Em uma recente votação do Brafta Game, Lara Croft foi eleita a mais a personagem mais icônica do mundo dos games, causando extrema polêmica pela eleição deixar de fora do topo nomes como Sonic, Mario entre outros. Independente do resultado, Lara é sim, juntamente com a franquia Tomb Raider, tem sua importância no mundo dos games, se estabelecendo como uma marca já consolidada, repletos de fãs ao redor do mundo, com filmes já lançados, alto número de jogos vendidos e com sucesso de crítica. E na base de toda essa fama construida que a Aspyr desenvolveu e publicou um grandioso presente aos fãs com Tomb Raider I – II Remastered, trazendo os clássicos dos anos 90 com visuais repaginados e polidos. Mas será que deu certo? Vamos então conferir.
É difícil fazer essa analise sem se desmembrar da nostalgia. No coração de muitos, a trilogia fez parte inclusive do início de vida-gamer de muitos (pelo menos o daqui que vos escreve) e ao lançar essa review, o que muito se espera das pessoas que buscam sobre a analise, é saber se de fato ‘presta” a versão remasterizada, muito mais do que os jogos são bons ou não. Confesso que analisar dessa maneira é um tanto quanto artificial, mas é também preciso entender tudo que foi dito acima: não são jogos novos e são de conhecimento de muitas pessoas. Então para não ficar um tema chato, vamos primeiramente falar dos 3 jogos dando uma visão mais genérica até finalizar a análise falando se a versão remasterizada esta de bom agrado. Fechou assim?! Então vamos nessa.
A versão desenvolvida pela Aspyr traz os 3 primeiros titulos da franquia: Tomb Raider I + DLC Negócios Inacabados Tomb Raider II + DLC Máscara Dourada Tomb Raider III + DLC O Artefato Perdido.
Confira uma visão rápida de cada jogo:
Desenvolvido originalmente pela Core Design e distribuído pela Eidos Interactive, o game foi lançado em 1996 e o primeiro de toda franquia, causando um estardalhaço no público, trazendo uma heroína bem ao estilo Indiana Jones, em busca do artefato Scion, enquanto luta contra inimigos, explora salas com diversos puzzles. Para a busca do item perdido, Lara tem que ir atrás de três peças para poder reuni-lo, espalhados por vários continentes.
Lançado em 1997, mais precisamente 8 meses após o 1º, o game é sequência direta e utiliza toda a base do primeiro jogo, mas dessa vez trazendo uma aventura inédita em que Lara Croft busca a Adaga de Xian, iniciando a busca pela China e desembarcando na Itália. O game explora o que deu certo no primeiro jogo dando upgrade necessário e tornando-o ainda mais desafiador que o primeiro, trazendo mais orda de inimigos e puzzles ainda mais difíceis de se resolver. O legal desse jogo é justamente o sentimento de expansão, não é algo do mesmo ainda que se utiliza muitas mecânicas do seu antecessor, mas ele consegue ter sua identidade própria e marcar mais uma vez.
O melhor da trilogia, opinião de quem vos escreve. É o que poderia melhorar nós outros 2, obedecendo as limitações da epóca e conseguindo trazer para nós um épico game. Nessa aventura, Lara parte em busca de um meteorito que caiu na terra e foi dividido em 4 pedaços e busca pelos objetos perdidos se torna ainda mais critica quando eles tem o poder de acelerar a evolução das espécies caindo no colo da heroína a missão de resgata-lo. Devido a melhor tecnologia na epóca, o game foi capaz de ser desenvolvido com uma melhora gráfica em relação aos seus antecessores e esta mais ligado ao primeiro, na questão de jogo base, do que o segundo, que já tem uma ação mais frenética.
A versão remasterizada
Feito um panorama geral sobre os 3 jogos, vamos analisar então a versão que chegou ao Nintendo Switch. É claro que ter a oportunidade de revisitar jogos com uma nova roupagem trás sempre uma curiosidade a mais e ainda com uma expectativa maior quando se trata de um dos maiores clássicos do mundo dos games. Falando primeiro no aspecto visual, que talvez seja o que mais irá chamar atenção de quem busca ler essa review, o game esta sim bonito, com um visual repaginado e polido, ainda que as melhorias gráficas não sejam assim revolucionárias.
O game esta sim bonito e traz uma interessante opção para os saudosistas, que caso desejem jogar com os gráficos do passado, ponto muito positivo dessa adaptação já que respeita o passado e aqueles que desejam revisita-lo. Mas é preciso fazer um observação sobre: em pleno 2024, com cada vez mais cobranças em cima para melhorias gráficas (atingindo a pontos de discussão que parecem que só isso importa) o game pode vir a desagradar a alguns, pois mesmo com melhoria gráfica, não segue os padrões de beleza da atualidade.
Mas é preciso que o(a) leitor(a) entenda que também não da para fazer uma mudança brusca no jogo porque perde a essência e até mesmo o sentido dessa remasterização. Os objetos não estão mais pontiagudos e a textura testa melhor trabalhada e isso é algo a ser elogiado.A critica aqui é que o que não foi bem adaptado, foi tentar localizar determinados objetos nos gráficos modernos. Era preciso por diversas vezes, voltar para os gráficos antigos para encontrar certas passagens nas paredes por exemplo e isso chegou a incomoda em diversos momentos.
Algo que faltou também, foi resolver antigos problemas, como o posicionamento da câmera principalmente durante os combates assim como a jogabilidade em controles atuais tornou a experiência um pouco estranha, havendo a necessidade de adaptar, mas nada também que vá causar uma desistência,
Mas apesar disso tudo, o jogo que ta ali, na sua frente, continua com a mesma essência dos da década de 90. Vale sim a aquisição, ainda mais pelo preço de R$ 145,53. O jogo tem bastante conteúdo e vale conhecer a trilogia que trouxe proporções enormes a franquia. Compre e conheça, o que talvez não seja a personagem mais icónicas da história dos games, mas certamente, uma das mais marcantes.
[Nota do Editor: Tomb Raider I-III Remastered foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Sandbox Strategies para avaliação.]
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