Dragon Star Varnir é uma aventura mediana que nem Dragões e Bruxaria salvam

Dragon Star Varnir é uma aventura mediana que nem Dragões e Bruxaria salvam

Dragon Star Varnir é um jogo lançado para Playstation 4 e PC já há algum tempo, e desta vez a versão para Switch chega até nós pela Idea Factory. É um jogo da Compile Heart que, desta vez, busca aprofundar mais a relação entre suas personagens femininas. O elenco colorido é complementado por um combate divertido, baseado em uma habilidade de devorar as habilidades dos inimigos, permitindo assim ganhar novas técnicas.

O jogo começa com um caçador de bruxas chamado Zephy, que é mortalmente ferido ao batalhar contra um dragão. Após a luta, uma bruxa e sua colega decidem salvar sua vida usando sangue de dragão para curá-lo. Um ponto importante é que, neste mundo, ser uma bruxa não significa apenas ter poderes mágicos, mas também sofrer com uma maldição que pode levá-las à loucura ou transformá-las em dragões, o que as torna alvos de caçadores.

Dragon Star Varnir é uma aventura mediana que nem Dragões e Bruxaria salvam

Sem muitas opções para salvar Zephy, as bruxas utilizam seu principal recurso: o sangue de dragão. Com isso, conseguem salvar a vida do cavaleiro. No entanto, algo inesperado ocorre: Zephy sofre uma mutação e se transforma no primeiro e único Bruxo conhecido, para a surpresa e preocupação das duas bruxas.

O jogo é dividido em capítulos, e cada capítulo possui uma masmorra onde o jogador enfrenta inimigos, coleta materiais e avança na história. Entre esses trechos, é possível visitar a vila das bruxas, um local seguro onde o jogador pode criar ou comprar itens, como elixires, que são muito úteis para as batalhas. Essas lutas, quando vencidas, recompensam o jogador com armaduras. No início do jogo, o sistema oferece itens um pouco melhores que os disponíveis nas lojas, mas perder esses itens pode dificultar o progresso. Zephy também pode visitar outros personagens para lhes dar presentes e aumentar sua afinidade, o que oferece ao jogador mais detalhes sobre a história.

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Falando em história, um aspecto que pode incomodar alguns jogadores é o fato de ela ser contada quase inteiramente através de “skits”, que são trechos com uma única imagem em movimento representando o diálogo. Isso faz com que o cenário permaneça praticamente o mesmo, os personagens movem a boca apenas uma vez e, em qualquer conversa, estão sempre no mesmo lugar. Para alguns, essa escolha pode ser frustrante. Ainda assim, o jogo possui um sistema de decisões que podem alterar o rumo da história.

O jogador também deve lidar com uma “escala de loucura”, relacionada à maldição mencionada anteriormente, que transforma bruxas em dragões. Essa escala é afetada por escolhas erradas nos diálogos, que ocorrem uma vez por capítulo. Além disso, no santuário das bruxas, há a responsabilidade de cuidar de “irmãzinhas”, bruxas mais jovens protegidas pelas mais velhas. O jogador precisa alimentá-las para evitar que enlouqueçam e se transformem em dragões, o que adicionaria uma batalha extra. Honestamente, achei essa parte do jogo difícil de gerenciar, pois o combate nas masmorras é mais atraente do que cuidar das meninas, obrigando o jogador a retornar ao santuário com frequência para vê-las.

No combate, o sistema se baseia em um plano tridimensional, o que significa que tanto os personagens quanto os inimigos podem se mover em três níveis diferentes. Alguns inimigos, como dragões gigantes, podem ocupar todos os níveis ao mesmo tempo. Três membros do grupo estão ativos em combate, cada um com a possibilidade de ter um personagem de suporte. Durante o turno, o jogador pode mover um membro para cima ou para baixo ou trocar com seu suporte. Esses suportes têm uma pequena chance de contribuir com um ataque, contra-atacar ou criar um escudo que bloqueia ataques inimigos. As habilidades ofensivas incluem ataques, magias e a capacidade de devorar inimigos, o que permite que o personagem aprenda novas técnicas a partir do núcleo obtido.

Dragon Star Varnir é uma aventura mediana que nem Dragões e Bruxaria salvam

Devorar um dragão resulta em ganhar um núcleo, que é utilizado para aprender novas habilidades, permitindo o uso de seis elementos mágicos e quatro tipos de armas. Os personagens também possuem um medidor que permite se transformarem em uma fusão de bruxo e dragão, algo visualmente interessante. Durante essa transformação, eles recebem melhorias em suas habilidades, incluindo a de devorar inimigos. Dragões reaparecem se o jogador se afastar mais de uma ou duas salas, e cada masmorra possui um ponto de salvamento antes do chefe, que restaura todos os pontos de vida e habilidade.

O nível de desafio do jogo é relativamente equilibrado, favorecendo o jogador em alguns momentos. Os obstáculos encontrados durante a jogabilidade são simples, com alguns dragões sendo facilmente derrotados com magia, enquanto outros resistem mais, permitindo até a chance de devorá-los com sucesso. O gerenciamento de habilidades é essencial, como a de Zephy, que pode destruir barreiras mágicas, e a de Minessa, que permite retornar facilmente ao covil das bruxas.

Dragon Star Varnir é uma aventura mediana que nem Dragões e Bruxaria salvam

Dragon Star Varnir possui um visual de anime bem chamativo, mas no modo dock percebi uma queda visual algumas vezes, e no mesmo no modo portátil o jogo não parecia fluir bem o frame rate deixando umas partes quando andava pelo cenário travando por uns milissegundos como se fosse um jogo pesado. O visual e animações dos personagens para sua forma de dragão é belíssima, sem falar da musica de introdução do jogo que gostei bastante, seria bom que no jogo possuísse mais animações dos personagens, dos inimigos, apesar de que o design de personagens não pecou em nada, os personagens são bem vestidos e tem uma figurino digno de trazer eles para o mundo real, os dragões chefes davam imponência para o combate, e no combate não encontrei problemas.

[letseview]

The game is exactly what it promised, a turn-based RPG with a combat system that fully delivers what it said it would do. The dragon-eating system is particularly appealing in terms of narrative and bringing this to the game mechanics gave it a boost, but that’s it. Systems like taking care of younger witches get in the way of those who just want to explore the dungeons, and not having several animations leaves a chill in the heart, so the game is indeed a fun JRPG, but that’s about it.

[Nota do Editor: Dragon Star Varnir  foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Idea Factory para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

Olá me chamo Emanuel ou só "Nuel", sou Game Designer e nasci na cidade mais quente do Brasil, tento de tudo para ficar longe e relaxar em jogo competitivo, mas meus favoritos sempre são os jogos de farming e JRPGs.