game é de exploração, que lhe dá objetivos a serem cumpridos (uma critica fica a questão de que só são disponibilizados 3 por vez, ficando presos e sem poder ter uma liberdade maior para resolver os demais). De inicio, o game não apresenta maiores problemas, mas à medida que você adentra ao jogo, que cada vez torna a experiência mais profunda e vai explorando mais e mais…. o game tem uma significativa queda de quadros que podem vir a atrapalhar a jogatina do usuário.
Particularmente, é algo que não me afeta tanto e nem tento colocar tanto isso em análises, mas é preciso reconhecer que chega a um ponto que prejudica sim o andamento do jogo. É comum em um primeiro momento vir e criticar a equipe de desenvolvimento por isso, mas sabemos a exigência do jogo e a quantidade de detalhes que eles oferecem e o quão o hardware do Nintendo Switch acaba se limitando diante de alguns jogos, até por isso esta prestes a vir um sucessor.
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E algo de maravilho que pode ser vivenciado em outros consoles, é também bastante evidente os problemas aqui. O jogo, em seu sua essência, transparece o quão maravilhoso deve ser jogar entre amigos, o quanto é prazeroso jogar em grupos. É daqueles títulos que facilmente são recomendados quando você busca no google: jogos multiplayer para jogar com meus amigos em um sábado a noite. Mas infelizmente, o Online aqui é prejudicado. E mais uma vez pelo desempenho.
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A critica, apesar de pertinente, não deve ser encarada como fator de impecilho para sua jogatina. Em outras palavras, não venho aqui dizer que o jogo é injogável por isso, longe disso. O jogo não trouxe grandes expectativas na sua vinda para o Nintendo Switch a toa. É um grandíssimo jogo que possui méritos por trazer a sensação aventuresca que se propõe.
É divertidíssimo o seu modo de exploração e seu modo survival. Ao me deparar com algum bicho enorme, correr em disparada sem olhar para onde ia era a primeira escolha e ao avistar que estava a salvo, uma boa gargalhada soltava pelo momento certamente cômico que minha aflição causaria se alguém me assistisse jogando.
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Esse jogo, por mais limitações que tenha de desempenho, consegue trazer aquela sensação do novo e do desafio. O sentimento aventuresco que nós tanto aspiramos encontrar em um jogo. E que bom que a Xbox teve a boa vontade de compartilhar esse game com sonystas e nintendistas. O que é bom, é sempre bem vindo.
[Nota do Editor: Grounded foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Xbox Gaming para avaliação.]
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