Donkey Kong Country 2, ou simplesmente DK2 foi o ápice da era 16 bits, juntos, Nintendo e a Rare mostraram ao mundo que mesmo que os consoles de 32 bits já estivessem no mercado a algum tempo, o Super Nintendo ainda tinha muito a oferecer.
Trazendo a mesma e revolucionária tecnologia gráfica, que usava imagens pré-renderizadas em modelos 3D usadas no seu antecessor, DK2 melhorou tudo o que podia além de trazer inovações muito importantes que até hoje são usadas como referência.
Mas então porque esse jogo é tão diferente e importante, não só para a indústria dos games, mas também por moldar muito dos gamers que viveram na década de 90?
Na minha humilde opinião é porque ele é completo, sim completissimo!
Hoje existem muitos jogos que parecem reais, por serem tão perfeitos graficamente. Outros com histórias dignas de livros de sucesso. Muitos parecem verdadeiras obras cinematográficas, cheias de cenas e diálogos bem amarrados, mas poucos são os que reúnem todos esses itens em um só.
Mas acreditem amigos, guardadas as devidas proporções, Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest contém tudo isso e muito mais.
O jogo se inicia logo após os acontecimentos do primeiro e enquanto tomava sol e descansava na praia Donkey Kong, ou simplesmente DK, é raptado pelos kremlings a pedido do King K. Rool que exigiu como resgate o estoque de bananas dos kongs (sinceramente nunca entendi o amor desses kremlings por bananas… Talvez sejam os primeiros crocodilos vegetarianos dos games, mais um motivo para mostrar como esse jogo estava a frente do seu tempo hahahaha) .
Brincadeiras a parte, Você deve estar se perguntando, mas isso lá é enredo?
Se salvar o seu melhor amigo das garras de um terrível vilão não for motivo suficiente para se aventurar em um mundo de perigos mortais, não sei o que é!
Acompanhado de sua namorada Dixie, Diddy retorna para o segundo jogo da franquia com a infame missão de resgatar o gorilão e não perder as benditas bananas!
E é exatamente aqui que o jogo começa suas inovações. A nova personagem, Dixie, trazia habilidades muito diferentes do seu amigo primata DK. Ele possuía controles mais pesados o que deixava o jogo um pouco mais lento, já a macaquinha era ágil como seu namorado e ainda tinha a incrível habilidade de planar usando seus longo cabelos dourados. Essa habilidade criou um universo de possibilidades dentro do jogo que foram muito bem exploradas.
Outra mudança significativa foi o fato de ambos terem o mesmo porte físico dando a elas a possibilidades de carregar um ao outro na garupa, o que dava acesso a áreas diferente nas fases, algo que era impossível em DK1 já que o DK era muito maior e mais pesado que o Diddy.
O design das fases são um deleite para qualquer pessoa, mesmo nos dias de hoje, mais de vinte anos após o seu lançamento. Cheio de cores, efeitos e texturas é um jogo que causa uma empatia instantânea.
Como não lembrar daquelas fases dentro de uma gigante colmeia onde se via mel escorrendo no seu monitor?
Um “mundo” todo que se passava em um, digamos, macabro parque de diversões, cheio de montanha russas mortais e fases no meio de florestas espinhentas que te faziam prender a respiração a cada movimento.
Efeitos sonoros magníficos! Cada fase, inimigo possuía sons icônicos que mesmo sem vê-los, só de ouvi-los você já sabe do que se trata.
E a trilha sonora? AHHHHHHHHH a trilha sonora! Até hoje eu considero a melhor trilha já feita para um jogo. Posso estar exagerando? Talvez sim, talvez não. Fato é que todas as trilhas feitas para esse jogo são simplesmente perfeitas. O trabalho realizado por David Wise é digno de oscar!
A maioria das melodias se mesclam com os sons do ambiente, dos macacos, transformando cada fase em um show a parte.
Como esquecer músicas como Forest Interlude? Stickerbrush Symphony? Até mesmo a música da intro do jogo é simplesmente sensacional. Ok, vocês já entenderam que eu amo essa trilha e sim pode acreditar que sim.
Ele foi o jogo mais vendido de 1995, o sexto mais vendido do console e o jogo mais vendido do SNES que não vinha junto com o console.
Se existem jogos que remetem a melhor época da minha infância, Donkey Kong 2, com toda a certeza está nessa lista. Lembro perfeitamente o dia em que meu irmão chegou em casa trazendo o cartucho, eu não havia jogado o primeiro DK, então esse foi meu primeiro contato com a trilogia e amigos… Que estreia.
Não foi uma tarefa fácil terminar o jogo pela primeira vez, existem muitos níveis que testam a paciência mas principalmente a habilidade do jogador.
Quem aqui não perdeu horas tentando passar da terceira fase do quarto mundo a espinhosa Bramble Scramble? Ou das dificílimas Castle Crush e Toxic Tower no mundo seis?
Ou pra quem era ainda mais hardcore e coletou todas as moedas DK e as Kremekoins (sim aqui coins é com K mesmo), que dava ao seu herói a possibilidade de conquistar os 102% do jogo. É amigos! DK2 foi um dos primeiros jogos a trazer essa ideia de completar certos desafios para receber conquistas em troca, algo que é usado hoje incessantemente na maioria dos jogos.
Esse é um dos poucos jogos que todo ano eu gosto de revisita-lo! Rejoga-lo (se é que essa palavra existe)! De poder reviver aquele sentimento inexplicável que ele me traz todas as vezes que eu ligo meu Super Nintendo, assopro meu cartucho e começo a jogatina.
Se você nunca jogou essa obra-prima, pare tudo o que você está fazendo, a não ser que você esteja salvando vidas aí pode continuar, se acomoda bem, liga seu console e aproveita, aproveita cada segundo desse título. Vai ser uma das viagens mais prazerosas que você vai fazer.
Deguste cada cenário, cada melodia, cada momento.
Porque muito além do fator nostalgia, DK2 tem todos os elementos que fazem dele um jogo perfeito na minha opinião e tenho certeza que para sempre ele continuará tendo um lugar todo especial em meu coração.
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