[Guia] Final Fantasy para Iniciantes

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Final Fantasy é uma das maiores séries de JRPG da história, talvez só atrás de Pokémon. Com mais de 150 mil unidades vendidas e um lucro de 13 bilhões ao longo da história, a franquia continua ativa até os dias de hoje contando com jogos single players inéditos, um MMO de sucesso comercial e crítica, filmes, livros, merchandising e muito mais.

A série, porém, tem suas raízes bem interligadas com a Nintendo, com o primeiro título da série sendo exclusivo do Nintendinho (NES) e só deixando de lado essa parceria com o sétimo título da linha principal de jogos que foi para o Playstation, uma história que a maioria de vocês já deve conhecer e se não, fica para outro dia. Mais de uma década se passou até que um console de mesa da Nintendo recebesse os jogos principais, que ficaram presos em consoles da Sony e Microsoft. Porém, todo o acervo da era PlayStation e PlayStation 2 chegou ao Nintendo Switch com o tempo, recebendo títulos que marcaram gerações e tem seu legado reverberando até os dias de hoje. Por isso, preparei um guia para aqueles que não conhecem a série e se sentem atraídos a conhecerem mais da aclamada Fantasia Final.

FINAL FANTASY VII

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Começando pelo título divisor de relações entre Square, na época ainda Squaresoft, e Nintendo. Final Fantasy VII é o JRPG mais importante da história. Não há quem possa discordar disso sem ignorar o que era o JRPG na época de seu lançamento. Os anos 90 foram bem complicados para o gênero aqui no ocidente, recebendo lançamentos atrasados, traduções mal feitas e precisando de várias cópias piratas com fãs realmente se esforçando para localizar os jogos.

Então, a ambição deles, que nos anos 90 superava a de todas as outras empresas, não era criar um jogo que pudesse abrir só o mercado de nicho que era o dos RPGs, eles queriam o mundo de games como um todo. Com uma campanha de marketing bem planejada e astuta, que incluía não usar o termo RPG em comerciais, eles lançaram Final Fantasy VII em 1997. O jogo abriu as portas da empresa para seus anos mais prolíficos com títulos saindo aos montes e dando a liberdade de poder tomar riscos em novas IPs, surgindo assim clássicos enterrados na era Playstation. Tudo graças a Final Fantasy VII.

Agora, disponível no Switch numa versão remasterizada (não confundir com o Remake exclusivo de PS4), é um momento bem significativo seu lançamento na plataforma Nintendo. Acompanhar a aventura de Cloud, Aerith e Tifa contra a Shinra Cia. e Sephiroth se mantém uma aventura sólida, que devo dizer ser uma experiência ainda melhor no modo portátil. Fora as melhorias feitas, o jogo ainda traz recursos de qualidade de vida como um boost na velocidade de gameplay e a opção de desativar encontros aleatórios, fora outros tipos de mudanças que incluem invulnerabilidade e máximo de Gil, moeda corrente do jogo.

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O jogo funciona num sistema que durou até o lançamento de Final Fantasy X, onde ao invés de batalhas de turnos, figurinha marcada em JRPGs num geral, usa-se um sistema que vinha sendo aprimorado desde Final Fantasy IV, o ATB, ou Action Time Batle. Neste tipo de jogabilidade uma pequena barra carrega para você escolher a ação de seu personagem, mas isso é algo que vale para todos, inclusive inimigos. Com esse sistema, as batalhas ficaram mais dinâmicas que o turno padrão, pois você não precisava esperar o inimigo realizar uma ação para você dar continuidade à sua estratégia, mas lhe possibilitava criar um senso de urgência em tentar tomar as decisões mais rápidas o possível antes que seu inimigo tivesse sua barra cheia e realizasse um ataque que poderia ser seu fim.

Final Fantasy VII vem com o sistema de matérias também. É um tipo de gerenciamento de status, habilidades e upgrades que funcionam para a construção de builds. Dessa forma, poderíamos montar um personagem para ser mais focado em ataque, outro em magia, ou um pouco dos dois. Porém, como as matérias são itens que nós gerenciamos, além de as evoluirmos nós podemos fazer uma grande mistura que funciona bem de acordo com os status de nossos personagens, não ficando presos a classes ou jobs como em jogos anteriores da série.

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Apesar de ser um game divertido e até hoje com uma gameplay bem fluida, seus visuais podem parecer um pouco difíceis de se acostumar para quem não tem contato com retro-games. Afinal, este jogo começou seu desenvolvimento no Nintendo 64 e depois foi transferido para o Playstation, algo que é notável na diferença de modelos de personagens dentro e fora de batalhas. Se esforce um pouco em se colocar em 1997, e tente até pensar no que seria um JRPG para o 64 que talvez funcione melhor e, com o tempo, você não só se acostume, mas também se apegue aquele estilo artístico tão diferenciado. O jogo conta com uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos, além de uma curva de aprendizado muito boa ao longo de 40 a 50 horas de gameplay.

FINAL FANTASY VIII – REMASTARED

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Esse título é o que mais deu trabalho para a Square. Lançado apenas dois anos depois de seu antecessor, o uso de uma nova engine com cenários mais ambiciosos, CGs (muitas delas) mais bonitas e bem feitas, uma história maior em escala e duração fez com que Final Fantasy VIII fosse um jogo extremamente caro e impressionante à sua época. O problema é que ele envelheceu pior que Final Fantasy VII.

Como o objetivo de FF VIII era ser bem mais realista, respeitando proporções e escalas, os gráficos de PS1 não haveriam como ser restaurados a ponto de ser algo aceitável, além da perda da maior parte de seu código-fonte. VII tinha um aspecto muito mais abstrato e quase cartunesco que, com um tempo para se acomodar, é fácil de se contextualizar à época e proposta do jogo. Mas com VIII é diferente. O que conhecemos como Ucanny Valley, ou Vale da Estranheza, é jogado lá em cima por sabermos que deveria ser um ser humano de fato ali.

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Assim, quando a Square trouxe o jogo às plataformas atuais, ela fez todo um retrabalho de modelagem e apresentação dos personagens, criando uma experiência visual mais digna da visão que eles tinham para o jogo originalmente. A maior parte da equipe do VII voltou aqui, então temos ambientações futuristas misturadas com o medieval.

O gameplay funciona numa espécie de crafting com Pokémon. Você precisa capturar orbes de Magic que serão estocados como unidades, ao invés dos jogos anteriores em que eles eram uma habilidade que consumia a famosa barra de MP (Magic Points). Essas Magics podem ser associadas a equipamentos e armas, fazendo com que seus status evoluam conforme a quantidade delas crescem e também o nível da Magic, já que Final Fantasy é conhecido por trazer diferentes upgrades ao seu sistema de Magic no geral.

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A parte de Pokémon vem do fato que associamos nossos personagens a Summons, criaturas invocadas para nos ajudar em batalhas, um aspecto recorrente na série. A diferença aqui é que eles também trazem status únicos para o personagem associado a elas e também habilidades diferentes como Card, usado para transformar inimigos em cartas. Esse é o sistema de junction.

Final Fantasy VIII divide opiniões até hoje entre os fãs, mas ainda assim há uma série deles que o levam no coração pela história, personagens e a bela trilha sonora que é de fato o ponto alto do jogo, algo que realmente marcou a série Final Fantasy como um todo. Apesar de um jogo mais lento, traz as mesmas melhorias que o VII, assim como seu sistema ATB, em questões de qualidade de vida, como o boost em velocidade e os buffs de invulnerabilidade para quem quiser só ver a história.

FINAL FANTASY IX

Rumor aponta para um possível remake de Final Fantasy IX - O Megascópio

O melhor Final Fantasy da geração do Playstation. É o último jogo dirigido pelo criador da franquia, Hironobu Sakaguchi e que era, na verdade, para ser algo como uma homenagem à franquia como um todo que já completava mais de uma década naquele ano. O jogo, no entanto, acabou sendo trazido para a linha principal recebendo o título IX e surpreendendo a todos que realmente o jogaram.

Por sair no final do Playstation, ele acabou ficando um pouco apagado com o lançamento iminente não só do Playstation 2, mas também de Final Fantasy X, que vinha inclusive em forma de Demo no lançamento original de Final Fantasy IX. Porém, ele é a soma de tudo que a série construiu até aqui, tendo seu sistema ATB muito consolidado e sem imperfeições que outros jogos talvez tivessem.

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O ponto alto em IX, de longe, são seus personagens. Com visuais que envelheceram muito bem, nós vemos uma party aqui de pessoas únicas e em situações complexas. O jogo tem um roteiro excelente para eles, desenvolvendo a maioria no que eles realmente podem e entrega uma experiência em que você termina-o tendo afeição a todos e se sentindo nostálgico com qualquer memória despertada por uma referência ou um dos temas da maravilhosa trilha sonora, pela última vez composta inteiramente por Nobuo Uematsu.

É um jogo com coração e com extrema paixão de seus desenvolvedores, valendo a pena não só a gameplay mas também a imersão no mundo que eles construíram e que acabou se tornando em um dos mais icônicos para os fãs da série.

FINAL FANTASY X/X-2

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Se existe um Final Fantasy que eu diria que é ótimo para um iniciante na franquia, este seria o Final Fantasy X. Ele é um grande passo da série para algo mais ambicioso, com cutscenes totalmente dubladas (tirando alguns balões de texto aqui e acolá), CGis de uma qualidade que sobrevivem até a atualidade e que não deve em nada as cenas que temos hoje em consoles só um pouquinhos atrás nas gerações. É incrível o escopo do projeto, mesmo datado em alguns momentos por ser claramente a gênese do que viria ser jogos mais cinematográficos e com mais ambição de personagens humanos, ainda assim consegue se sustentar como um ótimo RPG, que vinte anos depois ainda segura bastante as pontas que muitos jogos lançados na mesma época não conseguem.

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Quando olhamos para a Gameplay deste título em específico, é interessante ver como a Square abandonou totalmente o ATB para algo mais direto ao ponto, com um sistema de turno mais básico. Agora, é um sistema mais dinâmico, já que inclui em si uma mecânica de troca de personagens durante a batalha. Isto não foi apenas usado para facilitar o jogo, ou para atender reclamações dos jogos anteriores por conta de um limite de personagens na sua party. A Square rebalanceou o jogo inteiro criando um sistema um pouco parecido com o que a gente conhece hoje como o “jokenpô system”, similar com o modelo da franquia Pokémon, onde um inimigo vai ser suscetível a um dano crítico dependendo de qual personagem o atacar por conta de sua arma principal.

O gameplay em batalha ficou mais rápido e trouxe mais variações do que poderia ser feito por turno, já que a maior parte das lutas funcionam em estratégias diferentes. Óbvio que se tratando de um jogo de 2001, traz consigo algumas das limitações da época que nos proporcionavam algumas horas de batalhas repetidas. Porém, ao lutarmos contra monstros mais específicos e, principalmente, em batalhas contra chefes nos encontrávamos em situações que precisávamos pensar muito bem antes de qualquer ação para não desperdiçarmos nossa vez.

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A SPHERE GRID

Outra inovação de Final Fantasy X foi seu modo de evolução de personagem. Abandonando completamente o esquema level up, atributos e pontos de experiência (XP), aqui temos o sistema que ficou conhecido como “Sphere Grid”, que trazia um grande mapa de esferas preenchidas com ítens que eram loot, ou com pontos de habilidades que eram ganhos após o final de certas batalhas, ou com esferas especiais que podiam ser roubadas e encontradas em lugares secretos pelo jogo. Com isso criou-se uma forma única de podermos evoluir nossos personagens, dando o foco que nós queremos e fazendo com que as batalhas ficassem interessantes e nunca fáceis demais se quisermos, por podermos segurar a evolução de nossos tributos da forma que tivermos vontade.

Além disso, vale ressaltar a grande interpolação de características de personagens que isso trouxe. Quando temos todos os personagens já disponíveis na nossa party, ficamos diante de um milhão de possibilidades. Podemos misturar nossas sphere grids uns com os outros, gerando cenários em que alguém que talvez fosse mais focado em suporte, também possa ter ataques mais ofensivos e serem mais calcados na força e resistência, além de gerar combinações o suficiente onde todos os personagens podem importar de alguma forma uma habilidade do vizinho de grid.

Tidus and yuna, Final fantasy x, Final fantasy
As lindas CG’s de Final Fantasy X sustentam até hoje a verossimilhança de sua época.

Falando nisso, é preciso ressaltar o incrível trabalho feito em desenvolver esses personagens com personalidades únicas e histórias particulares, a ponto de nós termos eles como velhos conhecidos. Eu joguei este jogo pela primeira vez ainda muito novo e até hoje os tenho como pessoas próximas e sinto saudade de tão queridos que eles se tornaram, mesmo que uns mais que outros. É claro que há exceções e vemos alguns personagens que ficam um pouco de lado, mas não há como negar um saldo positivo bem além das expectativas aqui.

O ponto alto, porém, é definitivamente sua história. Seu roteiro e enredo é complexo e difícil de explicar para alguém que chegue simplesmente solto. É necessário as várias horas que o jogo exige de nós para termos a compreensão necessária para entender tudo que envolve Spira, o mundo em que se passa a história do jogo, as suas cidades, sua religião, política e afins. Tudo é muito desenvolvido e bem colocado na trama, e sempre usado de forma inteligente e coerente com o que a narrativa precisa para nos dar a imersão necessária e nos sentirmos apegados ao mundo do jogo. O trabalho de Worldbuilding é um exemplo para o que outros jogos deveriam fazer. A música não pode deixar de ser citada, há temas aqui que sobrevivem até os dias de hoje como alguns dos melhores dos videogames, sendo a primeira vez que não foi supervisionada inteiramente por Nobuo Uematsu.

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PROTAGONISTAS DE FINAL FANTASY X-2

Como um bônus, a versão de Nintendo Switch é a mesma que carrega tanto o X, como o X-2, uma sequência direta que ainda era algo não muito comum para a série naquela época. Apesar de muito criticado e com comentários geralmente ácidos, X-2 carrega com si alguns fãs do seu sistema interessante de gameplay, que se recusou reciclar o que o X fez e trouxe uma nova abordagem tanto para a questão das esferas, quanto para os personagens no geral. Acredito que vale conferir para aqueles que queriam um tipo de continuidade para a história de Tidus e Yuna.

FINAL FANTASY XII

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Esse aqui é um pouco complicado. Não houve um Final Fantasy XI nos moldes clássicos de jogo single-player porque a Square decidiu investir num MMORPG de grande orçamento, e para fins de publicidade usou o título como forma de divulgá-lo. Sendo assim, a próxima aventura da já aclamada série pularia um número e iria direto para o XII, que estava sob o encargo da equipe de Final Fantasy Tactics, Vagrant Story, entre outros títulos que inclusive também poderiam marcar presença no Switch.

Porém, houve muitos problemas que fizeram com houvesse até uma troca de diretor durante o desenvolvimento sendo sentido o impacto dessa mudança de visão direto na obra. Um desses problemas é refletido diretamente no que nos é mostrado como os protagonistas, Vaan e Penelo. Com notícias e entrevistas ficou claro o que o próprio jogo passa: São dois personagens inseridos para haver uma identificação com jogadores mais adolescentes, mas por não fazerem parte do planejamento inicial para a história e também para gameplay eles soam sempre vazios e não é necessária uma análise crítica para ver que eles simplesmente não tem qualquer tipo função narrativa. Geram assim duas cascas que acabaram sendo inseridas de última hora e que infelizmente possuem os melhores atributos que fazem o jogo acabar sendo quebrável.

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UMA BATALHA DE FINAL FANTASY XII

A trilha sonora é um destaque do jogo mas, diferente dos jogos anteriores, aqui não encontramos temas marcantes que criam motifs relacionados a personagens, cenas ou cenários. São todas músicas bem climáticas e de ambiente, por isso eu acredito que caia no gosto de muitos que preferem esse tipo de jogo. Além da ambientação ser voltada para algo totalmente medieval, diferente dos títulos anteriores desde Final Fantasy VII. Porém, isso influência em seus diálogos e textos que trazem uma linguagem arcaica e completamente romantizada como se fosse uma peça de Shakespeare. Sendo assim, talvez traga dificuldades para pessoas não tão familiarizadas assim com o inglês profundo que o jogo carrega.

FINAL FANTASY XV – EDIÇÃO POCKET

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Final Fantasy XV foi um projeto que deu tanto problema para a Square Enix que ele não só teve mudança de diretor, como pulou uma geração. São incontáveis os problemas que a desenvolvedora sofreu para poder simplesmente dizer que este jogo estava pronto. Com ele lançado, dividiu opiniões e criou reações bem mistas a forma como decisões criativas foram tomadas, com veículos o acusando de ser um jogo lançado incompleto. Basicamente, para consumir o conteúdo de Final Fantasy XV você deveria adquirir mais um filme, que servia de prólogo para o jogo e extremamente necessário para a compreensão do enredo como um todo, um anime disponibilizado no YouTube gratuitamente e além disso ficar no aguardo de DLC’s que fechariam lacunas do jogo original.

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UMA CENA DO JOGO COM OS GRÁFICOS MAIS SIMPLES

O jogo foi visto como uma prova de quão despreparada para o mercado moderno de jogos a Square era, principalmente se falarmos sobre sua franquia principal. Era uma crise na indústria que assolou a maior parte das desenvolvedoras japonesas, que não sabiam muito como lidar com o novo mundo HD que vivíamos. Dito isto, há quem se agrade dele. Porém, ele foi lançado apenas para Playstation 4 e Xbox One no seu lançamento, com nenhum tipo de planejamento de uma versão portada para WiiU (que era o console de mesa da Nintendo ao lançamento do jogo), ou conforme o tempo foi passando, o Nintendo Switch.

Pois bem, a Square decidiu publicar uma versão simplificada do jogo, com gráficos parecidos com seus remakes para DS e PC de Final Fantasy III e IV, porém diretamente para mobile. Algum tempo depois esta versão acabou por chegar no Nintendo Switch. É uma versão claramente mais simples, com menos recursos, tendo até sua gameplay um pouco alterada. Mas há quem diga que é algo muito mais agradável do que foi feito no original, já que seus gráficos e visuais desapontaram a muitos por conta de seu motor gráfico usado, a luminous engine.

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UMA DEMONSTRAÇÃO DO MODO DE COMBATE DO JOGO

Eu, particularmente, diria que o ponto mais alto desse jogo, e da indústria talvez, é a sua trilha sonora. A Square finalmente colocou a compositora lendária, Yoko Shimomura, que vinha de seus trabalhos em jogos como Kingdom Hearts, Street Fighter II, Mario RPG, entre outros, para assumir a responsabilidade de encabeçar as composições de um jogo da linha principal da mais importante franquia da Square Enix. E ela fez isso de forma estupenda com músicas que vão do épico a algo tão clássico como Beethoven e Mozart.

Os personagens cativaram muitos jogadores, embora haja também muitos outros que os achem mal explorados e sua história no mínimo pobre. Mas, desde então, a Square parece ter aprendido com os erros e criado experiências em que você pode enxergar um novo começo. Então, por mim, diria que Final Fantasy XV é de longe o maior esforço da Square em criar algo que os tirasse da crise criativa que o Japão enfrentava no final dos anos 2000 até meados dos anos 2010.

O QUE VEM PELA FRENTE?

Bom, de longe, a Square Enix é uma das maiores amigas e parceiras da Nintendo nessa geração. O Nintendo Switch conta quase com lançamentos mensais da empresa, e diria inclusive que dificilmente vemos jogos ruins ou “mal feitos” chegando nosso console híbrido. Entretanto, como eu sempre digo, gamer é insuportável e sempre quer mais. Então, vou falar alguns jogos que acredito que fariam uma ótima adição para o sistema.

O essencial, na minha opinião, é todo esse catálogo de jogos mais clássicos incluídos nessa Pixel Collection, trazendo toda uma revitalização da pixel-art vista nos seis primeiros títulos da série. Estes que eram inclusive exclusivos de Nintendinho e Super Nintendo. Acredito serem os principais títulos que a Square deveria estar trabalhando agora para trazer para o sistema já que é uma prática que eles já fizeram com a sua outra série de sucesso, Dragon Quest.

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Final Fantasy XIV, o aclamado MMORPG, veio para substituir Final Fantasy XI como o jogo da série que entregaria uma experiência multiplayer online. Ele teve um lançamento desastroso que foram necessárias medidas drásticas para o reparar os danos. Agora, ele conta com 4 expansões de extremo reconhecimento crítico e uma comunidade que cresce a cada dia que passa. Conforme ele foi sendo lançado para Playstation 3 e 4, recentemente ele recebeu sua versão para Playstation 5, nos deixando em dúvida se veríamos o jogo incrível que Yoshi-P criou no Switch. Porém, declarações do diretor mostram haver sim estudo para isso, embora eu ache um pouco difícil sem uma determinada atualização de hardware por parte da Nintendo.

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Acredito que para encerrar, poderíamos falar de vários jogos adjacentes da franquia por vermos muitos outros também sendo lançados para o Switch como a série Mana e The World Ends With You. Entretanto, acredito que uma das necessidades para o Switch seriam a trilogia Final Fantasy XIII. Afinal, são jogos da época do Playstation 3 e que, apesar da recepção negativa em relação à construção criativa da história e personagens, tiveram um ótimo desempenho tanto gráfica quanto tecnicamente. O Switch já se mostrou poderoso o suficiente para jogos como Skyrim e The Witcher 3, não há motivos então para não acreditar que essa trilogia não teria lugar aqui, e para quem sabe podermos dar mais uma chance para esses jogos que alguns talvez até mereçam.

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Um fã de Da Vinci e Miyamoto. Não me pergunte quem é quem.