Olá. Tudo bem? Você gostaria de ouvir a palavra de Arceus e sua lenda? Não? Deveria, pois até alguém como eu que não jogou os jogos antigos de Pokémon (exceto Stadium e Colisseum) teve que se curvar as boas novas trazidas por esse jogo cheio de “antigas novidades”. Não tem nada em Pokémon Legends Arceus (pelo menos não nessas primeiras 72 horas de jogo) que seja inovador e revolucionário com relação aos jogos em geral, porém dentro da franquia Pokémon essa brisa de “renovação” trouxe algo realmente empolgante.
E de fato, não há nada de novo em mundo aberto, coletar alimentos e criar suas pokebolas com materiais encontrados pelo mundo são coisas existentes em vários jogos e já sabemos bem como isso funciona. Encontrar com Pokémons em seus habitats naturais e batalhar para captura-los é a alma da franquia. NPCs onipresentes e com quests das mais aleatórias também não acrescenta nada nessa panela. Então, afinal contas qual a razão de eu ter me empolgado tanto e não conseguir parar de jogar Arceus?
Difícil resumir em apenas um ou dois aspectos o quão satisfatório é poder correr por diversos ambientes, enfrentar diretamente Pokémons selvagens, sofrer dano e muitas, muitas mas muitas vezes ter que sair correndo pra recuperar suas forças e não perder recursos que foram muito complicados de se coletar. Batalhar com um Alfa selvagem até conseguir captura-lo é uma sacada tão genial que colocou muitos “mini-bosses” em todas as regiões, fato que dá ao treinador livre escolha de quais Pokémons quer enfrentar e quais prefere apenas observar ou capturar no futuro. Poder usar um Alfa em batalha faz toda a diferença. Acredite.
É tudo perfeito? Não é não. Algumas coisas que me incomodaram: ficar totalmente indefeso ao utilizar todos os seus parceiros em batalha. Poderiam ter colocado algum tipo de defesa, além da esquiva, ou algum doce que afastasse o Pokémon pra que pudéssemos fugir. A pouca variedade de Pokémons nas “time rifts” (bolhas temporais), afinal seria a oportunidade perfeita de capturar Pokémons de diversas regiões/eras ou apenas coloca-los na pokedex. E por fim, não é uma coisa que não gostei mas sim um desejo que tivéssemos nosso primeiro Pokémon andando do nosso lado, ou algum outro que fosse da nossa escolha. Seria bem divertido.
Não posso deixar de mencionar que montar nos Pokémons Lendários na terra, água e nos ares não é inovador, porém é legal demais. A alternância automática também é uma sacada de gênio que aumenta a fluidez e dinâmica do jogo. Legal demais. Assim como as opções de evolução e costumização, “quests” diversificadas e história bem amarrada. É muito fácil passar horas correndo pra cima e pra baixo caçando e fuçando novos recursos e companheiros. E olha que eu não tenho mais paciência pra esse tipo de coisa em jogos a muito tempo, tanto que já zerei o jogo e não faço questão de ir atrás de “quests” que não fiz e “shinnies” (eu nem sabia que isso existia), todavia me vejo preso nesse mundo de batalhas épicas e nostalgia “pokemonica” sem fim que me obriga a achar meu querido Charizard de qualquer forma. Gotta catch’em all!
A inspiração em BOTW trouxe esse folego novo pra uma franquia muito criticada por ser sempre mais do mesmo e como um fã de novas ideias mesmo elas sendo velhas aplaudo de pé tudo que Legends Arceus tem de bom e de ruim. Só espero que saibam manter o jogo vivo e dar aos jogadores novas e velhas formas de continuar se divertindo. Afinal, está muito claro que ARCEUS É O CAMINHO!
Até semana que vem. Fiquem bem.
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