O clássico está de volta ou melhor, faz sua estreia. Lançado originalmente para PlayStation 2 em 2002, Onimusha 2: Samurai’s Destiny ganhou uma belíssima repaginada da Capcom para os consoles atuais. Apesar de ainda carregar aquela atmosfera típica dos jogos da era PS2, agora temos a chance de revisitar ( ou descobrir)a jornada de Jubei Yagyu, protagonista que não aparece no primeiro título da série.
A trama se passa 13 anos após os eventos do jogo original, mas aqui vai uma boa notícia: Onimusha 2 pode ser jogado tranquilamente mesmo por quem nunca teve contato com o primeiro. A história é totalmente independente, permitindo que novos jogadores mergulhem de cabeça na ação sem se sentirem perdidos.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esse clássico reimaginado e entender como ele foi adaptado ao Nintendo Switch.

A jornada de Jubei
Na pele de Jubei Yagyu, um samurai do lendário clã Yagyu, o jogador embarca em uma jornada de vingança contra o temido Nobunaga Oda, um senhor da guerra ressuscitado que retorna liderando um exército de demônios Genma. Após ter sua vila destruída e seu povo massacrado, Jubei parte em busca dos cinco orbes místicos Oni, artefatos lendários capazes de proteger a humanidade da ameaça demoníaca.
Durante sua jornada pelo Japão feudal, Jubei enfrentará inúmeros monstros hostis e encontrará personagens intrigantes, cada um com seus próprios objetivos e segredos. Entre alianças e confrontos, o caminho até Nobunaga se revela tão perigoso quanto fascinante e cabe ao jogador decidir como trilhar essa história repleta de ação, mistério e redenção.

Visual retrô com retoques modernos
Vamos direto ao ponto que mais chama atenção em um trabalho de remasterização: o visual. Como citado acima, o jogo ainda tem aquele ar de título nascido no PlayStation 2 — o que, longe de ser um defeito, se transforma em um charme nostálgico.
Visualmente, o jogo recebeu uma boa atualização: modelos de personagens mais definidos, cenários retrabalhados, mas ainda fiéis ao estilo pré-renderizado da época. A Capcom fez um trabalho cuidadoso, preservando a essência do original, mas oferecendo melhorias sutis que tornam a experiência mais agradável nas telas atuais.
No Nintendo Switch, o desempenho é sólido. O jogo roda de forma estável tanto no modo portátil quanto no dock, com tempos de carregamento curtos e controles bem adaptados. A possibilidade de jogar em qualquer lugar combina perfeitamente com a proposta do título, que entrega sessões rápidas de ação e exploração.

No geral, o trabalho de remasterização é visível e digno de elogios. Não há aquela estranheza comum de gráficos “envelhecidos”; mesmo com o sentimento nostálgico, o título foge do visual retrô e se sustenta como uma experiência moderna com alma clássica.
A taxa de quadros também foi levemente aprimorada, o que se torna evidente durante batalhas mais agitadas, envolvendo desde samurais demoníacos até crocodilos grotescos.

Jogabilidade que respeita o passado
Fãs dos clássicos Resident Evil, principalmente os primeiros, vão se sentir em casa. A câmera fixa, os comandos de ataque, as transições de tela e até o ritmo lembram muito a famosa franquia da Capcom. Vale lembrar: não se trata de uma homenagem direta, mas de um estilo que naturalmente remete a essa era, já que os dois jogos compartilham a mesma desenvolvedora. E aqui, a Capcom acerta ao manter esse DNA intacto. (assim, de certa forma, como veremos adiante)
A jogabilidade é um dos pontos altos. Apesar das limitações técnicas da época original, o estúdio conseguiu preservar o charme nostálgico sem cair no tédio. Tudo é bem ajustado (ou quase tudo). A câmera estática, em certos momentos, mais atrapalha do que ajuda. Há combates em que o inimigo está presente na tela, mas fora do ângulo visível, fazendo com que o jogador tenha que desviar de algo que não consegue ver. Isso gera uma frustração desnecessária em pontos específicos do jogo.

Ainda assim, o sistema de combate é divertido. O estilo hack and slash funciona bem, combinando ação com puzzles leves. Jubei pode empunhar diversas armas únicas ao longo da jornada começando com uma espada básica e evoluindo para lanças, martelos e outras ferramentas de destruição. O jogador pode travar a mira nos inimigos, esquivar, atacar com precisão e até usar ações estratégicas como chutes para empurrar oponentes, seguidos de estocadas devastadoras.
Seja você um fã de longa data ou alguém que está conhecendo Onimusha agora, Samurai’s Destiny entrega uma experiência sólida, nostálgica e respeitosa com seu legado. No Nintendo Switch, essa aventura ganha nova vida e é, sem dúvida, uma excelente forma de manter acesa a chama dos grandes clássicos da Capcom.

Conclusão
Onimusha 2: Samurai’s Destiny é uma verdadeira cápsula do tempo, daquelas que, quando abertas, surpreendem pela forma como ainda conseguem entreter, emocionar e envolver. A Capcom acertou ao trazer esse clássico de volta com o respeito e cuidado que ele merece, proporcionando aos jogadores atuais uma oportunidade de conhecer uma das franquias mais marcantes do início dos anos 2000.
Apesar de alguns deslizes visuais e da câmera que pode incomodar em certos momentos, o conjunto da obra se mantém sólido. A ambientação feudal sombria, os combates intensos e a presença marcante de figuras históricas misturadas ao sobrenatural continuam tão cativantes quanto antes.
Para quem viveu a era PlayStation 2, é uma viagem nostálgica com roupagem moderna. Para os novatos, é a chance de descobrir um capítulo importante da história dos jogos de ação da Capcom, agora acessível no Nintendo Switch, com todas as vantagens que o console híbrido pode oferecer.
Seja por curiosidade histórica, pela vibe retrô bem equilibrada ou por simplesmente querer encarar demônios com uma espada na mão, Onimusha 2: Samurai’s Destiny é uma aventura que vale a pena experimentar.
Onimusha 2: Samurai’s Destiny arrives on the Nintendo Switch as a remaster that honors its legacy while delivering a solid experience. While it still carries some of the visual limitations of its time and occasionally stumbles with static camera issues, the game remains fun, stylish, and full of personality.
Capcom has skillfully balanced nostalgia and accessibility, offering a title that still feels relevant—whether you’re revisiting the PS2 era or discovering the franchise for the first time. The dark atmosphere, dynamic combat, and Jubei’s personal journey make this adventure well worth rediscovering.
If you enjoy hack-and-slash games with a strong dose of historical and supernatural ambiance, this reimagined classic has everything it needs to earn your time and perhaps even your samurai heart.
Nota do Editor: Onimusha 2: Samurai’s Destiny foi analisado em um Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Capcom para avaliação.]
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