Dan Houser, cofundador da Rockstar, compara Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom a obras de Hitchcock

Dan Houser, cofundador da Rockstar, compara Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom a obras de Hitchcock

O salto que a franquia The Legend of Zelda deu com os recentes Breath of the Wild e Tears of the Kingdom é inegável para qualquer fã da série. Ainda que o nome da princesa de Hyrule já estivesse associado a jogos esplendorosos como Majora’s Mask, Twilight Princess, The Wind Waker e o também considerado por muitos o melhor jogo de todos os tempos, Ocarina of Time, a verdade é que a franquia vivia um certo período de estagnação antes do lançamento de BOTW.

Com o sucesso colossal do título de 2017, hoje o mais vendido da série, Zelda não apenas se reinventou, mas se consolidou como uma das experiências mais marcantes da história dos videogames.

Recentemente, Dan Houser, cofundador da Rockstar Games, foi mais um dos que se renderam à grandiosidade dos dois títulos e fez uma comparação no mínimo inusitada (e ao mesmo tempo brilhante) para descrevê-los.

Em entrevista ao Lex Fridman Podcast, que soma quase 5 milhões de inscritos no YouTube, Houser afirmou que Breath of the Wild e Tears of the Kingdom são obras que “dominam completamente a linguagem dos videogames”.

(Veja o trecho em 02:09:54 no vídeo abaixo)

Durante a conversa, Dan foi questionado sobre quais seriam, em sua opinião, os melhores jogos de todos os tempos. De prontidão, citou Tetris, destacando como o clássico consegue ser uma experiência única mesmo sem narrativa, baseando-se puramente na força da jogabilidade.

Ao revisitar o impacto dos primeiros jogos em 3D, especialmente os lançamentos do Nintendo 64 —, Houser elogiou como aqueles títulos se tornaram “vivos e críveis de uma maneira diferente”. Ele exaltou ainda a visão “única” da Nintendo no desenvolvimento de jogos, sendo inclusive complementado por Lex Fridman, que afirmou que “para a Big N, cada pixel importa” na busca pela experiência pura de videogame.

Foi nesse contexto que o host comparou Ocarina of Time a uma das primeiras experiências capazes de “fazer o jogador sentir o mundo”, mesmo antes do conceito de mundo aberto se popularizar. E, sendo emendado por Dan, essa sensação foi elevada ao máximo com Breath of the Wild e Tears of the Kingdom:

Os novos Zelda, para mim, quase parecem Hitchcock. Eles simplesmente falam a linguagem dos videogames

Dan enalteceu que os novos Zelda “quase parecem obras de Alfred Hitchcock”, o lendário cineasta responsável por clássicos como Psicose e Os Pássaros. Ele comparou a maneira como tanto os filmes de Hitchcock quanto os jogos da Nintendo conseguem ser profundamente imersivos, cada um dominando a linguagem do seu próprio meio, o cinema e os videogames, sem recorrer ao realismo extremo para alcançar essa imersão.

A conversa seguiu com Dan mencionando outros exemplos marcantes, como os títulos da série The Elder Scrolls, elogiados por sua capacidade de criar mundos vastos, críveis e envolventes.

O êxito de ambos os títulos extrapola as avaliações críticas, com médias de 97para The Legend of Zelda: Breath of the Wild e 96 para The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, e se reflete em números de vendas extraordinários, com BOTW vendendo 33,34 milhões de unidades e TOTK alcançando 22,15 milhões de cópias no mesmo período (dados até Setembro de 2025).

Um grande entusiasta da Nintendo, "fanZeldaboy" e confesso dono de um sofisticadíssimo sotaque nordestino visse?