No Man’s Sky foi lançado para diversas plataformas em 2016 e não foi bem recebido pela comunidade, tido por muitos como um jogo decepcionante, mesmo assim a desenvolvedora Hello Games não desistiu de sua aventura espacial e continuou dando diversos updates gratuitos ao jogo. Em outubro de 2022, 6 anos após seu lançamento oficial, ele chegou ao híbrido da Nintendo e esse jogo, hoje belíssimo, já me fez acumular mais de 300 horas de gameplay no Switch.
Sobre No Man’s Sky
No Switch, No Man’s Sky já chegou com o update 4.0 “Waypoint” e agora em 2023, com o lançamento deste review, acaba de ganhar o update “Fractal” que traz junto uma nova nave e uma expedição qeu será detalhada abaixo.
No Man’s Sky soube se reerguer e segue como um verdadeiro exemplo do que uma equipe que acredita no que está fazendo é capaz. Lançado em 2016, teve um fracasso bem triste por não entregar o que havia prometido, algo bem semelhante com o que aconteceu com Cyberpunk 2077 da CD Project Red. A desenvolvedora Hello Games, no entanto, não cruzou os braços e transformou No Man’s Sky em um jogo ótimo. Nunca houve momento melhor para se dedicar à exploração espacial.
No jogo você acorda como um “viajante” e começa a explorar diversos sistemas estelares e interage com diversas raças e criaturas ao longo do jogo afim de catalogar, descobrir e explorar as fronteiras do universo, podendo viajar entre galáxias, entrar em buracos negros e encontrar entidades cósmicas.
Um pouco de história
Em No Man’s Sky, o viajante acorda em um planeta desconhecido e começa a juntar recursos para sobreviver ao ambiente hostil e consertar sua nave. A primeira aventura que encontramos é relativamente fácil, mas corrida, até porque o planeta em que estamos é tóxico. O viajante recebe um chamado, encontra outro viajante e a historia se segue nessa busca de encontrar onde está esse amigo e descobrir a verdade do universo que parece estar colapsando junto da unidade que controla as sentinelas, que servem como guardiões do cosmo.
No jogo descobrimos a anomalia espacial, que nos ajuda na busca de informações e desbloqueia grande parte dos itens necessários para a gameplay. O jogo possui diversas missões, bem explicadas e empolgantes, que te fazem querer saber no que vai dar. O mundo é aberto e você pode visitar qualquer planeta, em qualquer sistema estelar e criar suas bases nele, seja terrestre ou aquática, pode até ser aérea, se você se aproveitar de um glitch do jogo (eu particularmente não consegui fazer a base aérea – Orbital – no Switch, e só consegui até uma altura aceitável pra mim).
A história deixa de pedir tantas missões depois que você conhece o Atlas e tenta ajudá-lo, depois deste ponto, o jogo é com você, apresentando missões de exploração e de melhoramento da base e outros itens que fazem com que o jogo praticamente pareça infinito, o que é um belo trabalho da Hello Games.
Gameplay
Uma das partes mais legais do jogo é pilotar as naves, mesmo que difícil manobrar em altas velocidades, mas isso também depende da nave escolhida, pois existe mais de 5 tipos de naves, com atributos diferentes e níveis. E você pode pilotar com duas visões, uma de dentro da nave e uma por fora. A de dentro é, particularmente, um charme, mas difícil de pousar ou manobrar.
Existe alguns canais no Youtube que te ensinam a mexer nas configurações do jogo para melhorar a “manobridade” da direção da suas naves. E batalhas de naves são excelentes, porém não possui Jogador vs Jogador, somente contra os piratas que aparecem nos sistemas que você visita, as sentinelas, e quando salva uma cargueira. Falando em cargueira, ela é uma nave enorme, onde você pode guardar suas naves, montar uma base e ficar pulando de sistema em sistema com ela, basicamente isso. Não da der ir em batalhas com elas e você não manobra ela também, mas da pra criar uma base muito bonita nela e, se assim quiser, ter o total de 12 naves suas, com a nova atualização “Fractal”.
Além disso, é possível melhorar tudo no seu personagem: o kit de sobrevivência, a velocidade de deslocamento, as armas, o minerador, a própria arma pode ser trocada, e ainda traz a possibilidade da personalização de aparência, sua e da nave cargueira.
Em cerca de duas horas no jogo, pelo relógio normal, ao fazer 5 saltos você entra em uma batalha pela nave cargueira e você pode ganhar uma de graça, mas vale a pena checar qual nível da cargueira que esta naquele sistema, pois assim como as naves, elas tem tipos, tamanhos e níveis diferentes.
Ao avançar na história, ou mesmo se você explorar planeta por planeta, você pode se encontrar com sentinelas vigilantes, ou agressivos. Eles são como guardiões do universo e podem entrar em batalha com você. São até recompensadoras, as batalhas contra eles, mas só vá se você tiver certeza que vai conseguir vencer, pois elas podem ser bem difíceis, as naves tem escudos e robôs pequenos que curam os feridos, enquanto eles soltam bombas e metralham você.
Pontos Interessantes de mencionar
Com a nova atualização, a Hello Games melhorou muitos bugs que ainda tinham na versão de Nintendo Switch e melhorou os gráficos. Mesmo assim, No Man’s Sky ainda é um jogo grande, tendo mais milhares de sistemas estelares, com planetas que você pode visitar, criar bases enormes, e as vezes todo esse tamanho afeta no carregamento gráfico de todas as suas estruturas, deixando você esperando uns 3 segundos uma porta ou pavimento ser renderizado corretamente, coisa que não atrapalha a gameplay porque as vezes é insignificante a espera, mas tem vezes que pode até dar erro quando tem muita coisa para renderizar. Contudo a aparência continua ótima.
Por enquanto, até a data desta review, o jogo não possui multiplayer na versão de Nintendo Switch, mas ela deve chegar logo como chegaram as missões da comunidade agora com a atualização Fractal, então devemos esperar.
Trilha sonora e efeitos
O jogo possui uma trilha bem cativante, que cabe bem no ritmo do jogo, nada enjoativo, bem contemplativo, até porque estamos viajando pelo cosmos. As animações não pecam em nada, e partes dos cosméticos do jogo podem ser adquiridos de graça, através de uma moeda diferente chamada Mercúrio, que se obtém cumprindo missões especiais da anomalia espacial. Lá temos cosméticos para a nave e para a base, e que são belíssimos. Nas minhas trezentas horas de jogo ainda não desbloqueei todos os cosméticos e ainda acho que vai demorar, porque na anomalia existem outros itens que despertam mais missões. Os meus favoritos são os das naves que podemos mudar o rastro que nossa embarcação deixa ao viajar.
Expedições e Exploração
Para deixar o jogo com boas atualizações, a Hello Games implantou o recurso chamado Expedição da Comunidade, que nada mais é que uma historia paralela à principal onde você cumpre missões, avança na história e ganha recompensas. Elas duram de 3 a 6 semanas e você pode fazer quantas vezes quiser, sabendo que o inventario das recompensas na anomalia espacial é compartilhado entre os “saves”.
Então se você ganhou uma nave em uma expedição, ou até assistindo alguém na Twitch, você pode recuperar essa nave em qualquer “save” que você criar, o que é bom. No momento já houve 9 expedições, todas trazendo conteúdos novos e atualizando o jogo de forma mais rica e com melhorias de frame rate, gráficos e conteúdo.
O mais legal ainda não é so a geração procedural de cenário ou as naves, mas o que despertou muito minha curiosidade foi a missão de naves vivas, sim, naves que parecem organismos. Elas possuem em diferentes formatos e cores, e enriquecem mais ainda esse jogo, além, é claro, das naves solares, que são essas que tem uma espécie de tela na parte frontal do propulsor. Elas são excelentes em combate e recarregam o propulsor automaticamente, ao contrario das outras naves. E ainda existe as naves exóticas, que são naves bem redondinhas. E podemos encontrar naves assim nessas expedições bem fácil.
Conclusão
No Man’s Sky soube se reerguer e segue como um verdadeiro exemplo do que uma equipe que acredita no que está fazendo é capaz, poucos games possuem uma história de redenção tão marcante. Ele é uma ótima aquisição para quem quer um jogo de exploração aberto, sci-fi, carismático, e um ótimo port pro Nintendo Switch.
Pessoalmente, o jogo me fez gostar de ficção sci-fi mais ainda, reacendeu algo que não tinha mais muito interesse há um tempo. Essa jornada de No Man’s Sky, de poder conhecer ele agora, sem ter passado pelo pesadelo de 2016, pode ter sido um excelente ponto positivo para quem está pegando um Switch agora.
No Man’s Sky consegue encaixar suas atualizações e jogabilidade de forma perfeita no Switch, representando uma das melhores formas de poder jogar esse jogo, em qualquer lugar do universo. Claro, ainda tem que melhorar o carregamento deixando-o mais rápido, a renderização da base, mas o que já temos dá uma indicação fortíssima do game sobre o nosso amado Switch. Ele esta um pouco caro na eShop comparada às lojas dos outros consoles, mas é comum uma promoção aparecer e você pode fazer esse investimento, que acho que você pode gostar muito.
Detalhes
Lançado em 2016 para outras plataformas, No Man’s Sky foi lançado em 7 de outubro de 2022 para Nintendo Switch. É um jogo de simulação e ação da Hello Games e possui linguagem em Português do Brasil.
Aproveite e me conta o que achou dele!
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