Você pode, como uma parte da fã-base de Pokémon, dizer que Pokémon nem é um “jogo verdadeiro” de Pokémon. Mas ninguém pode negar o sucesso e o impacto que teve o game mobile na indústria e mesmo na franquia.
Em 2016 o ambiente mobile era dominado por jogos como Clash of Clans, Candy Crush e Subway Surfer e então chega a Niantic com um jogo de realidade virtual, adaptado do seu jogo anterior: Ingress, mas com os monstrinhos de mentira mais famosos do mundo. Pokémon Go tornou-se líder em downloads na primeira semana em todos os países disponíveis em seu lançamento. Ainda hoje é um jogo com grande público e que todo mundo conhece.
Foi Pokémon Go que trouxe a franquia novamente no holofote. Todos, todos mesmo, sabiam sobre o tal novo jogo mobile que você deveria sair andar pelo mundo para caçar Pokémon. Fãs da franquia estavam baixando o jogo e gente que só tinha ouvido falar de Pikachu e Charizard antes também estavam baixando o jogo.
Pokémon Go chegou as manchetes de jornais, com problemas entre roubos e acidentes de trânsito, bem como histórias de pessoas que superaram problemas físicos e emocionais, saindo andar por aí caçando monstrinhos e jogando com outras pessoas.
Pokémon Go foi sim um grande marco da franquia Pokémon, mesmo que longe dos consoles, mesmo que sem uma história comum dos jogos, mesmo sem diversas mecânicas e com outras alteradas (como o sistema de evolução e batalha). O jogo de celular da produtora Niantic foi um grande marco da década, como jogo de Pokémon e como jogo mobile.
E para mim, pessoalmente, Pokémon GO ainda ganha diversos pontos como um dos grandes Jogos da Década por ter diversos significados para mim. Foi por Pokémon GO que eu voltei a andar mais, pegar caminhos mais longos, conhecer mais lugares.
Foi por Pokémon GO que eu voltei ao mundo dos games. Toda a lembrança e nostalgia dos tempos de criança veio a tona, lembro de ficar esperando para ver Pokémon no programa da Eliana ou juntando revistas, miniaturas do Guaraná Antártica, álbum de figurinhas em uma maleta com o fecho estragado que eu ganhei do meu pai. Antes de Pokémon GO só joguei bastante mesmo os primeiros jogos de Pokémon, Red e Gold e o remake Heart Gold para 3DS. Foi por Pokémon GO que depois vim a conhecer todo o mundo incrível do Nintendo Switch.
E também, e principalmente, foi por Pokémon GO que fiz as melhores amizades dos meus últimos anos. Por mais que o jogo já tivesse uma grande comunidade, eu sempre joguei sozinho. E daí eles incluíram as raids e os lendários ao jogo e para vencê-los, você só conseguia fazer com um time de vários jogadores.
E foi assim que numa Raid de Articuno, sozinho sentado na praça esperando ver se aparecia alguém mais para fazer a tal da raid que fui incluído em um grupo de WhatsApp da cidade. Pokémon GO me apresentou a jogadores incríveis, a pessoas espetaculares. Claro que toda comunidade tem seus problemas, mas Pokémon seja o GO ou a fã-base em geral tem sua boa porcentagem de pessoas ótimas.
E eu agradeço muito a Pokémon GO por isso. Um dos jogos de celular mais rentáveis atualmente, ainda em foco e sem perder momentum (2019 foi o ano mais rentável do jogo até hoje). Um jogo que marcou uma geração, trouxe a franquia Pokémon de volta ao holofote, redefiniu o ambiente mobile e trouxe diversas histórias, Pokémon Go é, sem dúvidas, um dos grandes Jogos da Década.
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