Unto the End, da publisher BIG Sugar e da desenvolvedora 2 Ton Studios, é um jogo desafiador de aventura em combate que traz uma belíssima arte totalmente feita à mão. O jogo consegue trazer simplicidade e complexidade na mesma ambientação, traz uma gameplay simples, uma arte minimalista de tirar o fôlego, ambientação sonora que te puxa pra dentro da história, nada de diálogos, poucos comandos e quase nenhum tutorial, mas demanda habilidade, pensamento estratégico e muita insistência e resistência à frustração. A aventura de Unto de End é uma experiência única que, mesmo com alguns obstáculos, vale a jornada.
Até o Fim
Bem recebido pela crítica, Unto de End te coloca na pele de um caçador em uma europa nórdica lutando contra monstros e inimigos em busca de se reencontrar com sua esposa. O jogo logo no início já te avisa que ele é diferente e por mais que seja um side-scroller de aventura, em que você anda em busca do destino final lutando contra inimigos, os caminhos e a jornada é realmente diferente.
O jogo é ativo e vivo, não só pelas paisagens e personagens desenhados a mão, mas as ações e reações tem implicações reais. Se você deixa sua espada para trás será difícil avançar sem ela, se você foi atingido em combate e não tratar seu sangramento logo irá morrer (e perder um checkpoint, já que assim que você começa a sangrar o jogo de avisa que não mais salvará automaticamente até você estar totalmente curado).
E nisso a gente percebe que o combate é o foco principal de Unto the End. Pelas implicações dele e pelo quão necessário se torna ter uma ótima habilidade de combate pelo jogo. Com sangramento que pode te matar, a não existência de uma barra ou qualquer indicador de vida e inimigos habilidosos que podem te desarmar e desferir golpes violentos caso você não bloqueie, é extremamente necessário você pensar agilmente e sempre saber como agir em combate.
Nesse quesito o jogo pode frustrar um pouco quem se aventura nessas terras geladas. É necessário sim habilidades em combates e você precisa pensar rápido e estrategicamente. Por vezes estará rodeado por três inimigos e deve saber como agir para desviar, atacar e sobreviver.
Combater ou Fugir?
O incrível combate sanguinário, a aventura hostil de tirar o fôlego são os grandes trunfos de Unto de End, que mesmo sendo impiedoso com o jogador, não é um ponto fraco. A jogabilidade é exigente, mas justa, e coloca a habilidade do jogador no coração da experiência. A injustiça aparece apenas nos salvamentos automáticos que são poucos e sofrem quando você está sangrando.
Outro detalhe também afeta a jogabilidade. A sua jornada em busca da sua família começa após você cair em uma caverna quando estava caçando seu próximo alimento, e nessa caverna há momentos bastante difíceis de de enxergar o caminho, mesmo com a tocha na mão. Claro que isso implica com a vivacidade e realismo do combate que o jogo busca, mas chega a se bastante e por muito tempo. No portátil você praticamente fica somente se enxergando na espelho da tela preta tentando entender onde seu personagem está.
Habilidade vs Dificuldade
Se você é um jogador hábil, que tem destreza nos botões e rapidez no pensamento e ama um combate tático estratégico, Unto the End traz isso num prato recheado de uma arte minimalista bela que deve se jogada (principalmente a primeira parte) em um lugar nao muito iluminado para o brilho não atrapalhar.
Unto the End é, como ele mesmo te avisa, uma experiência diferente de demanda do jogador, mas traz embalado em uma bela arte, história e jogabilidade mesmo que um preço um pouco salgado pelo tamanho da aventura. E tem uma ambientação sonora extremamente bem trabalhada (preste atenção na respiração do seu personagem, é incrível).
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[Nota do Editor: Unto the End foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela FD Comunicação para avaliação.]
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