Meu amigo nintendista que ainda não tem o console da Nintendo mais vendido da história, responda com sinceridade: Você já cansou de assistir as “gameplays” de Breath of the Wild, Mario Maker 1 e 2, Animal Crossing, Mario World 3D e outros? Não? Nem eu. Cada vídeo desses e outros jogos do Switch apenas alimentam minha esperança e ansiedade por ter um dia a chance de jogar todos eles e os que ainda virão. Mas a questão aqui não é a nossa inegável paixão pelas franquias da Big N ou a inexplicável necessidade que nós temos de ter esse console híbrido de extremo sucesso. A questão é muito mais complexa.
Pelos fatores econômicos, sociais e agora a pandêmicos possuir um Switch em casa conectado a sua TV com jogos custando em média 250 reais não é uma tarefa muito fácil. O preço turbinado por impostos irreais nesse país mais que injusto desanimam até o nintendista mais fanático e desprovido de recursos financeiros em adquirir o console. Não faço aqui uma análise técnica ou baseada nas nossas questões financeiras, pois sei que muitos dirão ser possível comprar qualquer coisa fazendo pequenos sacrifícios.
A minha questão é um pouco mais simplória perto dessas, mas ainda assim de extrema importância. A forma como somos tão apaixonados por uma marca a ponto de sofrermos uma crise de abstinência / necessidade / sofrência ou chame do que quiser a ponto de um vídeo no Youtube suprir de forma momentânea esses sentimentos. Reviver velhos clássicos nos consoles antigos como aquele clone de NES, o SNES guerreiro, N64, Gamecube, Wii, Wii U ou algum emulador no PC tem apenas um efeito placebo, pois a nossa alma nintendista gamer quer dois joycons para brandir a Master Sword em BotW o mais rápido possível.
A fagulha de esperança nos nossos corações de que um dia teremos um Switch ( seja qual for a versão) é a maior prova que sim, o sonho é possível. Temos apenas que manter a fé e ter paciência, continuar segurando nosso ódio/inveja/admiração pelos youtubers ( sim, Coelho você mesmo rsrs) que conseguem jogar os lançamentos da Nintendo naquele Switch lindo nas estantes cheias de bonecos e colecionáveis ainda mais lindos. Será que eles sabem que os gamers meros mortais assistem aqueles gameplays sonhando um dia ser como eles? Que eles ao mesmo tempo alimentam e aplacam a nossa ansiedade? Da sorte que eles têm por terem o que muitos de nós não tem?
Não é uma crítica, apenas questões que muitos têm e que gostariam de perguntar.
Não sei se consegui explicar essa “Piracema” de sentimentos agitando meu coração nintendista. Espero não ser o único a manter a fagulha acesa ansioso por ainda viver muitas aventuras nos mundos que amo desde a infância e 30 anos de amor pela Nintendo.
Até semana que vem.
Um mega abraço.
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