Tamagotchi Plaza chega ao Nintendo Switch como uma tentativa carismática da Bandai Namco de reviver o espírito da clássica série Tamagotchi Connection: Corner Shop, agora com visuais mais polidos, integração com o Tamagotchi Uni e uma nova geração de minigames. Mas será que essa fofura toda consegue sustentar o jogo além da nostalgia?
No centro da proposta está a cidade de Tamahiko, onde o jogador ajuda a administrar diversas lojinhas temáticas para torná-la digna de sediar o Festival Tamagotchi. Cada loja traz um minigame diferente: desde limpar os dentes de villagers até montar panquecas ou costurar roupas conforme o pedido dos clientes. É tudo muito acessível e, apesar da simplicidade, os minigames das lojas de panquecas e costura se destacam por serem os mais criativos e envolventes.
Outros, no entanto, exigem mais tentativa e erro do que lógica clara. O minigame da ótica, por exemplo, te pede para adivinhar o tipo de lente ideal com base em sugestões vagas. Quando o pedido é por uma cor, funciona. Quando é algo como “óculos de estudos”, bem, aí você vai mais no chute. Já o minigame de mangá exige que você conheça os personagens da lore para reconhecer quem deve aparecer na cena solicitada, o que pode ser um desafio até para adultos, imagine para o público infantil.
Fora das lojas, o mundo central do jogo é bonito e colorido, mas limitado. A Plaza tem áreas amplas e visual agradável, mas inexplicavelmente bloqueia o jogador com barreiras invisíveis em locais que parecem perfeitamente acessíveis. Isso quebra a imersão e pode ser frustrante para uma criança que deseja apenas explorar com liberdade.
Um dos momentos mais interessantes vem com o minigame desbloqueável que utiliza os sensores do Switch 2. Nele, segurando o Joy-Con virado para cima, o jogador faz movimentos com a mão nele para lançar projéteis em um desafio arcade leve. Uma mecânica divertida que mostra como o console pode ser explorado de forma criativa em jogos casuais.
A integração com o Tamagotchi Uni também adiciona um charme extra ao desbloquear falas, itens e eventos. No entanto, o dispositivo é vendido separadamente, o que limita um pouco a experiência completa para quem não tem o brinquedo. Um dos outros grandes pecados do jogo, especialmente considerando seu apelo infantil, é a ausência de localização para o português do Brasil. Um título voltado para crianças precisa ser acessível no idioma do público-alvo e essa falha afasta jogadores que ainda estão aprendendo a ler ou que não têm fluência no inglês.
Tamagotchi Plaza é uma mistura de charme, nostalgia e boas ideias parcialmente executadas. É fofo, acessível e tem um bom coração, mas também parece um pouco apressado, com elementos mal polidos e uma ausência preocupante de localização. É um jogo que funciona bem em pequenas doses e pode render bons momentos para fãs da franquia ou crianças pacientes. Mas com um pouco mais de cuidado, poderia ter sido realmente especial.
Nota do Editor: Tamagotchi Plaza foi analisado no Nintendo Switch 2. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Bandai Namco para avaliação.]
Tamagotchi Plaza is a mix of charm, nostalgia, and good ideas that are partially executed. It’s cute, accessible, and has a good heart, but it also feels a bit rushed, with unpolished elements and a worrying lack of localization. It’s a game that works well in small doses and can provide a good time for fans of the franchise or patient kids. But with a little more care, it could have been truly special.
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