Trails in the Sky 1st Chapter é o primeiro jogo nativo da Serie Trails no Nintendo Switch 2. O jogo é um remake de The Legends of Heroes VI: Trails in the Sky, que foi lançado em 2004. A serie já conta com pouco mais de 13 jogos e para iniciar nossa conversa podemos responder a pergunta: Trails in the Sky, esta valendo tudo isso no Switch 2? Vamos discutir.
A historia aqui, gira em torno de duas crianças Estelle e Joshua, que partem uma jornada para serem os melhores Bracers, surge sim motivações secundarias, mas isso é o ritmo da historia do jogo. Os dois são filhos, na verdade filha (Estelle) e filho adotivo (Joshua) de um lendário herói chamado Cassius Bright. No inicio do jogo temos a introdução de Joshua e a adoção dele.
Ao longo do jogo nos é apresentado um elenco de personagens, que o jogo não pecou em deixa-los brilhar na medida em que eram necessários. Não restou perguntas, ou desejos maus de: ah! esse personagem esta aqui demais, ou quase não se desenvolveu. Todos se integraram a historia principal e aos irmãos Bright, dando espaço, atrapalhando, interagindo, fazendo você gostar do universo e da química da historia principal.

Para o Nintendo Switch 2, esta versão promete resolução 4K a 30 quadros por segundo, ou 1080p a 60 quadros por segundo. Mas curiosamente não é possível verificar isso nas configurações do sistema do jogo. Mas digo que rodou muito bem e com qualidade equiparada a de um PC, comparando algumas imagens das paisagens com a mesma parte do PC.
Contudo não vamos nos alegrar, fielmente digo que estava com gráficos a 1080p, não consegui fazer ele subir mais que isso. Entretanto ainda é o jogo da Serie Trails mais bonito no console da Nintendo. A imagem é nítida, e os campos gramados que povoam a paisagem por onde você corre são mais densos com folhagem.
O Game se garante em oferecer bastante atividade entre as missões principais; as missões secundarias aparecem no mapa por meio de marcadores verdes e azuis, conforme você progride. Geralmente as missões secundarias são simples, como encontrar objetos ou eliminar monstros. Entretanto as vezes a missões como essas que interagem com as principais missões e funcionam como um bônus ao seu personagem. E você pode sempre pegar missões no quadro de missões da guilda e sempre, o que achei um pouco chatinho, que a cada vez que termina uma missão você deve reportar a moça da guilda.
O jogo também recompensa você por ser cuidadoso ao retornar e conversar com NPCs. Após cada evento importante do jogo, NPCs ao redor do jogo parecem receber novos diálogos que refletem o estado atualizado do mundo. E o modo como os personagens de elenco se conecta indo além do escopo da historia, personagens como Kloe e Zin que interagem muito durante a masmorra.
COMBATE
Há dois tipos de combate em Trails in the Sky. Um rápido de ação, e um tático em turnos. O modo rápido foi feito para você passar por inimigos mais fracos de forma mais rápida, sem ter que trabalhar muito com eles, só chegar e golpear. O combate tático, ou o combate por turnos mais tradicional, é normalmente reservado para inimigos médios e chefões poderosos. Você tem uma linha do tempo que mostra quem entra em batalha em seguida e a possibilidade de manipulá-la com habilidades.

Há afinidades elementais, efeitos de status, buffs, debuffs. O que torna isso interessante, no entanto, é como o ritmo do combate afeta a manipulação da linha do tempo. Vamos contextualizar: Se um personagem usa um golpe, que no jogo é chamado de Arte; e ele gera muito atordoamento, ele acerta, mas não atordoa o monstro, que está prestes a lançar um ataque muito forte.
Contanto esse ataque gerou pontos de Artes o suficiente para usar uma Arte grau S no menu rápido, imediatamente eleva meu personagem para o topo da fila dos turnos, fazendo meu ataque ocorrer antes do ataque mortal do monstro, e se assim zerando a barra de atordoamento e cancelando o ataque dele. Depois disso ele fica imóvel e é só atacar para zerar seu HP.
Não basta acumular medidores e despejá-los nos chefes (embora ajude), mas, em vez disso, você realmente precisa se envolver com a linha do tempo e os efeitos que podem reorganizá-la a seu favor. Isso sem falar do sistema de bônus, que atribui bônus aleatoriamente à linha do tempo (tanto para o seu grupo quanto para os inimigos).
Existem habilidades que “roubam” bônus explicitamente e os adicionam ao próximo turno do personagem, então ficar de olho nessa linha do tempo e roubar quando possível permite que você acumule um poder insano. Outro fator a ter em mente é o posicionamento de aliados e inimigos no campo de batalha. Alguns ataques têm bônus de flanqueamento se você se aproximar de uma determinada direção, e muitas de suas habilidades terão como alvo uma área de efeito específica.
Outro fator no jogo é o sistema de Orbments, ja conhecido pelos fãs da Serie. Você tem três locais para alocar Quartz e cada um concede atributos bônus, efeitos e magias. O legal é que quanto mais Orbments de um elemento especifico você colocar mais magias de nível mais forte irá aparecer.
Os slots limitados forçam você a realmente pensar sobre o que precisa em cada personagem, minha Estelle basicamente virou uma tank com cura. Além de comprar Quartzo ou encontrá-los no mundo, você também pode aprimorar Quartzo mais antigo fundindo-o com um material raro. Isso permite reciclar orbmentos mais fracos, eliminando a necessidade de gastar Sepith – moeda para refinar os Quartz.

ARTE
A música e a dublagem do jogo são de primeira qualidade. As vozes de Estelle e Joshua são adolescentes e soam apropriados. A música, versões remixadas das faixas originais de Trails FC original , soaram fantásticas, embora que queria houvesse um pouco mais de variedade. No final do jogo, explorar a ultima região e ouvir a mesma música de campo do início do jogo foi um pouco chato. Mas isso foi compensado por algumas das faixas de masmorras serem extremamente emocionantes e energéticas. A direção de arte e cutscenes do jogo são de tirar o folego, em diversos momentos queria ter uma câmera lenta para apreciar aqueles momentos,
ENTÃO…
Podemos concluir que o jogo foi extremamente bem cuidado e produzido. ele se torna uma ótima opção de entrada para o mundo dos JRPGs, contudo devo dizer que é decepcionante não esta na nossa língua portuguesa. O modo como cada coisa se mexia e mudava de lugar ao redor da historia, e o carisma dos personagens é uma ideia que não de passar despercebido. E muitos remakes passam do ponto onde querem acertar, mas este conseguiu seguir sua meta.
[Nota do Editor: Trails in the Sky 1st Chapter foi analisado no Nintendo Switch 2. Uma chave do jogo foi gentilmente cedida pela Gunho Media, em nome da Falcom para avaliação.]
This is a must-play game if you want to get into the world of RPGs without having to deal with a mega-complex turn-based game. This one gives you a little bit of everything and puts you at the center of a grand adventure. Everything flows extremely well. Falcom has managed to deliver a quality remake for both nostalgic veterans and newcomers.
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