Passados 3 meses desde o lançamento oficial do Nintendo Switch 2, parece que quase ninguém lembra mais do dia em que a Genki exibiu durante a CES 2025 um protótipo que alegava ser o novo console da Nintendo, episódio que acabou gerando grandes problemas jurídicos para a empresa. Na ocasião, o próprio CEO da Genki chegou a mostrar a jornalistas réplicas impressas em 3D do Switch 2, além de conceder entrevistas confirmando detalhes que a Nintendo ainda não havia anunciado. A companhia também exibiu um vídeo com um render digital do console, incluindo o logotipo oficial, que posteriormente foi publicado no site da própria fabricante de acessórios.
Não demorou para que a Nintendo entrasse com um processo, alegando que a empresa não apenas “demonstrou e promoveu mockups e renderizações não autorizadas do Switch 2 e seus acessórios”, mas também violou marcas registradas ao usar nomes semelhantes, como a linha de acessórios “Glitch 2”. Após uma breve declaração da Genki, o caso ficou em silêncio por meses, até agora.
Pois bem, chegou ao fim o processo movido pela Nintendo contra a fabricante de acessórios. Por meio de um acordo realizado junto ao Tribunal do Distrito Central da Califórnia (e não em Tóquio, como chegou a ser ventilado em alguns rumores), ficou estabelecido que a Genki deverá pagar uma quantia não revelada em indenizações e seguir uma série de restrições severas em suas atividades.
O que a Genki não poderá mais fazer:
- Usar logos, marcas e nomes da Nintendo, incluindo “Switch 2”, “Joy-Con” e variações semelhantes;
- Utilizar termos como “Genki Direct” ou “Genki Indirect”, que faziam paródia direta aos eventos oficiais da Nintendo;
- Produzir embalagens, descrições ou designs que possam confundir o consumidor sobre a licença oficial dos produtos;
- Adotar os esquemas de cores icônicos dos consoles e acessórios da Big N, como vermelho/branco ou verde/rosa;
- Fazer qualquer uso futuro de propriedade intelectual da Nintendo sem autorização.
Tanto Nintendo quanto Genki abriram mão do direito de recurso, tornando o acordo definitivo. O tribunal ainda deixou claro que qualquer violação das restrições poderá resultar em multas severas e sanções adicionais por desacato. Até o momento, nenhuma das empresas se pronunciou oficialmente sobre o desfecho do caso, mas o resultado por si só já envia um recado claro ao mercado: a Big N não pretende tolerar deslizes quando o assunto é a proteção de suas marcas.
