Em um momento da indústria de games onde gráfico e frames são crivos para as superproduções mesmo dentro os Indies, Roadwarden chega na contra mão desse movimento trazendo uma abordagem simples totalmente focada na história e na tomada de decisões. Sendo lançado no final de agosto pela Assemble Entertainmet e desenvolvido pela Moral Anxiety Studio, Roadwarden é um jogo de nicho e mesmo dentre os mais ávidos fãs de RPG pode ser um pouco monótono as vezes.

História
Em Roadwarden entramos na pele de uma pessoa responsável por cuidar das estradas de Hovlavan, um reino medieval já bem estabelecido porém que sofre com ataques de monstros e bandidos. E no papel desse Guarda de Estrada (Roadwarden em inglês) devemos explorar os arredores protegendo as rotas comerciais.
Começamos nosso trabalho indo investigar uma península para que possa ser colonizada, porém a natureza desse mundo é muito hostil e os poucos habitantes ali residentes são desconfiados de sua presença e suas intenções. Durante essa missão você deverá sobreviver por conta própria na maioria das vezes e terá 40 dias, em tempo contabilizado pelo jogo, para decidir se será é possível criar rotas comerciais ali ou não.
Para isso devemos tomar diversas decisões e para todas elas uma consequência virá. As vezes a resposta errada poderá evitar uma aliança e a pergunta certa garantirá oportunidades. Tudo isso molda o percurso e qual dos finais muitos finais diferentes teremos.

Gameplay
Sendo totalmente baseado em texto, Roadwarden nos traz uma experiência semelhante a de um livro-jogo, muito comum em RPGs, onde todas as ações são escolhas narrativas entre o protagonista e a situação ou personagens secundários.


O cerne aqui é a narrativa mas ainda assim há batalhas e perigos, porém diferente de ver a ação acontecendo apenas somos informados com a descrição da ação e seu desenrolar. Você tem em tela diversos elementos de RPG, como equipamento, tempo, vitalidade, nutrição e armadura e as resoluções irão alterar isso.
Além disso há um arquivo onde podemos ver o desenrolar dos últimos diálogos nos ajudando a relembrar fatos recentes e um “Journal” com termos e registros importantes sobre esse mundo.


Design e Trilha Sonora
Podemos colocar Roadwarden dentro da sala dos minimalistas como um dos mais simplistas e monocromáticos jogos que já vi. Esse jogo não é apenas texto, como um próprio livro-jogo, ele traz uma interface amigável com um cenário do local onde a historia está acontecendo naquele momento e elementos visuais sobre o tempo, vida, armadura, tudo em pixelart.
Os textos todos também são em pixelart, mas de um tamanho amigável e bem legível tanto na dock quanto no modo portátil. A narrativa e densa e mesmo com informações visuais a imaginação voa longe durante a leitura enquanto as decisões tomadas nos fazem imaginar quais resoluções teríamos se a opção escolhida fosse outra. Em suma, é simples em seu visual mas foi bem executado, porém, por vezes a quantidade de texto pode cansar e caso não esteja apto a ler muito jogá-lo não será uma escolha.
A trilha sonora é tranquila quando necessária, combinando bem com os cenários de cidade, mas que alterna e adiciona muita tensão quando entra em batalha sempre aumentando a imersão durante as leituras e as ações que se sucedem.
Detalhes Técnicos
Roadwarden ganha na narrativa mas peca muito na falta de localização (ao público brasileiro é claro), é simples e fácil de jogar além de muito imersivo. Pesa menos de 1gb e no momento de escrita dessa matéria o jogo está saindo pro R$ 52,00 reais, porém seu preço cheio é de R$ 65,00 reais na eshop brasileira.

It’s exactly like interacting with an RPG gamebook, only more practical and with a bit more visual appeal. Interesting and good, Roadwarden delivers an adventure with multiple endings, but it will scare those more accustomed to classic video game RPGs, and its lack of localization may put some off.
[Nota do Editor: O jogo Roadwarden foi analisado a partir de um Nintendo Switch 2 cuja chave foi gentilmente cedida pela Deck13 Spotlight]
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