[Entrevista] A relação da arte com os games – uma entrevista cheia de cores e criatividade!

[Entrevista] A relação da arte com os games - uma entrevista cheia de cores e criatividade!

Olá!

Hoje estamos com mais uma MEGA ENTREVISTA para vocês, queridos leitores do meu kokoro!

Hoje, diferentemente das sucessivas entrevistas que tivemos com youtubers gamers, teremos a participação de DOIS artistas Nintendistas que irão nos falar um pouco sobre como a arte está envolvida diretamente nos games.

Project N – Primeiramente, peço que vocês se apresentassem e falem um pouco sobre o tipo de arte que praticam.

ADRIANA –   Bom, eu me chamo, Adriana, tenho 37 anos, sou apaixonada por arte e videogame desde pequena. Faço praticamente todo tipo de arte manual, sou professora de desenho e pintura, tatuadora e não deixando de fora que também sou escritora, tenho dois livros escritos há muitos anos, quando eu tinha tempo livre kkkkkk, nessa época eu lia pilhas e pilhas de livros pegos na biblioteca, destinados a pesquisas infinitas e muito prazerosas, escrevia tudo a punho, tenho rabiscos e mapas até hoje. Fui uma criança/adolescente estranha, adoro pintar telas ouvindo músicas Celtas, ou trilhas sonoras de jogos, amo fazer artesanatos enquanto a chuva bate na minha janela, adoro a solidão pois ela me ajuda a pensar melhor, moro sozinha, ou melhor, com minhas duas gatinhas, Saria e Enya.

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TON – Eu sou Ton Matos, tenho 33 anos e é uma honra falar aqui com meu amigo de infância David. Estudei pintura digital em São Paulo mas sou do Rio de Janeiro, sou ilustrador freelancer e trabalho atualmente fazendo ilustração digital pra youtubers (Nerd Nintendista), editoras e algumas empresas que precisam de mascotes (como o podcast Caranguejo Atômico).

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Project N – Como iniciou o seu caminho nas artes e quando se percebeu Nintendista ?

ADRIANA – Iniciei nas artes ainda muito nova, na verdade, tudo  surgiu muito naturalmente. Lembro que quando tinha uns 7 anos, juntava palitinhos de picolé para fazer casinha pra presentear minha avó paterna, fazia até quintalzinho, passava horas sozinha, criando e isso numa época onde não tinha internet para buscar referências, eu simplesmente tirava tudo da minha cabeça. Sem falar que nessa idade, eu já desenhava, recortava, e vendia os desenhos pros amiguinhos na escola hahaha. Percebi que era Nintendista, quando joguei pela primeira vez no Gameboy Advanced do meu primo, Super Mario World, ali, eu me apaixonei de imediato, foi o meu primeiro contato com a Nintendo.

TON – Eu também comecei bem cedo (acho que eu tinha 4 anos) por influência dos meus parentes e professores que viram meu potencial e sempre me incentivaram a continuar desenhando, acho que a fixa de que eu era nintendista só caiu quando eu fui jogar Super Nintendo na casa dos meus primos.

Project N –  Qual a sua franquia do coração ?

ADRIANA – apesar de ter começado com Super Mario World, minha franquia do coração é Zelda.  Não tem jeito, Zelda mexe comigo como nenhuma outra franquia mexe (apesar de ter me apaixonado por Ori, perdidamente).

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Adriana e sua Ocarina do Tempo

TON – Concordo com a Dri, Zelda, sem dúvida.

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Fan art feita pelo ilustrador Ton Matos em comemoração ao aniversário da franquia The Legend of Zelda

Project N – A escolha artística do jogo “The Legend of Zelda – Skyward Sword” é uma das questões mais polêmicas da franquia. Esse tópico voltou a ser novamente citado após o anúncio de relançamento que tivemos pela Nintendo Direct. Como vocês avaliam a escolha artística para o projeto?

ADRIANA – Olha, sobre essa escolha, eu sinceramente tenho pouco a opinar, já que não cheguei jogar, Skyward Sword mas pelo que eu vi, o que posso dizer é que, espero que eles melhorem os gráficos e dêem um tratamento mais cuidadoso e profundo antes de lançá-lo para o Switch. 

TON – Eu acho muito corajoso porque mesmo a franquia sendo forte, não existe garantia de que o público curtirá o estilo que não parece muito definido com cores pastéis, mas justamente essa força que o nome Zelda tem faz com que as pessoas se arrisquem a jogar porque sabem que todos os jogos são bons, tirando Zelda II: The Adventure of Link que é bem estranho (rs).

Project N –  Todo Nintendista tem um console preferido lá no fundo do coração. Qual o seu e qual foi o console que mais jogou?

ADRIANA – Nintendo 64, sem dúvidas, hahahaah. Mas acho que agora, o Switch vai passar já que tenho tido grandes emoções com ele.

TON – Difícil, hein, também joguei muito o 64 mas acho que a resposta das duas perguntas é meu xodó Super Nintendo.

Project N –  Fale sobre o papel e importância do ilustrador na área de jogos.

ADRIANA – O papel do ilustrador, é a alma de qualquer jogo, é com os ilustradores que surgem os storyboards iniciais e as ideias mais profundas, como o seu desenvolvimento, luz, sombra, profundidade, cores e atmosfera…  por trás de um grande jogo,sempre tem um grande ilustrador. 

TON – Na boa? Sem o artista o jogo nem nasce. Na verdade nem o console nasce. Hahaha. Precisa de um designer pra fazer o console bonito e funcional, um artista que vai ajudar no Level Design e na concepção de armas, personagens, mapas, itens e precisa de um artista 3D pra transformar todos esses desenhos em polígonos. Sem um artista bom, como o Miyamoto, a Nintendo nem seria o que é hoje em dia.

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Project N – Existe um diferencial no “estilo Nintendo” em relação a personagens e jogos que os diferencia de outras empresas?

ADRIANA –   Com certeza, sim, a Nintendo tem a pegada mais “família”, às vezes eles não chegam a agradar a maioria e mesmo assim, isso não os preocupa, ainda bem. 

TON – Concordo demais com a Dri. É só você olhar como tantas empresas tentam emplacar um mascote, e o Bigodudo da Nintendo tá aí sendo associado à Olimpíadas e marcas famosas. Tudo que a Nintendo cria tem um apelo tremendo pra virar pelúcia e brinquedos que acabam nos cativando.

Project N – Ton, nos conhecemos a muitos anos e nosso primeiro contato se deu devido ao gosto em comum pela franquia Pokémon. Qual a sua opinião sobre Pokémon s&s e os novos jogos da franquia que foram anunciados na última Nintendo Direct?

TON – Polêmico!! Depois de ver os jogos de Pokémon que serão lançados, ficou claro pra mim que o Sword and Shield era um jogo de 3DS que foi portado pro Switch, o que é algo compreensivo já que o Switch tá vendendo muito bem, o 3DS seria descontinuado em algum momento e qualquer jogo de Pokémon vende muito bem, independente se os fãs reclamam do gráfico. O meu maior problema com SS é que a história é fraca e o jogo foca TANTO em competitivo que pessoas como eu (casual) que gostam da história e não curtem o competitivo se sentiram completamente jogados pra escanteio. O que é bem triste, por isso vendi o meu jogo assim que terminei o modo história com muita tristeza no coração. Agora que vi o novo Snap, Unite e Legends Arceus o fogo que arde no coração dos fãs voltou a brilhar em mim. Acho que agora veremos de fato o potencial do Switch, como vimos em Breath of the Wild.

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Project N – Adriana, é possível observar através das suas mídias sociais que você faz praticamente de tudo relacionado a arte manual! Inclusive já quero uma camisa do Hollow Knight e um livro da Sonserina kkkkk. Existe um momento especial na sua memória afetiva de quando surgiu o seu desejo por arte em geral?

ADRIANA –   HAHAHAH olha, vai ser um prazer, criar essas artes pra você. 

Bom, eu costumo lembrar com muito saudosismo e carinho da época da adolescência, onde eu passava horas a fio, sentada no tapete do quarto, rodeada de tintas, pincéis, telas e revistas de pintura, sentindo o cheiro da tinta a óleo (não sei como não morri kkkkk), pintando paisagens 

e ouvindo trilhas sonoras de jogos no meu discman (adorava ouvir a trilha sonora de Tomb Raider), tenho muita saudade dessa época. 

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Project N – Qual a dica/conselho para alguém que esteja iniciando a jornada de ilustrador?

ADRIANA –   Minha dica é simples e a mesma que sempre dei para meus alunos; não desista, treine muito, todos os dias, rabisque, estude técnicas, assista vídeos que inspirem. E nunca tenha vergonha nem receio de perguntar quando tem dúvidas. Treine arte manual também, isso é muuuito importante mesmo que você se interesse por arte digital. É importante sentir as tintas, o rabisco do lápis no papel, e uma arte leva a outra, aprender nunca é demais. Não se limite.


TON – Vou praticamente repetir tudo que a Dri falou (rs) Mas do meu jeito. Meu principal conselho é saber lidar com as frustrações, porque nada nessa vida você acerta de primeira. Ninguém dirige como em Velozes e Furiosos na primeira vez que encosta num carro e o seu primeiro bolo nunca será o bolo do Buddy Valastro (cake boss), tem que tentar e tentar até dar certo e mesmo assim nada garante que sairá perfeito como você imagina. Até hoje eu passo por isso tanto em desenho digital quanto no tradicional. É uma profissão/hobby que não te recompensa por ser preguiçoso.

Project N – Como é o mercado no Brasil para a área da ilustração?


ADRIANA – Se fôssemos responder essa pergunta há alguns anos, talvez a resposta fosse diferente, mas hoje  o mercado tem aberto mais as portas para esse tipo de trabalho, vejo ilustradores sendo reconhecidos e acho isso incrível.


TON – É um tanto desanimador no início, porque as pessoas não sabem o valor, tanto o cliente quanto o ilustrador, então nessas horas a comunidade tenta se ajudar, um indicando o outro para freelas (trabalhos) e discutindo sobre preços, prazos. Por isso que os grupos de ilustração na internet são tão importantes. Mas com a internet ficando mais acessível nas mãos dos BR, cada vez mais tudo está se tornando possível.

Project N – Pensam em estudar/morar fora  ?

ADRIANA – é uma das coisas que mais penso e sonho na vida.

Ainda alimento o sonho de morar na Europa, viajar espalhando minha arte, fazer uma exposição em Londres. Estudar arte e viver bem, somente disso. Hoje, esse sonho ta meio utópico e distante mas, ele ainda habita em meu coração.

TON – Demais! Quero ganhar em dólar. Hahaha (brincadeira com um fundo de verdade). Acho que por nós, Brasil, termos praticamente 500 anos de existência e pouquíssimo contato com as artes, com relação à outros países, é que vemos que em outros países a arte é bem mais valorizada. É só ver a quantidade de cursos, museus e estúdios de animação que existem espalhados pelo mundo.

Project N – Já participou da criação de um jogo? Existe esse projeto?

ADRIANA – Não tive a oportunidade, até porque, minha arte é 100% manual, seria um verdadeiro sonho poder  participar de algo do tipo, contribuindo com o que sei fazer de forma artesanal. 

TON: Já, pra mobile principalmente, mas também já trabalhei em jogos educativos que são atualmente a forma mais fácil de conseguir investimento para algum projeto. Mas queria muito participar de algum projeto de RPG ou Card Game (ou os dois ao mesmo tempo).

Project N – Ton, sua coleção de livros é muito grande! Você considera os livros de ilustração e de histórias do mundo gamer como material de trabalho ou é coleciona pela satisfação no “kokoro gamer” de ter a estante toda preenchida livros e mais livros? Tem algum livro que seja o seu favorito?


TON – Olha, se eu disser que eu não compro alguns só por ser fã eu estaria mentindo, mas tenho muitos aqui que eu simplesmente os tenho pra consultar, como uma biblioteca que você consulta o livro por uma informação específica, mas não vai ler o livro todo. Eu não só compro livros por esse intuito, também tenho quadrinhos americanos e europeus, mangás, posters e tudo que possa me inspirar pra continuar alimentando a minha criatividade. A Adriana sabe muito bem a importância dessas coisas, passamos horas conversando sobre livros que viram filmes e tal. Eu curto os ArtBooks de jogos e animações principalmente pra ver o que se passava na cabeça dos artistas enquanto eles estavam produzindo o jogo ou a animação.

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Meu livro predileto é o de The Witcher! As criaturas e armas são lindas demais (lindas dentro do possível) Hahaha.

Project N – Ton, preciso dizer que a sua Arte em comemoração aos 35 anos da franquia The Legend of Zelda, ficou maravilhosa! Inclusive sendo comentada por Youtubers como o Coelho no Japão que é parceiro aqui no Portal Project N, poderia nos falar um pouco de como foi o processo criativo dessa arte em especial?

TON – Obrigado! Que bom que você gostou. Deu um certo trabalho por vários motivos. Primeiro que eu não estava bem com as notícias da pandemia então se manter produtivo nesse período é um verdadeiro desafio. A segunda coisa complicada é o estilo da personagem que é muito diferente do que estou acostumado a fazer, os traços que definem a raça Gerudo em Breath of the Wild são bem particulares, acho que são mais fortes do que em Ocarina of Time, aqui as Gerudo são super fortes, narigudas e com adereços dourados. A terceira parte difícil foi a escolha de cores pra emular o Cel Shading do jogo e a pior parte foi achar uma foto na pose dela segurando o Switch, mas como não encontrei uma foto boa tive que eu mesmo fazer a pose na frente do espelho.

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Project N – Adriana, antes da pandemia você lecionava desenho nas escolas. Imagino que você deveria ser a professora favorita da turma kkk. A sua “bagagem gamer” era levada para a sala de aula?

ADRIANA – Ahhh, agora você tocou numa saudade, a sala de aula. Ahahaha a gente se divertia muito, porque não era só desenhar, era trocar ideias, cantar músicas… E sempre fiz questão de falar  sobre meus gostos com eles, principalmente games. Eu levava até meu switch pra sala e, uma coisa  muito legal que aconteceu foi, que um aluno meu chegou a comprar um Nintendo Switch por influência minha kkkkkkk. 

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Project N – Adriana, qual foi o seu maior desafio referente a criação para um pedido de cliente?

ADRIANA – Sempre tive dificuldades quando os clientes me pediam para pintar fotos de seus filhos, netos, em camisas, realismo em tecido a partir de fotos, às vezes de qualidade baixa, é muito difícil de fazer, hoje eu sempre falo que não dá pra fazer.

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Project N – A Aphantasia (incapacidade de visualizar imagens mentais) é um assunto muito interessante e pouco discutido. Acredito que para um artista seja difícil imaginar a possibilidade de não conseguir imaginar. O que pensam enquanto artistas e educadores sobre essa questão que fala muito sobre os nosso universo particular e da forma diferenciada que cada ser humano funciona?


ADRIANA –  O  artista por si só, já funciona de uma forma diferenciada, ele vive num mundo particular cheio de possibilidades. Mas, cada pessoa tem seu espaço, e as vezes, uns têm facilidade pra uma coisa mas pra outra determinada, já têm bloqueios e dificuldade. Sempre procurei entender cada aluno de forma muito particular, mesmo estando numa sala de aula cheia, sempre, vou de um a um, porque sei que, o aluno da direita, não desenha como o aluno da esquerda, já tive muitos alunos especiais, e sempre procurei entender o seu “mundo”. Acho que a Arte nos permite isso. Sou muito grata por cada situação que vivi até aqui. 

TON – Bem, não dá pra forçar muito a barra. Cada um tem suas limitações e cabe aos educadores identificar essas limitações e ajudar no que for possível pra não desincentivar o aluno. Eu mesmo tenho muita dificuldade com a escrita (abençoado seja quem criou o corretor automático) e graças a minha mãe e irmã, que nunca desistiram de mim, que eu consegui estudar. Então, independente da dificuldade, eu sempre tento carregar comigo um caderno onde coloco rabiscos, esboços e anotações de ideias. E sempre alimentar a cabeça com criatividade assistindo filmes, lendo livros, jogos criativos, etc.

Project N – Onde podemos encontrar mais do trabalho de vocês e mídias sociais disponíveis?

ADRIANA – No meu caso é fácil, sou A Caixa Lilás, no Twitter, facebook, youtube e instagram, todos são muito bem vindos <3 

TON – Nós artistas geralmente enchemos nossas redes sociais de fotos dos nossos trabalhos, né? Mas acho que o melhor lugar pra acompanhar o que eu faço é pelo instagram @TonToonMatos ou o twitter @TonMatos_toon .

Project N – gostaria de deixar uma mensagem para nossos leitores?

ADRIANA – Primeiramente, estou muito honrada com esse convite, foi um prazer poder falar um pouquinho de mim e da minha arte. Obrigada a todos que leram até aqui e se você, está querendo começar no mundo da Arte mas tem medo, medo de críticas, medo de errar, só vá, confie em si mesmo, a Arte vinda do coração, pode mudar a sua vida.  Quero deixar aqui também um abraço para o querido, David, que tão gentilmente me fez esse convite e ao meu amigo, Ton, o qual admiro profundamente sou fã incontestável de suas artes maravilhosas, que mais parecem mágicas. 

Um beijo bem colorido para todos vocês.

TON – Gostaria muito de agradecer o convite principalmente pra vir aqui falar ao lado da diva Adriana Amaral que me fez perder o medo de tinta aquarela (rs) e a minha mensagem é valorize o artista, produtor, programador e qualquer um outro profissional nacional. Se continuarmos com o preconceito de que tudo que é brasileiro é ruim, nunca teremos a chance de ver coisas maravilhosas como as animações “irmão do Jorel” e “o menino e o mundo” ou os jogos como “Horizon Chase Turbo” e “Celeste”, vamos valorizar o que é nosso!

Abração, pra você David e toda a equipe do Project N! 🙂


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

Carioca cheio de energia que começa mil jogos ao mesmo tempo e depois se pergunta: como eu vim parar aqui nesse RPG? Instagram: @david.o.esquivel Twitter: @David_Holiver