Little Nightmares 2 - Análise, 15 perguntas e fatos

Little Nightmares 2 – Análise, 15 perguntas e fatos

Little Nightmares 2, da Tarsies Studios e Bandai Namco, é a sequência do já disponível para o Nintendo Switch Little Nightmares, um jogo de puzzle plataforma com pitada de terror e suspense. O jogo possui um enredo que precisa ser desvendado, ou seja, só jogando e conectando ou pesquisando fontes externas pra entender realmente a história. A sequência traz um novo protagonista em um jogo em que a protagonista anterior ‘’Six’’ é um NPC que te acompanha, ou seja, você não a controla, mas ela segue a jornada com você, semelhante à Ellie de Last of Us ou o Atreus no último God of War.

Para fazer um overview geral do jogo, selecionamos 9 perguntas da comunidade e 6 outros fatos interessantes do jogo:

“Little Nightmares 2 se passa antes ou depois de Little Nightmares 1? Em que tempo se passa o jogo”
Gabriel Marques e João Duarte

Apesar de não ser declarado, (afinal, como dissemos, os desenvolvedores gostam de fazer a fanbase se virar para descobrir tudo) é consenso de que o 2 vem antes do primeiro. Principalmente pela cut scene do final secreto, mas sem spoiler do que acontece lá. Dá pra raciocinar que o 2 é mesmo a sequência na história, mas seria preciso arrumar algumas desculpas para encaixar. Não é impossível, mas o consenso da fanbase é que o 2 vem antes.

“Além da história, sobre o que realmente o jogo fala? Medos da infância? Traumas?”
Vitor Marques

Isso é um pouco relativo, por exemplo, ‘’trauma de infância’’ depende do que você tinha medo, mas acho que o jogo é mais sobre trazer um jogo de plataforma ‘’tematizado’’ com os ’’clássicos de terror’’. Você passa pelo caçador, escola, hospital. São locais bem visitados na temática dos filmes desse gênero, então eu vejo mais como um tributo às temáticas clássicas. Mas como eu disse, é relativo, talvez você jogando ache algo em comum.

“Este jogo é realmente do gênero terror ou ele é mais voltado para o suspense, criando um terror apenas psicológico? Neste quesito do terror ele é mais assustador do que o primeiro ou poderia ser melhor?”
Vildean Menezes

Tirando um maldito trecho, o jogo não é de terror no sentido de dar medo. Como falei acima, ele usa o terror mais como temática da ambientação, mas ele tá mais para o ‘’bizarro’’, estilo Tim Burton talvez. Mas não tem “jump Scare” (que são aquelas cenas que do nada aparece um elemento assustador) e essas coisas não. Não é esse tipo de jogo.

“Você gostou do fim do jogo?”
Luca

SIM! O final do jogo é bem marcante. É difícil falar sem dar spoilers, mas deixo o hype para quem quer jogar:  final vale muito a pena.

“Little Nightmares 2 foi considerado um grande sucesso e mesmo assim tivemos a saída de um nome de peso recentemente, o CEO Andreas Johnsson. Ao mesmo tempo a produtora diz que irá focar em um novo nicho de mercado e com isso vem a seguinte dúvida, no seu ponto de vista, qual será o futuro da saga?”
Beaufort Zimmermann

“Salve Coelho, você acha que terá continuação de Little Nightmares?”
Boi Tilapi

O jogo performou bem o suficiente para não ser ignorado, então nem que a Bandai Namco dê pra outro estúdio, deve rolar sequência sim, até porque a história ainda tem pano para a manga, o objetivo final ainda não foi completado. Agora, se isso vai funcionar ou não, é outra história. Mas ele hoje já é um dos grandes hits da Bandai dentre esses jogos de menor produção.

“O que esperar desse mundo de little Nightmares?”
Taroky U

É um mundo bizarro, mas é um jogo cativante. Talvez pelo fato de os protagonistas serem uns serezinhos em miniatura. Você pode esperar desafios criativos pelas maluquices do jogo, incluindo inimigos igualmente estranhos ,mas o gameplay é muito bem feito, o universo tem bastante conteúdo para você buscar teorias e, no geral, é um game que vale muito a pena ‘’adentrar’’.

“Você se sentiu perdido em algum momento por não ter dica do que fazer? Caso sim, você acha que isso atrapalhou?”
Graziela Oliveira

Então, PERDIDO não. Tipo Amnesia ou metroidvanias, que você não sabe onde tem que ir, não. O jogo é linear, e seja lá o que você tem que fazer, está ali naquela área. Mas sim, tem puzzles que dependendo da sua paciência você pode ficar tentado a abrir um tutorial no YouTube e não incomodou porquê, novamente, são puzzles, não locais em que você é obrigado a dar uma volta gigante.

Inclusive, a maioria desses puzzles que travam, é porque você precisa interagir com algum objeto MUITO aleatório, como uma sala cheia de gavetas fechadas, aí uma dentre 30 abre e o jogo quer que você não desista de abrir gavetas e partir para outra tática.

“O jogo tem uma boa performance no Nintendo Switch? Ou as quedas de fps são frequentes e a resolução deixa muito a desejar?”
João Víctor da Costa Farias

Até pelo clima mais sombrio do jogo, tanto a performance quanto resolução estão EXCELENTES no Switch, o que na verdade deixa a desejar são umas animações específicas, como quando o protagonista pula e segura na mão da Six, dá meio que uma travada estranha. Mas aí é o jogo e não o Port. Os visuais estão incríveis e o fps, reparando até para poder criar conteúdo, foi percebido, mas é sutil. Estranho, porque foi em momentos aleatórios como mexendo em itens, coisa assim, nas horas que você precisa de fluidez não me recordo de nenhum trecho em que a performance deixou na mão.

“O que vocês acharam sobre as novas mecânicas e a lore do jogo?”
Davi Mattos

“Jogo de dois de um” não é nenhuma novidade, já citamos alguns, e mesmo no gênero puzzle existem outros games que seguem essa linha como o Unravel. É legal porque nem sempre também o jogo fica nisso, tem muitos momentos em que é só o protagonista, só você, isso inclusive deve chegar aí nos 50/50 do conteúdo do game e isso deixa mais dinâmico. Mas se você não suporta esse tipo de gameplay, jogue o primeiro mesmo.

Outros fatos interessantes do jogo:

  • O jogo tem um Rumble HD excelente! “Quão excelente?” O suficiente para entrar nessa matéria.
  • Existem coletáveis para se achar nas fases, e eles não são fáceis de achar apesar de serem poucos.
  • O sistema de checkpoint é como em Rayman, são muitos. Dificilmente você volta muito no estágio, então se isso era uma preocupação, despreocupe-se (inclusive, tem vezes que dá pra você sair correndo e pegar o próximo checkpoint sem resolver bem o chefe naquela área).
  • Todos os 5 capítulos tem um chefe e acontece de em alguns deles você topar com esse chefe várias vezes ao longo do capítulo.
  • A duração do jogo fica entre 5, se você for um gênio dos puzzles ou se já sabe o jogo de cor, e 10 horas. Bem difícil você passar EM MÉDIA mais do que duas horas por fase.
  • Pode parecer óbvio, mas esse não é um jogo pra crianças. Seu personagem mata inimigos, incluindo alguns de forma bem cruel e o jogo mesmo não sendo de terror, pode gerar alguns pesadelos nos pequenos.

Pra encerrar, nossas considerações e pontuações tradicionais de análises:

Preço: R$160,00 no México / US$30,00 nos EUA (justo)
Ponto alto: Chefes, tanto no design e criatividade deles, como as batalhas em si.
Ponto baixo: As partes de ação, em que você precisa acertar inimigos com um bastão. É meio duro e a câmera não ajuda a mirar direito.
Dificuldade: Média para fácil.
Versatilidade pra agradar todo nível de jogador: Existe, mas fraca, ficando para o público mais hardcore somente a coleta dos itens escondidos.

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