Button City, da desenvolvedora Subliminal Gaming, é um jogo de aventura sobre uma pequena cidade de animais, que de certa forma nos faz lembrar de Animal Crossing, só que em Button City os personagens tem seus nomes baseados em ervas e temperos. O jogador então assume o personagem Fennel, que é um jovem tímido e inseguro, mas que adora vídeo games.
O jogo começa com uma abertura que abrange todos os clichês de abertura de animes, e para os fãs de Pokémon o começo da história é bem similar, você é um jovem se mudando com sua mãe para uma cidadezinha onde descobrirá novas aventuras só que dessa vez com os Godabots.
No arcade local o jogador descobre então como jogar com Godabots após sua nova turma de amigos fazer uma vaquinha para comprar um Godabot para Fennel. Então com seu novo Godabot e dentro do arcade o jogador vai jogar outro jogo, um MOBA bem simplificado de 4×4, onde sua meta é colher as frutas das árvores e entregá-las no centro, existem obstáculos para chegar no centro além dos inimigos atirando em você. É possível atirar nos inimigos também e carregar a barra de especial para usar em uma batalha contra o time inimigo.
Cada vitória no arcade te recompensa com o dinheiro do jogo para que você possa comprar novos Godabots e acessórios. E apesar de que o gênero MOBA induz o jogador a pensar em um estilo de jogo “interminável”, Button City é movido pela sua história, e diga-se de passagem que o doido que resolveu tentar fechar o arcade não sabia com quem estava mexendo!
Além disso, os personagens tem suas personalidades bem moldadas durante a história do jogo, os amigos de Fennel formam o Fluff Squad, Chive é uma coelha em uma cadeira de rodas, mas que entende de tecnologia como ninguém. Já Lavender é um panda que ama fazer cosplays de robô, e a líder do grupo, Sorrel, é uma gata que ama Yoga e Metal. Entretanto não são os únicos a serem trabalhados no jogo, cada cidadão de Button City tem uma história a oferecer.
E se o jogo até o momento não parece adorável o suficiente para o leitor, espere então para ver o “mapa” em forma de diorama, que dá vontade de ter um de tão adorável que é. Com o simples apertar do botão B o jogador pode navegar pelas camadas do diorama e escolher o local que deseja ir e com o progredir da história mais locais são liberados, até mesmo a casa de seus companheiros de time.
E como a história se passa no arcade, Godabots nao é o único jogo disponível, apesar de meu favorito, o jogador poderá jogar outros jogos no arcade como rEVolution Racer e Prisma Beats, que pode parecer simples, mas eu fui incapaz de acertar uma nota que fosse, e agradeci aos céus por Godabots ser o único jogo do arcade necessário para progredir na história.
E vale pontuar que não só nos arcades terão puzzles e mini-games, mas também durante a história o jogador irá se deparar com outros jogos que serão até mais divertidos do que os do arcade, além das side-quests do jogo que são muito facilitadas pelo diorama.
Visualmente o jogo não poderia ser mais fofo, extremamente colorido e sempre com cores vivas, o que esconde o fato de que não há fonte de luz no jogo, e mesmo assim, o visual é extremamente adorável. Já a trilha sonora é cativante e corresponde com cada momento do jogo.
A jogabilidade é bem simples, mas a movimentação da câmera foi um incômodo, a câmera girar lentamente e ajustar lentamente a cada interação me fazia ficar impaciente com o tempo que as vezes levava uma simples interação. No modo portátil esse ponto se atenua, ao usar o touch do Switch o personagem interagem sem muita demora, o que me fez passar boa parte da jogatina no modo portátil ao invés da dock.
A história também é bem rápida, mas o jogador pode passar tempo nas side-quest e no arcade, tornando esse joguinho indie cheio de referências, opções e extremamente divertido. Sem sombra de dúvidas é um indie que vale a pena conferir!
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[Nota do Editor: Button City foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Stride PR em nome da Subliminal Gaming.]
