O lançamento surpresa de The Elder Scrolls V: Skyrim Anniversary Edition para o Nintendo Switch 2 gerou grande animação nos fãs, mas acabou sendo mais conturbado do que a Bethesda provavelmente imaginava. Apesar de o jogo chegar ao novo console da Nintendo com melhorias visuais alinhadas às versões de PlayStation 5, um problema grave rapidamente chamou a atenção da comunidade: um input lag extremamente elevado, considerado pior do que o visto no Switch original.
Diante da repercussão negativa, a Bethesda lançou rapidamente o patch 1.7.73.0, prometendo corrigir a latência nos comandos. E de acordo com testes técnicos realizados pela Digital Foundry, o novo patch reduz significativamente o atraso nos comandos, aproximando o desempenho do Switch 2 daquele observado no Switch original, que nunca foi exemplar nesse aspecto, mas era funcional o suficiente para passar despercebido por muitos jogadores desde 2017. E, de fato, a atualização cumpre parte do que promete, mas segundo a Digital Foundry, o ajuste trouxe também efeitos colaterais importantes.
Nos testes de latência:
O tempo de resposta do botão de pulo caiu de cerca de 294 ms para 224 ms
O atraso no analógico foi reduzido de aproximadamente 238 ms para 144 ms
Na prática, isso faz com que o jogo deixe de parecer “pesado” ou atrasado demais ao controlar o personagem, resolvendo um dos maiores problemas relatados desde o lançamento.
Ainda assim, o Switch 2 continua bem atrás do PlayStation 5, cuja versão apresenta tempos de resposta consideravelmente menores.

Frame rate destravado cria novo gargalo
O ponto mais controverso do patch, porém, está em uma mudança que não foi amplamente comunicada: a Bethesda optou por destravar o frame rate, removendo o limite fixo de 30 FPS que existia anteriormente.
No papel, isso parece uma boa notícia. Na prática, segundo a Digital Foundry, o jogo não consegue sustentar taxas próximas de 60 FPS na maior parte do tempo. O resultado é um desempenho que oscila geralmente entre 30 e 34 FPS, com constantes variações no tempo de cada frame.
Isso gera um problema conhecido como frame pacing irregular, com o jogo alternando entre frames de 33,3 ms e 16,7 ms, causando uma sensação de imagem “trêmula” — especialmente no modo dock.
Curiosamente, o Skyrim do Switch original, mesmo com input lag maior, apresenta uma experiência mais estável nesse aspecto por manter o frame rate rigidamente travado em 30 FPS.

60 FPS só em situações muito específicas
A Digital Foundry também confirmou que o jogo pode atingir 60 FPS no Switch 2, mas apenas em cenários extremamente leves, como ao olhar para o teto de uma dungeon ou para o céu, sem muitos elementos geométricos na tela.
Em situações normais de gameplay, especialmente em áreas abertas ou com maior densidade visual, o desempenho retorna rapidamente à casa dos 30 FPS — agora com oscilações que não existiam antes do patch.
Outros problemas visuais continuam
Além disso, a atualização não corrige outros bugs gráficos já identificados:
Trocas bruscas e azuladas de LOD (nível de detalhe)
Instabilidades em reflexos por screen-space reflection (SSR)
Ausência de suporte ao VRR no modo portátil, mesmo sendo um recurso opcional do Switch 2
Segundo a Digital Foundry, o patch se limita basicamente a reduzir o input lag e alterar o limite de frame rate, sem abordar essas falhas adicionais.
Avanço necessário, mas longe do ideal
Em resumo, o patch 1.7.73.0 representa um passo importante para tornar Skyrim jogável no Nintendo Switch 2, especialmente no que diz respeito à resposta dos controles. No entanto, a decisão de destravar o frame rate sem otimizações suficientes acaba criando uma nova camada de problemas, principalmente para quem joga no modo dock.
Por enquanto, a versão de Switch 2 entrega visuais superiores ao Switch original, mas ainda carece do refinamento técnico esperado de um relançamento em hardware mais poderoso, algo que a comunidade agora espera ver corrigido em futuras atualizações.














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