Glyph, da desenvolvedora e publisher Bolverk Games, parece a primeira vista um simples jogo de puzzle e, resumidamente, ele até é simples, mas não se engane, a gameplay e a dificuldade estão longe de serem simples, vão exigir muita dedicação, performance e precisão. É um quebra-cabeça recheado de conteúdo que vai durar horas de jogatina na mão (ou TV) de fãs do gênero.
O mundo de Glyph
Apesar de parecer simples e, basicamente, ser simples; Glpyh tem uma lore interessante que situa você no porque aqueles puzzles existem no seu mundo. Você é de uma raça de besouros (ou insetos em geral) mecânicos que uma vez tiveram uma civilização tenológica e próspera, mas que hoje se resume a ruínas, muita areia e alguns sobreviventes. Resta a você desvendar o mistério da derrocada de sua civilização enquanto foge do solo agora corrupto de seu mundo.
E é por conta desse solo corrupto e que te destrói no primeiro toque que você precisa usar de física e plataformas precisas para coletar moedas, gemas e artefatos para desbloquear novos caminhos, reconstruir parte de sua civilização e entender sua história. E bota história nisso, pois o jogo tem mais de 80 níveis de exploração e mais outros 30 níveis de tempo. Comparado com outros quebra-cabeças indies já analisados aqui no portal, é sem dúvida o que mais vai te dar tempo de gameplay, ainda mais contando a precisão milimétrica para se conseguir alguns segredos de cada fase.
O chão não é lava
E nesta exploração para descobrir os mistérios de seu planeta, sua missão é não encontrar no solo, como um grande jogo de “o chão é lava”, você deve evitar as areias (ou neve) do seu mundo para não morrer, pulando entre as ruínas do que um dia foi a sua civilização. E o jogo te apresenta muitos níveis incríveis e difíceis, tanto que até te apresenta a dificuldade de um portal desbloqueado antes de você entrar. E o caminho para o desbloqueio das novas fases é você quem escolhe, podendo liberar diversos outros estágios com moedas e gemas e escolher em qual se aventurar.
Mesmo apresentando muitas fases diferentes e difíceis, por vezes o jogo pode apresentar uma sensação de “mais do mesmo”, muito auxiliada pela constante paisagem desértica. A dica aqui fica para alternar fases desérticas com outros estilos, como neve, ou noite, para você não cansar da mesma visão, afinal a trilha sonora já vai ter te ajudado muito no quesito “cansaço” e sensação de “mais do mesmo”.
O fim de um mundo
Glyph traz muito conteúdo em um jogo de quebra-cabeça preciso e cheio de mistérios. Requer dedicação, atenção e quem curte o gênero vai adorar toda a mecânica apresentada, os níveis de dificuldade, e principalmente os segredos em forma de customização que você pode achar em cada fase (e são desafios bastante desafiadores mesmo para achar tais itens secretos). A movimentação é simples de aprender e difícil de dominar e a construção do mundo traz uma bagagem de história muito interessante com uma parte gráfica e sonora que as vezes cansa pela repetição.
Glyph é divertido, interessante e desafiador e se você conseguir não se cansar com algumas paisagens que parecem repetitivas, com a trilha básica e se dedicar a dominar a física e precisão do jogo, é um puzzle que você nao vai se arrepender de gastar seus R$99,99.
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[Nota do Editor: Glyph foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela PressEngine.]
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