Dandara - Uma história de liberdade

Dandara – Uma história de liberdade

Se existe um estilo de jogo que tem me surpreendido ao longo dos anos são os chamados “Metroidvania”. Digo isso pois, apesar de serem uma variação do estilo plataforma (o que já me faz amar o estilo), a cada novo jogo que se propõe a adotar essa tipo de jogabilidade sempre algo novo é implementado, fazendo com que a experiência da jogabilidade seja, na maioria das vezes, cativante e inovadora. E é justamente nesse processo inovador que vemos a figura do jogo nacional Dandara surgir.

Dandara - Uma história de liberdade

História

Dandara se passa num universo distópico a beira da destruição, estamos falando do mundo chamado Salt (ou Sal), uma realidade que mistura conflitos entre o chamado Exército Eldarian e um grupo de resistência. A realidade de Sal apresenta tons de conflito constante pois o povo que já foi um povo livre, agora vive a repressão desse exército ditatorial. É nesse contexto que surge nossa Heroína Dandara, como um raio de esperança para o povo. Inspirada na companheira de Zumbi dos Palmares, Dandara carrega a missão de trazer ordem para Sal, acabando com os conflitos existentes para que possa existir paz novamente. O enredo do jogo é bastante rico, trazendo uma protagonista forte e com um processo de amadurecimento notável. Além disso várias são as referências à nossa cultura brasileira presente no desenrolar do jogo que traz desde citações de lugares a personagens inspirados em figuras emblemáticas de nossa história.

Dandara - Uma história de liberdade

Como assim eu não posso andar?

Quando comento sobre Dandara com amigos sempre levam o mesmo susto: “Como assim você não anda no jogo?”. Sim, é isso mesmo. A grande novidade em Dandara é que a protagonista simplesmente não pode andar, sua movimentação fica a cargo de um sistema de gravidade alternada onde você salta de plataforma em plataforma. O processo é simples (e até mesmo prazerosos as vezes), onde o jogador simplesmente aponta o direcional para a plataforma que quer se movimentar e com um botão Dandara salta de um lugar para o outro. No início tudo é meio estranho, mas logo você se acostuma e a mecânica passa a ser usada de forma instintiva e extremamente rápida.

Dandara - Uma história de liberdade

Entretanto, preciso dizer, nem tudo são flores. Devido a essa alteração de gravidade, por vezes as telas são invertidas o que causa um certo tempo até se acostumar a ler o mapa do jogo e qual saída você está tomando. Fora que, em alguns momentos, a ação se torna tão frenética que alguns podem se perder em batalhas. Em outros termos, pode ser um pouco difícil controlar a personagem em alguns momentos. Mas posso dizer sem medo: se você consegue controlar ela e travar as lutas você acaba percebendo o quão frenético é o sistema e quão gratificante é sair vitorioso de uma batalha.

Dandara - Uma história de liberdade

Arte, em todo lugar!

Sou muito suspeito para falar de design de jogos que adotam Pixelart como estilo pois sou muito fã, porém não dá pra negar que os desenvolvedores da Long Hat House (do meu país Minas Gerais!) capricharam em tudo. Desde os Backgrounds até o level design tudo é feito com muito carinho e dedicação, dando a impressão de que as telas são quadros prontos para serem emoldurados. Em resumo é um Pixelart de respeito, do mais alto nível.

Além disso vale um destaque a trilha sonora bastante imersiva e cativante, o que faz a experiência do jogo ser ainda mais prazerosa.

Uma aventura cativante!

Com elementos de nossa cultura além de um trabalho impecável de inovação e level design, Dandara é sem dúvida um dos grandes títulos da indústria nacional de Games. O titulo traz uma aventura impactante com elementos desafiadores que faz com que a experiência seja gratificante para o jogador.

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[Nota do Editor: Dandara foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Raw Fury para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

Eu sou o Padre Edson, o padre que é fã de joguinhos eletrônicos! Siga-me no twitter, @edson_ribeiro