A Ant Workshop traz uma curiosa combinação aos nossos consoles: um jogo de exploração de dungeons com sistema de deckbuilding e elementos roguelite, em que os jogadores constroem suas próprias masmorras exploráveis usando um deck personalizável. A cada noite no jogo, use suas cartas para expandir a dungeon ao seu redor e, ao final, chegar ao chefão conhecido como The Warden. Mas não pense que é simples assim, será preciso também desbloquear partes do cenário para prosseguir, quebrando selos ocultos.
Publicado pela Wales Interactive e desenvolvido pela Ant Workshop, o Into the Restless Ruins apresenta um baralho de cartas selecionadas aleatoriamente, cada uma representando salas e corredores. Sua tarefa é posicioná-las no chão para construir seu próprio labirinto. Ao terminar, você precisará enfrentar a escuridão e guiar sua heroína através da criação, lutando contra monstros e encontrando personagens.
Nosso personagem principal está armado com uma tocha e uma arma — que pode variar de uma espada a um arco para ataques de longa distância — e seu objetivo é avançar pelas salas, coletando bônus ao longo do caminho. Você precisará progredir por cada “camada” do labirinto até chegar ao chefe, que deve ser derrotado para desbloquear o próximo mapa.

O jogo apresenta uma jogabilidade de tiro automático, muito parecida com a de Vampire Survivors. Outra característica importante é a sua lanterna: quando ela se apaga, sua visibilidade da masmorra diminui, e, caso se esgote completamente, você perde vida a cada segundo que passa.
As cartas incluem uma mistura de corredores, caminhos e salas onde você pode parar durante a jornada para adquirir novas armas e aprimorar atributos como vida e dano. É necessário posicionar estrategicamente as cartas para que se conectem sem causar obstruções, além de considerar onde você pode precisar fazer uma parada urgente. Tornar sua rota o mais eficiente possível é absolutamente essencial — caso contrário, a morte é inevitável, e você nunca conseguirá retornar ao portal de saída.
Folclore e atmosfera
Apesar de ter uma história simples, o enredo do jogo se baseia em uma antiga lenda escocesa, que conta que aqueles que possuem desejos impossíveis de serem atendidos por meios humanos devem procurar a Donzela da Ceifa. A crença diz que, em troca de esforço, ela é capaz de realizar todo tipo de ambição.

Após anos de busca, nosso protagonista encontra uma misteriosa pista nas ruínas onde a Donzela pode estar. No entanto, a lendária mística está enfraquecida devido à corrupção dos terríveis guardiões e das criaturas deploráveis que rondam o local. A solução? Você deve ceifar tais monstros — segundo ela própria, quando isso acontecer e seu poder for restaurado, ela realizará todos os seus desejos.
Deckbuilding e estratégia
Basicamente, o jogo obriga você a expandir as ruínas do mapa para explorá-las. Para isso, é necessário jogar as cartas da sua mão, que correspondem a diferentes salas, encaixando-as nos conectores visíveis e criando um caminho até os chefes que corrompem o poder da Donzela.
Entretanto, a construção das salas é limitada por pontos de construção, e, quando eles acabam, você deve entrar na dungeon e ceifar os monstros que preparou para enfrentar. Explorar é fundamental, pois somente assim você poderá destruir os chefes, eliminar os selos que mantêm a corrupção da Donzela e, claro, conseguir melhorias para seu personagem.

Como mencionado, sua tocha se apaga com o tempo, e, se ficar sem luz, a escuridão começará a causar dano. Morrer na masmorra não resulta em um fim de jogo imediato; em vez disso, serve para preencher uma estranha barra roxa conhecida como medidor de corrupção. À medida que ela aumenta, você recebe cartas de maldição que infligem efeitos negativos e permanecem em sua mão até que você desista e as jogue fora. A cada noite, o medidor também cresce gradativamente, aumentando a tensão — e, quando se completa, o jogo termina.
Após concluir as partidas, você recebe pontos de experiência e, a cada nível alcançado, desbloqueia novas cartas e mutadores que alteram o jogo. Além da alta rejogabilidade, o título também registra sua melhor pontuação e tempo de conclusão — um prato cheio para speedrunners.
A gente morre tentando
Inicialmente, você pode receber cartas bastante simples, mas, ao progredir na exploração das ruínas e derrotar inimigos, passará a ter acesso a variantes mais poderosas que oferecem benefícios, como mais pontos de construção na rodada seguinte ou recargas para a tocha. Isso recompensa o jogador, mas o faz pensar cuidadosamente sobre como usar suas cartas — afinal, de nada adianta chegar até o chefe se você não tiver melhorias ou bônus de dano suficientes.

Morrer na masmorra não resulta em um fim de jogo instantâneo. Em vez disso, serve para preencher uma estranha barra roxa conhecida como medidor de corrupção. À medida que ela aumenta, você recebe cartas de maldição que infligem efeitos de status negativos e permanecem em sua mão até que você finalmente desista e as jogue fora. A cada noite, a barra também cresce gradativamente, aumentando a tensão — e, quando se completa, o jogo acaba.
Após concluir as partidas, você recebe pontos de experiência e, a cada nível alcançado, desbloqueia novas cartas e mutadores que alteram a jogabilidade. Além da alta rejogabilidade, o jogo também registra sua melhor pontuação e tempo de conclusão — o que é perfeito para speedrunners.
Conclusão
Embora o jogo tenha seis níveis principais que se aprofundam progressivamente na masmorra, sua rejogabilidade é praticamente infinita graças aos muitos mutadores e cartas que podem ser aplicados. Mapear estrategicamente suas próprias dungeons é realmente gratificante. Seus mutadores e sistema de pontuação incentivam o jogador a continuar explorando suas profundezas mesmo após conquistar as fases principais.
Seus gráficos em pixel art são bastante funcionais e agradáveis, cumprindo bem o papel. As letras dos textos no modo portátil são legíveis, e um ótimo ponto é que o jogo está localizado em português. A sonoplastia é simples, mas não desagrada — apenas um pouco repetitiva, sem atrapalhar a imersão.
Contudo, vale destacar: o objetivo do jogo é explorar e construir, não o combate. Portanto, vá com isso em mente.
The game’s simple premise guarantees fun; the deckbuilding and dungeon exploration, creating your own dungeons, is a pleasant surprise, proving that it’s possible to combine distinct ideas and deliver a cohesive experience.
[Nota do Editor: O jogo Into the Restless Ruin foi analisado a partir de um Nintendo Switch 2 cuja chave foi gentilmente cedida pela Ant Workshop]
















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