Zelda Majora’s Mask – Exótico, misterioso e sombrio…
Após a aventura que foi o sucesso absoluto que os jogadores viveram em Zelda Ocarina of Time lançado em 1998 para o Nintendo 64 os jogadores puderam viver uma experiência parecida e ao mesmo tempo estranhamente diferente em Zelda Majora’s Mask (2000).
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Na épica aventura anterior que foi um marco no mundo dos games os jogadores que já haviam desbravado Hyrule e visto Link crescer e ficar mais poderoso com vários itens que encontra na aventura até banir o mal que assolava aquele mundo com a lendária Master Sword, depois se viram em meio a um mundo exótico, misterioso e sombrio. Link novamente era uma criança desprotegida em meio a uma misteriosa floresta e que logo no início perde sua égua Epona que é roubada por uma misteriosa criatura mascarada, enquanto se vê transformado em um Deku Scrub, sem saber exatamente o que está acontecendo com ele nosso héroi tem que explorar esse mundo hostil em busca de respostas e de sua companheira. O misterioso mascarado é Skull Kid ele será o responsável por todo o caos que acontecerá no jogo e mais pra frente o jogador vai descobrir sua origem e motivações, além de entender o grande poder que há por trás de sua amedrontadora máscara.
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Uma coisa que sempre me impactou é um detalhe sutil na gameplay que para muitos pode ter passado desapercebido, logo no início quando entra na cidade, Link o lendário Herói do Tempo que baniu o mal com a Master Sword, agora transformado em Deku Scrub pode ser derrotado por um pequeno cachorro da cidade. Isso mostra a fragilidade de nosso héroi causando um grande choque de realidade fazendo aquele mundo parecer muito mais hostil. As máscaras, como o nome do jogo já indica, são um elemento fundamental no desenrolar da trama, pois conferem poderes e transformações especiais a Link, são 24 máscaras no total e as conseguimos fazendo quests específicas. Esse sistema de máscaras faz a jogabilidade ser a mais variada entre todos os jogos da série até hoje.
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Familiarmente estranho…
Em Majora’s Mask para quem jogou Ocarina of Time antes, tudo parece familiar e estranho ao mesmo tempo, é uma sensação difícil de explicar, Link está ali, mas nosso herói do tempo parece desolado e frágil, o mundo do jogo tem muitas coisas parecidas com o anterior inclusive os NPCs, porém, tudo ali é muito exótico, começando pela imponente Torre do Relógio no centro de Termina Town. Essa cidade abriga muitos personagens cada um com personalidade e problemas únicos e Link pode interagir com suas histórias e ajudá-los, aí está uma das coisas mais incríveis em Majora’s, o jogo é baseado em ciclos de três dias, a passagem de tempo é um constante desafio, Link está sempre correndo contra o tempo. Ao viver esse ciclo várias vezes Link aprende mais sobre as personagens e pode realizar quests na história de cada uma delas, algumas quests são secundárias, outras são essenciais, mas todas tem uma história muito interessante a contar, os personagens e seus conflitos são riquíssimos.
Em Clock Tower Link fica sabendo que a Lua está prestes em cair na terra e destruir o mundo e assim se estabelece a dinâmica dos três dias pois ao final do terceiro dia tudo termina. Por falar em término a região onde o jogo se passa, talvez não por acaso se chame “Termina”. Além dos muros da cidade há várias áreas em Termina onde habitam diferentes raças, tribos Deku, Goron e Zora. O mundo é vasto para a época do jogo, cada região com uma paisagem e clima diferenciados e Link vai estabelecer amizade e ajudar esses povos em seus problemas, problemas esses que em geral estão ligados a perda de um membro daquela tribo que se foi e deixou um vazio ou pendência a ser resolvida. Esse é outro aspecto muito marcante na história de Majora’s, o luto pela perda de alguém querido.
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Dungeons
O game conta com dungeons incríveis e muito desafiadoras, com chefes poderosos e bem diferentes entre si e que são guardiões de importantes máscaras. São quatro dungeons principais, cinco secundárias e uma especial. Por falar em desafio, a Stone Tower Temple certamente é um dos maiores, se não o maior desafio de toda a franquia The legend of Zelda. Só quem passou por ele conhece sua complexidade.
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Considerações finais
Zelda Majora’s Mask é sobre sentimentos e relacionamentos, sobre perda e luto, sobre conflitos e amizade, sobre indiferença e altruísmo. Enfim, uma das obras mais geniais e profundas já produzidas pela Nintendo!
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