Gunbrick: Reloaded

Gunbrick: Reloaded – Pensando fora da caixa

Jogos plataforma, em sua grande maioria, levam em consideração a força e as habilidades do personagem. Mario tem seu pulo, Rayman tem seu soco, Sonic sua velocidade. E essas habilidades são usadas durante o percurso de uma fase para vencer os inimigos e obstáculos. Os desafios crescem, você ganha habilidades novas e assim vai atravessando o mundo.

Em Gunbrick: Reloaded, da Nitrome, assim como em alguns novos indies puzzle-plataforma, o conceito é revirado. O que importa aqui são suas fraquezas e como utilizar elas da melhor maneira para atravessar as fase. Vimos um grande exemplo disso em Wunderling, em que você, como um capanga do vilão, tem habilidades limitadas e deve se sobressair a elas para ir atrás do seu oponente.

Gunbrick: Reloaded - Pensando fora da caixa

Simples x Complexo

O herói de Gunbrick: Reloaded se movimenta pela cidade em uma caixa. O mundo em que ele vive não possui carros mais, e Gunbrick é a nova sensação do momento em transporte. Dentro da caixa você só pode se movimentar para os lados, tem um tiro básico que derrota inimigos e obstáculos, te empurra para a frente e pode te fazer voar, além disso você também tem um dos lados revestido de metal para proteção.

E é com essas limitações que você precisa atravessar as fase, derrotar mutantes e conseguir vencer ao fim do seu dia. Parece uma premissa simples, e é. A dificuldade está em você conseguir usar isso para atravessar paredes, subir em diferentes níveis, vencer fogo, botões que ligam e desligam e muito mais.

Cada fase te faz pensar em como conseguir seguir em frente com todos os obstáculos e com os movimentos, ataque e proteção limitados. E tudo isso em uma bela arte 16-bit. O jogo é colorido, bonito, tem todo um fundo que envolve você na história e no dia-a-dia dessa cidade futurística. A música não chega a ser icônica, mas casa muito bem com o ritmo e feeling do jogo, lembrando muito músicas de jogos antigos do Sonic. E as poucas referências à história ocorrem em rápidas cenas que remetem a quadrinhos, tornando tudo bastante fantasioso.

Gunbrick: Reloaded - Pensando fora da caixa

Bônus fora da caixinha

Partindo da mesma premissa básica de movimentação, ataque, defesa e resolução de puzzles, o jogo apresenta batalhas com chefões ao final de cada “mundo”. De um policial até um cérebro pensante, todos dentro de suas caixas maiores e que possuem habilidades e padrões de ataque que cabe a você descobrir e enfrentar.

E um dos pontos altos do jogo são suas fases bônus. Diferente que jogos que normalmente apresentam fases bônus como repositório de itens, moeda do jogo, ou até atalhos, em Gunbrick: Reloaded as fases bônus elevam toda a mecânica do jogo em um outro nível. Aqui a dificuldade de movimentação e pouco ataque e defesa deve ser superada em um ambiente 3D.

Invista na caixa

Gunbrick: Reloaded é um jogo divertido e desafiador que deixa aquele gostinho de quero mais, ele não tem poucas fases, mas elas são curtas e dá vontade de passar mais tempo jogando, mesmo incluindo as fases bônus (e tem mais bônus do que só as 3D, também). Mas mesmo assim entretem, não cansa e é relativamente barato. Então se você busca uma diversão rápida em um jogo que vai te fazer pensar, mas não muito, Gunbrick: Reloaded é uma boa opção.

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[Nota do Editor: Gunbrick: Reloaded foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela desenvolvedora e publisher Nitrome para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.