Uma notícia publicada ontem na rede social X causou grande repercussão na comunidade gamer ao afirmar que a Nintendo estaria atuando em conjunto com o governo japonês para combater o uso de IA generativa. A informação surgiu a partir de uma postagem de Satoshi Asano, membro da Câmara dos Representantes pelo Partido Democrático para o Povo do Japão, e rapidamente se espalhou pela internet.
Na publicação, Asano destacou a importância de proteger os direitos de criadores diante do avanço da inteligência artificial e citou a Nintendo como exemplo, alegando que a companhia “evita usar IA generativa para proteger sua propriedade intelectual e também está se engajando em atividades de lobby junto ao governo”.
O político também mencionou outros casos recentes de embates envolvendo IA, como o processo do jornal japonês Yomiuri Shimbun contra a Perplexity AI em 2025, bem como ações similares movidas por Nikkei Shimbun e Asahi Shimbun. No exterior, exemplos incluem o processo do New York Times contra a OpenAI e da Getty Images contra a Stability AI.
Asano ainda citou iniciativas do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, que publicou um guia de boas práticas para uso de IA generativa na criação de conteúdo, recomendando verificações de similaridade com obras protegidas por direitos autorais.
Resposta oficial da Nintendo
Diante da repercussão, a Nintendo emitiu um comunicado oficial negando qualquer envolvimento em atividades de lobby relacionadas à questão:
Ao contrário de discussões recentes na internet, a Nintendo não teve nenhum contato com o governo japonês sobre IA generativa. Independentemente de a IA generativa estar envolvida ou não, continuaremos a tomar as medidas necessárias contra a violação de nossos direitos de propriedade intelectual.
Assim, a empresa reforça sua postura de proteger sua propriedade intelectual, mas rejeita a ideia de participação em movimentações políticas sobre o tema.
O que é IA generativa?
A Inteligência Artificial generativa é um ramo da IA capaz de criar novos conteúdos, como textos, imagens, músicas, vídeos e até códigos de programação, a partir de grandes quantidades de dados previamente analisados. Em vez de apenas classificar ou reconhecer informações, esses sistemas “geram” algo novo, simulando a criatividade humana.
Ferramentas como ChatGPT, MidJourney e Stable Diffusion são exemplos conhecidos de IA generativa, que vêm sendo amplamente usadas tanto em ambientes profissionais quanto por criadores independentes. Porém, seu crescimento também trouxe debates éticos e legais, principalmente no que diz respeito ao uso de material protegido por direitos autorais para treinar esses sistemas.
