Bom dia Gamers!
Tudo bom com vocês ? Espero que sim 🙂
Hoje juntamente com o Léo Gadioli (Nerd Nintendista, que eu tive o prazer de entrevistar) venho publicar uma matéria até então inédita nos portais Nintendistas. Hoje o tema será a franquia Ogre Battle!
O Léo realizou uma pesquisa impecável e tenho certeza de que vocês descobrirão muitos fatos interessantes sobre essa franquia tão interessante.
Vem com a gente!
Ogre Battle (Oga Batoru) ,por vezes referido como Ogre Battle Saga, é uma das séries de RPG Tático mais importantes e tradicionais da história dos videogames, a saga conta com cinco jogos que misturam RPG e estratégia em tempo real, a maior parte dos jogos foram publicados pela Atlus e desenvolvidos pela quest, através da desenvolvedora, Quest nos anos 90, e é atualmente propriedade de Square Enix através da aquisição da Quest. Além dos 5 games originais que vou abordar nesse vídeo, a saga também conta com um remaster.
1º: Ogre Battle: The March of the Black Queen – 1993 Super Famicom / Super Nintendo
Tudo começou no super Nintendo e super famicom, com o lançamento de Ogre Battle: The March of the Black Queen, que foi lançado em 1993 no Japão e dois anos depois na América do Norte. O título era um RPG de estratégia em tempo real, uma mistura que de gêneros que deu muito certo em consoles domésticos. Toda a saga é ambientada em um mundo de fantasia medieval, ponto que ajudava a mesclar o melhor do universo de estratégia em tempo real com RPG medieval, que eram os mais populares na década de 90, principalmente por conta de Final Fantasy e Dragon Quest.
Ogre Battle mistura elementos de jogos de estratégia em tempo real com o desenvolvimento de personagem e combate de um RPG. O jogo é baseado em batalhas nas quais o jogador implanta unidades para lutar contra os inimigos e libertar cidades e templos ocupados. Uma variedade de tipos de personagens podem ser recrutados, variando de comuns a raros, muitos dos quais podem mudar de classe com pontos de experiência.
A história conta que vinte e cinco anos antes do início do jogo, a Imperatriz Endora conquistou o continente de Zetegenia. Durante seu reinado, uma organização de resistência chamada Exército de Libertação se forma para libertar o continente de seu governo.
No início do jogo definimos o nome e as características do personagem principal respondendo uma série de perguntas enquanto escolhemos cartas de Tarot, algo que se tornbou característico na série desde então, depois disso assumimos o comando do Exército de Libertação.
2º: Tactics Ogre: Let Us Cling Together – 1995 Super Famicom
Alguns anos depois, foi lançado o segundo jogo da série, Tactics Ogre: Let Us Cling Together que foi lançado em 1995, exclusivamente para o Super Famicom no Japão. O game tinha uma proposta muito similar ao primeiro jogo e seguia os padrões de história e diálogos, porém a jogabilidade era totalmente diferente, Tactics Ogre foi um dos primeiros RPGs táticos baseado em turnos que fazia uso de gráficos isométricos, na verdade eu nem consigo lembrar de algum que tenha vindo antes dele, acredito que por conta disso o título é amplamente considerado como “excepcionalmente influente” no gênero, já que por mais que a franquia Fire Emblem já fosse conhecida, ela apresentava uma jogabilidade totalmente diferente do que foi visto em Tactics Ogre.
O plot mostra a história da terra de Valeria que é repleta de conflitos. Por mais de 80 anos, guerras e disputas foram travadas em seus territórios. Três principais grupos étnicos lutavam entre si: os Gargastan, que representa a maior parte da população de Valeria e sofria com vários conflitos e intrigas internas; os Bacrumese, conhecidos como a elite desse mundo e os Walstanian, minoria oprimida pelas outras duas facções. Um rei chamado Rodrick, com a ajuda de poderes que supostamente foram obtidos no inferno, dominava Valeria com dureza e crueldade. Até que o Lord Dolgare derrotou o Rei Rodrick e governou Valeria com justiça, porém, após o assassinato dele e de toda a sua família, o povo Walstanian foi massacrado, assim somos apresentados a Denim Powell, Kachua Powell e Vice Bozeg que são alguns sobreviventes que buscam vingança.
Tactics Ogre: Let Us Cling Together, assim como o primeiro jogo, foi muito bem recebido, sendo lançado posteriormente para o Sega Saturno em 1996, para o Playstation em 1997, para o Wii em 2009 e até mesmo chegou a receber um Remake para PSP em 2010. Em março de 2006, os leitores da revista japonesa Famitsu elegeram o game como o sétimo lugar entre seus 100 jogos favoritos de todos os tempos.
Após o lançamento do game no super famicom os outros jogos da série, principalmente os que chegaram nos Estados Unidos, tinham a jogabilidade tradicional, baseada em estratégia em tempo real e talvez por isso, o jogo de RPG tático mais conhecido por aqui seja o Final Fantasy Tactics, o que pouca gente sabe é que Final Fantasy Tactics, assim como Vagrant Story e Final Fantasy XII, são criações de Yasumi Matsuno, que é o criador da Saga Ogre Battle e é reconhecido na indústria como um dos pais dos RPGs Táticos.
A História do Criador Yasumi Matsuno
Para entendermos um pouco mais da história da Saga Ogre Battle e sobre o mundo dos RPG’s Táticos, eu preciso primeiro falar brevemente sobre a história de Yasumi Matsuno, que na minha opinião é um dos maiores gênios da indústria de Games, mas que infelizmente é pouco conhecido fora do japão.
Assim como Shigeru Miyamoto, Matsuno cresceu em uma área rural do japão, onde seu único entretenimento preferido eram filmes, televisão e livros. Seus hobbies incluíam fazer dioramas, que são apresentações artísticas tridimensionais, de maneira muito realista, de cenas da vida real para exposição, algo que se assemelha muito a uma maquete escolar. Ele gostava particularmente dos dioramas da Segunda Guerra Mundial, que era seu tema favorito dos filmes e livros. Conhecer essa parte da história de Matsuno nos faz entender como ele se inspirou em criar RPGs Táticos no futuro.
Assim como a maioria dos jovens japoneses de sua época, sua introdução aos videogames começou Space Invaders e Xevious nos fliperamas enquanto esperava o trem, e assim como todo grande fã de RPG, The Legend of Zelda e Dragon Quest do FAMICOM estavam entre seus jogos favoritos. Ele frequentou a Universidade Hosei para política externa, mas desistiu após três anos. Pouco tempo depois, ele encontrou trabalho como repórter econômico, mmas ele sentia que aquilo não era o que ele queria para sua vida, assim, em 1989, Matsuno deixou seu emprego como repórter para trabalhar na Quest Corporation, onde poderia usar toda a imaginação que usava nos dioramas que criava na infância desenvolvendo jogos de RPG. A grande criação de Matsumo, que trouxe fama internacional a Quest Corporation aconteceu em 1993, quando ele atuou como diretor de Ogre Battle: The March of the Black Queen para a Super Famicom . Uma curiosidade legal é que o subtítulo da série foi inspirado na paixão pela banda Queen, mais especificamente no segundo albúm da banda que continham as duas canções que deram nome ao jogo, uma chamada’ Ogre Battle ‘ e outra chamada ‘ The March Of The Black Queen ‘. Até mesmo o Mar de Rhyan, um dos estágios no mundo de Ogre Battle, foi inspirada na música ” Seven Seas de Rhye ” desse mesmo albúm.
Como eu já citei no começo do vídeo, o próximo jogo de Matsuno foi Tactics Ogre: Let Us Cling Together , que bebia muito da fonte do primeiro jogo, mantendo a identidade visual nos menus, uma trilha sonora similar e gráficos com sprites e criação de personagens similares ao que vimos no primeiro jogo, porém aqui, vimos uma narrativa política sombria, comn uma história mais aprofundada, girando em torno da realidade da guerra foi inspirada pelas experiências profissionas de Matsuno antes de entrar na Quest e também no fascínio que ele tinha pela história da segunda guerra, mais especificamente sobre os eventos que se desenrolaram durante as Guerras Iugoslavas no início dos anos 1990, incluindo o Genocídio da Bósnia .
Depois do sucesso de Tactics Ogre, ainda em 1995, Matsuno juntou-se à Square após sair do Quest, que acabou sendo adquirida pela Square sete anos mais tarde, no ano de 2002, no final das contas ele acabou passando a assumir uma equipe com projetos mais ambiciosos na square e um desses projetos foi desenvolver um RPG tático de final fantasy nos mesmos moldes do sucesso de Tactics Ogre, e foi assim que Matsuno dirigiu e escreveu Final Fantasy Tactics para o PlayStation 1 .
Semelhante em design e jogabilidade a Tactics Ogre mas contando com os elementos característicos da franquia final fantasy e contando com o hardware mais robusto do ps1 que permitiu implementar cenários com rotação de câmera e efeitos e cenas em computação gráfica que eram lindos para a época, o jogo foi rapidamente reconhecido como um dos melhores jogos de RPG do Playstation 1, porque além de tudo que oferecia, também contava com uma história altamente intrincada, assim como os games anteriores de Matsuno.
Após o lançamento do jogo, Matsuno e sua equipe começaram o desenvolvimento do Vagrant Story , que foi outro grande sucesso, e mais tarde atuou como produtor de Final Fantasy Tactics Advance para Game Boy Advance.
Em 2001, Matsuno dirigiu Final Fantasy XII junto com Hiroyuki Ito. Ele veio com o conceito original e o enredo do jogo. Matsuno supostamente foi temperamental e se recusou a vir trabalhar por um mês depois que parte da equipe de Final Fantasy XII deixou a Square Enix para se juntar à nova empresa Mistwalker de Hironobu Sakaguchi, que é o criador da série Final Fantasy. Se você acompanha os consoles da Nintendo, deve lembrar que A mistwalker foi a empresa que desenvolveu The Last Story para o Wii. Esse foi o começo do descontentamento de Matsumo com a Square e em agosto de 2005, foi oficialmente anunciado que ele havia deixado seu cargo no projeto devido a uma doença prolongada.
Apesar do seu estado de saúde ter sido o motivo alegado para que ele abandonasse a square, em 2006, Matsuno expressou seu interesse pelo Nintendo wii, e por conta desse interesse foi abordado por seu amigo, o produtor de PlatinumGames, Atsushi Inaba , para trabalhar no cenário para o jogo MadWorld para Wii , onde acabou desenvolvendo o cenário, a história e o roteiro.
3º: Ogre Battle 64 Person of Lordly Caliber – 1999 Nintendo 64
Depois que Matsuno saia da Quest no final de 1995, a franquia Ogre Battle passou a ser dirigida por Tatsuya Azeyagi, que foi o principal programador de dos jogos da franquia no super Nintendo, sendo convidado então como a pessoa mais capaz de criar um novo jogo de Ogre Battle, dessa vez no formato de um jogo exclusivo para o Nintendo 64. E essa foi uma das melhores decisões da Quest, uma vez que Tatsuya usou toda sua experiência como programador para usar o máximo do hardware do Nintendo 64, criando um dos melhores jogos do console, que até hoje é considerado muito a frente do seu tempo, sendo um dos jogos que melhor envelheceu na biblioteca do Nintendo 64, a maior prova disso é que o jogo mais tarde foi lançado para o Wii e para o Wii U através do virtual console.
Antes de começar a falar desse jogo, eu quero dizer que esse é um dos meus jogos favoritos e muito possivelmente é o melhor jogo de RPG que eu já joguei na vida, e isso faz com que eu seja zero porcento imparcial na hora de destacar as qualidades desse jogo, desde a sua história com possibilidade de múltiplos finais até sua mecânica perfeita e seus gráficos incríveis.
A história do jogo, escrita por Tomokazu Momota, segue Magnus Gallant, um graduado recente da Academia Militar de Ischka e capitão novato na região sul de Palatinus, Alba. Com a erupção da guerra civil no país, Magnus finalmente decide se juntar à revolução com seu líder, Frederick Raskin, primeiro libertando a região sul com a ajuda dos zenobianos, depois Nirdam e se unindo a eles, retornando então a região oriental de Capitrium aos ortodoxos igreja e, finalmente, marchando sobre a capital do Lácio. No entanto, ao longo do caminho, o batalhão de Magnus, os Cavaleiros Azuis, encontra mudanças de perspectiva de acordo com as escolhas que fazemos no jogo, dessa forma podemos enfrentar os fantoches do reino corrupto de Palatinus, conhecendo a podridão que envolve o poder do Império Sagrado de Lodis, e até às Hordas Negras do Mundo Inferior.
Existem três Finais possíveis determinados pelo Quadro do Caos do jogador, e dentro desses finais estão pequenas variações de cena dependendo dos personagens que se juntaram ao seu exército e das escolhas que você tomou durante o jogo.
Ogre Battle 64 segue o padrão de RPG de estratégia em tempo real com importantes adições nas mecânicas e na jogabilidade . Magnus, o protagonista, comanda um batalhão de até 50 soldados. Os membros do batalhão são divididos em unidades pelo jogador. Cada unidade deve consistir de um líder. Qualquer personagem pode ser apelidado de líder, exceto a maioria das entidades não-humanas, soldados e classes básicas como o Lutador ou Amazonas. Górgonas e Saturos são as principais exceções a esta regra. Cada unidade, incluindo o líder, tem no máximo cinco membros. As unidades são usadas para combater as unidades inimigas, que seguem a mesma formação estrutural.
O sistema de batalha segue o padrão do primeiro jogo, quando duas unidades se encontram, ocorre um confronto e o jogo muda para uma visão isométrica do campo de batalha pré-renderizado. Os personagens fazem seus ataques em tempo semi-real, o que significa que vários personagens agem ao mesmo tempo de acordo com a estratégia de ataque definida para cada grupo antes do combate.
Uma das marcas registradas da série é o sistema de classes. Cada personagem pertence a uma determinada classe, e a grande maioria pode ser alterada para diferentes classes e são as classes que determinam os tipos de ataques que o personagem pode usar na batalha e qual equipamento ele pode carregar. Muitas classes são mais eficientes em certas posições de uma unidade e nós podemos mexer nas formações do grupo para definir onde colocar cada classe, por exemplo: Um mago pode atacar 2 vezes se estiver na parte de tras do grupo usando o ataque y, mas se colocarmos o mago na frente ele pode atacar apenas uma vez usando um ataque x. Todas as classes são divididas em 3 grupos principais: masculino, feminino e não humano, que envolve classes como amazonas, cavaleiros, magos, fadas, dragões, ninjas, clérigos, ogros, golens, zumbis, lobisomens, vampiros e muitos outros, somando aproximadamente 70 classes, o que é algo fascinante para um jogo de Nintendo 64 que não é muito reconhecido por ter bons RPGs em sua biblioteca.
Mas, como a Quest conseguiu desenvolver um jogo tão complexo e completo, com tanto conteúdo, belos gráficos e história extensa para o Nintendo 64, apesar das limitações do console que afastaram tantos outros grandes títulos de RPG de chegar ao Nintendo 64?
Enquanto Matsuno e sua equipe que acabara de sair da Quest para trabalhar em Final Fantasy Tactics, que acabou sendo um sucessor espiritual de Tactics Ogre, Tatsuya Azeyagi reuniu as melhores mentes que restaram na Quest para criar o game de suas vidas.
A produção do jogo para o Nintendo 64 começou pouco antes da saída de Matsuno da Quest, ponto em que era conhecido apenas como Ogre Battle Saga . Durante esta fase, os desenvolvedores estavam debatendo se o lançariam como um cartucho padrão, como um título para o 64DD, ou Nintendo 64 Disk Drive, ou Nintendo 64 Dynamic Drive que era um add on que era plugado na parte inferior do Nintendo 64 permitindo usar discos magnéticos para aumentar a capacidade de armazenamento de dados. Embora aparentemente planejado para o 64DD, mais tarde ele se tornou um jogo baseado em cartucho padrão, que foi uma decisão inteligente da Quest, já que o N64 DD foi um dos maiores fracassos comerciais da história da Nintendo. NO final das contas o jogo foi usou um dos maiores cartuchos de N64, contendo incríveis 320 megabits. Também foi o primeiro e único jogo da série a usar gráficos 3D.
O jogo foi anunciado em abril de 1997 como Ogre Battle 3 , com uma data de conclusão planejada para março de 1998. Originalmente planejado para ser lançado com esse título, em junho de 1999 o jogo foi oficialmente renomeado para Ogre Battle 64 . A Quest também anunciou que a Nintendo atuaria como a editora do jogo, permitindo um maior escopo de marketing. Na América do Norte, o jogo foi localizado e publicado pela Atlus USA. Ao traduzi-lo, a equipe decidiu manter alguns dos elementos mais maduros, como palavrões, querendo permanecer fiel ao original japonês e apontar o título para um público mais velho do que o normal para a plataforma. A localização começou no jogo em dezembro de 1999. Trazendo melhorias se comparado com a versão japonesa do jogo, uma vez que a versão ocidental adicionou a capacidade de salvar em um Controller Pak, que é aquele cartucho de memória do Nintendo 64. A versão ocidental foi vendida em quantidades limitadas, um fato atribuído à falta de chips fabricados no cartucho do jogo que o tornava jogável, o que faz do meu cartuchinho ainda mais raro e precioso.
O jogo foi bem recebido pela crítica e tido como uma surpresa positiva que ajudou a equilibrar a falta de títulos de RPG no Nintendo 64. Ele recebeu uma nota 9,1 da GameSpot e nota 9 pela IGN , e foi classificado como o 111º melhor jogo feito em um console Nintendo na lista dos 200 melhores jogos da Nintendo Power.
No Japão, a Famitsu revista marcou o jogo a 33 de 40. Ele ganhou o GameSpot ‘ ‘Melhor Jogo de Estratégia’ e foi nomeado em ‘Melhor Jogo da categoria para consoles daquele ano.
Ogre Battle 64 foi o último jogo da série lançado para consoles de mesa o que faz com que ele seja considerado por muitos como o game definitivo da série, contudo, depois de seu lançamento a franquia ainda recebeu mais dois jogos para videogames portáteis.
Legend of Ogre Battle Gaiden: Prince of Zenobia – 2000 – Neo Geo Pocket
O primeiro deles foi Legend of Ogre Battle Gaiden: Prince of Zenobia que foi desenvolvido pela SNK em parceria com a Quest e lançado exclusivamente no Japão em 22 de junho de 2000 para o Neo Geo Pocket Color, que era o principal concorrente do Game Boy Color no Japão. Esse é atualmente o único jogo de Ogre Battle que não recebeu tradução do Japonês, já que o Neo Geo Pocket Color foi descontinuado em 2001 fazendo com que o jogo não recebesse a chance de chegar ao ocidente.
O jogo serve como história paralela para Ogre Battle: March of the Black Queen, , ocorrendo ao mesmo tempo e seguindo a busca do Príncipe Tristão – que também aparece no jogo de Super Nintendo.
Com exceção de algumas novas áreas e classes de personagens, Legend of the Zenobia Prince é quase idêntico a March of the Black Queen em aparência e jogabilidade e apresenta uma história bem curta se comparada com os outros jogos, até porque ele foi desenvolvido para um portátil.Tactics Ogre: Knights of Lodis 2001 – Game Boy Advance
No mesmo ano em que o Neo Geo Pocket Color foi descontinuado, o Game Boy Advance ganhou um título da Saga Ogre Battle para chamar de seu, seguindo a mesma jogabilidade do primeiro Tactics Ogre de Super Famicom, o Tactics Ogre: Knights of Lodis foi lançado para o Game boy Advance em junho de 2001 pela Nintendo no japão, chegando um ano depois ao ocidente com lançamento da Atlus em maio de 2002.
Na cronologia da saga Ogre Battle, Knight of Lodis é uma sequência direta de Tactics Ogre: Let Us Cling Together, que se passa 23 anos antes dos eventos do jogo, sendo também anterior ao primeiro jogo da Ogre Battle Saga, Ogre Battle: The March of the Black Queen.
O jogo foi dirigido por Yuichi Murasawa, que dirigiu Final Fantasy Tactics Advance (GBA) e Final Fantasy Tactics A2 Grimore of Rift (Nintendo DS), trabalhou como programadora em Ogre Battle 64, fez o design de sistema do menu do primeiro Tactics Ogre.
O enredo conta a história de Ovis que é uma nação oprimida brutalmente pelo império Lodis. Alphonse Loeher, nosso personagem principal é um cavaleiro da unidade militar de Rictor Lasanti , a Ordem da Chama Sagrada , e é enviado a Ovis. Quando mais tarde ele é separado das forças principais, ele conhece Eleanor Olato e Ivanna Batraal , duas moradoras de quem ele eventualmente descobre a verdade sobre os horríveis eventos que ocorrem em Ovis.
O jogo segue a linha dos games anteriores onde nossas decisões influenciam diretamente no rumo da história, ou seja, a escolha do jogador afetará significativamente todos os elementos da trama que se seguem.
Existem quatro finais diferentes que são possíveis no jogo (cinco se você contar o cenário Game Over, que é ganho ao perder para o chefe final, e apresenta uma história de desfecho.
A jogabilidade e a mecânica do jogo são bastante fiéis ao Tactics Ogre de Super Nintendo, contudo o jogo apresenta algumas melhorias no sistema de combate, além de novas classes que foram incluídas durante a evolução da série, incluindo inclusive a possibilidade de ter até 32 personagens jogáveis.
A revista Famitsu pontuou o jogo em 34 de 40 no lançamento, com pontuações individuais de 9, 8, 9 e 8. A GameSpot nomeou Tactics Ogre o segundo melhor jogo de maio de 2002, e venceu os prêmios anuais de “Melhor História”, “Melhor Jogo de RPG” e “Jogo do Ano” da publicação entre os jogos Game Boy Advance.
Tactics Ogre: let us cling together Remaster – 2010 PSP
Mesmo recebendo ótimas notas com Knights of Lodis a série Ogre Battle ficou basicamente esquecida até o ano de 2010, quando Tactics Ogre: let us cling together recebeu um remaster para PSP que é basicamente um Remake, já que conta com gráficos melhores e novas funcionalidades que facilitam a gameplay, ele chegou no final da vida do portátil que foi lançado em 2004.
A Square aproveitou o PSP para dar nova vida a vários jogos, antes de lançar o essa versão de Tactics Ogre, 16 anos depois do seu lançamento original, ela já havia levado Final Fantasy Tactics para o console. O remaster trouxe uma melhor resolução e adaptou a dificuldade para ficar mais acessível, uma vez que o game original era muito difícil, eu mesmo passei horas e horas de raiva jogando no super Nintendo uma versão traduzida por fãs para o inglês.
A melhor das adições dessa versão é sem dúvida, o Chariot System, um recurso pelo qual o jogador retorna até 50 rodadas e pode alterar todo o rumo da luta, e acreditem, isso ajuda muito a não perder personagens, já que se um personagem morre em batalha, ele morre para todo o sempre.
Infelizmente, desde então a série tem estado no limbo, deixando os fãs da série Ogre Battle órfãos dessa maravilhosa saga. Em 2019, Yasumi Matsuno disse em uma entrevista ao site Dengeki Online que gostaria de trabalhar em novos jogos de Final Fantasy Tactics e Ogre Battle. Na ocasião, Matsumo também comentou sobre os jogos de Final Fantasy que se passam em Ivalice que fazem referência aos jogos de Ogre Battle, como em Final Fantasy XII quando a Fran menciona o Chaos Gate de Ogre Battle, no entanto ele explica que isso é apenas uma “meta-referência”, evidenciando que para ele Ogre Battle e os Final Fantasy de Ivalice fazem parte da mesma meta Saga.
Essa entrevista foi basicamente a última vez que eu ouvi falar de Ogre Battle na internet, ainda assim, meu coração de fã continua com esperanças de receber um novo jogo da Saga, principalmente depois de saber que o novo jogo tático da Square, o Project Triangle Strategy, que será exclusivo do Nintendo Switch, está contando com a participação de Matsuno em seu desenvolvimento.
UFA!!!!!!!
Foi praticamente um detonado, não foi? kkkk
Novamente gostaria de agradecer essa parceria com o Léo Gadioli. Para quem ainda não conferiu a entrevista com esse Nintendista raiz, vou deixar o link no final da matéria.
Obrigado a todos e se cuidem!
Até a próxima!!!!!!!!
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