Para falar a verdade sou bem novo quando se trata de JRPGs e um dos primeiros que comecei foi justamente a versão antiga de Shin Megami Tensei, conseguindo fazer toda a campanha na época do lançamento. Não lembro mais muito bem de todo o jogo, o que achei bom para aproveitar essa nova rota, caso eu escolhesse o mesmo rumo e ter uma nova percepção. Mas acabei escolhendo o caminho da vingança. Segundo meu guia de JRPGs, a Atlus gosta desses temas sombrios em seus jogos. Da franquia se derivou a série Persona, que é outra obra prima.
Em SMT V Vengeance nos é colocado no papel de um garoto que é transportado para uma Tóquio devastada e cheia de demônios e criaturas das mais diversas, onde muitas podem se tornar nossas aliadas. No jogo, nosso protagonista se funde a um ser misterioso e passamos a nos chamar de Nahobino e a partir deste ponto temos como enfrentar nosso destino com poder e seguir em frente.
Shin Megami Tensei V já foi lançado anteriormente, mas esta versão Vengeance conta com um novo caminho. Você pode escolhê-lo e trilhar uma história totalmente diferente do que o jogo original oferecia ou pode optar pelo tradicional caminho da Criação. No novo caminho você se alia aos anjos caídos para uma vingança, mas todos os caminhos exigem escolhas difíceis com personagens característicos e você terá que decidir pelo que você acha justo.
O game começa da mesma forma que o lançamento original, mas poucos minutos depois do início da trama, as coisas divergem para um território novo. Em uma sequência de sonho bizarra, você é apresentado à forma espectral de uma jovem mulher enquanto uma voz lhe diz que ela “não pode existir” e lhe oferece uma escolha. Se você deixá-la lá, o destino do mundo continuará como foi planejado, mas se você escolher pegar a mão dela, ela se tornará real, e o mundo será colocado em um caminho não planejado. Praticamente é aqui que você escolhe ir pelo Canon da Criação, que é o jogo original; ou o Canon da Vingança, que é o conteúdo novo do jogo.
Visualmente, no entanto, Vengeance parece similar ao original; os ambientes e modelos de personagens não têm o tipo de detalhe intrincado que você pode estar acostumado a ver em consoles de geração atual. Ainda assim, o que o novo não não tem em ultra-detalhes, ele mais do que compensa em design de arte impressionante, enchendo o mundo com belos anjos e deusas, vis crias demoníacas do inferno e uma mistura de terras devastadas manchadas e construções misteriosas e sobrenaturais. É emocionante ver como as coisas acontecem de forma diferente e como essas mudanças reverberam na história ao longo do tempo, mas mesmo assim, demora um pouco para a história de Vengeance realmente divergir do original. A nova mecânica de convidado também ajuda a presença dos outros personagens nas histórias de SMT V a parecerem mais importantes. Personagens essenciais para a trama se juntarão ao seu elenco como convidados por um certo trecho da história, onde eles vêm com um grande conjunto de habilidades e podem ser invocados e removidos do combate como demônios.
No inicio do jogo ainda conhecemos uma dessas personagens convidadas chamada Yoko Hiromine, uma garota treinada em magia, e ainda adicionada a personagens com quem podemos colocar em combate temos quatro demonios femininas chamadas Qadistu, que nos ajudam já desde o inicio da historia, todas com seus próprios objetivos.
O sistema de batalha em Vengeance é um sistema baseado em turnos. O grupo e os demônios oponentes têm um certo número de ícones, com o grupo recebendo um ícone por membro ativo do grupo, e certos inimigos mais difíceis tendo vários ícones por membro. Os ícones desaparecem conforme os membros fazem seu turno, embora algumas ações como acertar um golpe crítico ou de fraqueza elemental ou trocar um membro do grupo na batalha permitam um turno extra. Perder um ataque ou ter um ataque bloqueado tira dois ícones, o que para a maioria dos grupos encerrará imediatamente seus turnos. O jogo desbloqueia novas habilidades para classes específicas ou alinhamentos de demônios que podem ser usados quando um medidor Maghatsui enche, embora o movimento Maghatsui de Nahobino seja: cada golpe é crítico para aquela rodada, a técnica padrão que mais usei para causar grandes danos em lutas contra chefes ou grandes grupos. Depois vale a pena montar uma equipe de forma a aproveitar algumas das habilidades maiores, como fazer com que todas as habilidades que não sejam o ataque físico padrão custem um ponto de magia. Há mais demônios em Vengeance também, e os demônios agora têm um alinhamento de personagem no espectro: lei, neutro, caos que controla algumas das técnicas especiais.
Se você realmente gosta de fortalecer seus companheiros demônios, o Demon Haunt que está acessível via Linhas de Lei será perfeito. Esta é uma área especial onde você pode bater um papo legal com seus amigos demônios, geralmente sobre tópicos e trocar presentes. Você também pode sair com seus amigos humanos e seu amigo de fusão Aogami aqui e discutir acontecimentos relevantes para a trama. O Demon Haunt certamente parece uma anomalia, com sua música alegre e atmosfera otimista em meio a um cenário maior que não é nenhuma dessas coisas, mas também é legal ter um lugar para dar uma pausa no terrível conflito.
O mundo ainda é tão agradável de explorar e andar, e para ajudar na travessia, agora há trilhos de grind estrategicamente colocados por todo o deserto para ajudar a agilizar a viagem. Alguns deles são imediatamente óbvios e alguns precisam ser descobertos antes de aparecerem no seu mapa.
Algo notável que não melhorou é o desempenho, não houve acréscimos, ainda embora que os quadros rodem estavelmente, SMT Vengeance acho ainda um triunfo no Switch, os gráficos e a resolução do jogo deixam a desejar um pouco as vezes o que me parece ainda ser incrível um jogo grande como ele rodar no console, tenho certeza que mais uns anos na geladeira e ele viria nível Zelda de Switch.
Por ultimo e não menos importante, a parte de fundir os demónios era o que mais amava, eu sempre estava recrutando ou conversando com demónios para desbloquear novas combinações, e farmando dinheiro, porque não é possível guardar todos as entidades que você quer, afinal isso não é Pokémon. Os ambientes massivos de exploração aberta, e uma série de melhorias de qualidade de vida em Vengeance tornam a navegação uma experiência muito mais envolvente e agradável. Os mapas do jogo são muito mais detalhados, e um simples toque de botão oferece uma visão panorâmica da área próxima, permitindo que você julgue melhor a região e topografia. Demônios agora têm habilidades inatas (Me senti no Jujutsu) únicas que afetam tudo, desde a eficácia das habilidades até fazer com que as negociações de combate fluam suavemente.
Por fim, achei Vengeance mais agradável que o original, não sei se é porque achei mais fácil, ou porque joguei agora em Português e o original joguei em inglês e eu pulava muita coisa só para ir atrás do combate, mas o game não me deixou cansado, ou deixou a experiência repetitiva. Tudo o que fez de Shin Megami Tensei V uma experiência ótima e envolvente permanece nessa nova verão, apenas ajustado em um jogo ainda melhor.
If you didn’t enter the tunnel to the underworld the first time, this is the perfect opportunity to do so, the game adds two stories that could easily be two games, although the stories take a while to diverge, it is still plus content. The game doesn’t tire you of recruiting and battling, because it has enough content for you to play the way you want. The improvement in mechanics and improvements from a relaunch is notable. Vengeance is an excellent indication of a good RPG for you to play, not to mention that it is localized in Portuguese.
[Nota do Editor: Shin Megami Tensei V: Vengeance foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Atlus para avaliação.]
