Jogos de gerenciamento fofos ao melhor estilo Animal Crossing têm aparecido bastante no Nintendo Switch. Temos anúncios como Yokai Inn e Grow: Song of the Evertree, bem como os já lançados Cozy Grove e A Short Hike para citar alguns. Haven Park, desenvolvido pelo profissional solo Fabien Weibel e publicado pela Mooneye Indies (uma nova marca publicadora da Mooneye Studios), é mais um jogo praticamente neste mesmo estilo que entra nesse radar e quem dá chance ao pequeno pintinho Flint não vai se arrepender.
Um Refúgio Natural
Em Haven Park você é o carismático Flint que está cuidando do parque de sua avó e deve deixá-lo o mais convidativo possível para os visitantes que vêem ao parque em busca de descanso, boas atividades, comida gostosa e um período para aproveitar a natureza. Você recebe a missão de sua avó e parte com sua mochila em busca das aventuras pelo parque.
Você começa a descobrir acampamentos e coloca itens neles para que campistas apareçam em seu parque. Uma fogueira aqui, uma tenda ali, quem sabe até uma churrasqueira, e para isso deve buscar materiais pela ilha, como madeira, ferro, tecido e até vaga-lumes a noite. Assim você começa a desbravar e conhecer sua ilha, descobrir lugares divertidos e mistérios do lugar e fazer amizade com o mais variado tipo de animais antropomórficos que podem aparecer por ali.
Você conhece campistas, descobre o que é necessário colocar a mais no acampamento e assim vai deixando a vida deles mais tranquila e bem recheada por ali. As vezes você até pode ganhar missões secundárias desses visitantes o que é bem interessante e poderia até ser mais explorado. Claro que não há como comparar a inteligência artificial implantada em um título Triple A como Animal Crossing a um jogo indie feito por um desenvolvedor que custa apenas R$24,00, mas no que o jogo se propões ele faz muito bem. Traz personalidades interessantes, personagens carismáticos e missões que você tem vontade que não acabem.
A ilha de Haven Park está muito bem trabalhada, a arte escolhida e o desfoque em certas áreas de foco trazem um sentimento daqueles vídeos de tilt-shift em que cidades reais são filmadas para parecerem modelos em miniatura. É uma ideia muito interessante que as vezes atrapalha pela câmera travada, já que algumas encostas e morros podem encobrir sua visão e você não consegue mexer, mas no geral é uma estática muito bem feita.
A ambientação também está incrível, os sons do parque, a música, é realmente um jogo que te leva a um lugar diferente, relaxante, e ao mesmo tempo cheio de aventura, com pássaros cantando, vale muito a pena jogar com fones, inclusive. E o ritmo do jogo leva isso muito em consideração, é uma aventura de exploração não só de gerenciamento, a ilha é grande e seu único meio de locomoção são suas pequenas patinhas (isso só até o fim do jogo, mas não vou estragar a história aqui). Então tudo parece muito demorado e apreciativo.
Claro que isso por vezes se torna um “contra” do jogo, pois por vezes cansa ter que ficar andando tanto entre um acampamento e outro, entre um ponto do mapa e outro para missões, mas no fim a jornada vale, mesmo com um ritmo que por vezes te tira da ambientação. As interações também as vezes te tiram dessa imersão ao jogo, já que são bastante limitadas.
Pacífica Ilha
De ilhas para cuidar já conhecemos algumas. Mas Haven Park é um pouco diferente, com uma ambientação incrível, arte e trilhas perfeitas e um precinho para lá de camarada, cuidar desse parque, conhecer seus visitantes, descobrir segredos e tesouros e andar por todo esse caminho nessa jornada é muito divertido, mesmo que por vezes o jogo pareça se arrastar e com interações e gameplay limitadas ainda assim esse parque ficará guardado na memória. Obrigado Flint.
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[Nota do Editor: Haven Park foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Mooneye Studios.]
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