Lara Croft chegou de mansinho no Nintendo Switch, com spin-offs e remasters de jogos bem antigos. Por isso que quando soubemos que Tomb Raider: Definitive Edition chegaria finalmente ao portátil, a expectativa foi imediata. Uma versão completa, definitiva, de nova geração e muito interessante da famosa aventureira estaria disponível para ser carregada na mochila, com o port completo em mãos e aquele preço convidativo.
Depois de horas jogando, a sensação é clara: para quem busca portabilidade, fluidez e a nostalgia de uma boa aventura de ação, esse jogo entrega bastante. Mas é importante encarar com os pés no chão, especialmente se você se importa com visuais modernos.


Sobre o Jogo
Essa é basicamente a primeira aventura de Lara. O game nos traz uma Lara Croft jovem, recém-formada em arqueologia e ainda inexperiente. Ela se junta a uma expedição organizada por pesquisadores e colecionadores de relíquias em busca do lendário reino perdido de Yamatai. A expedição parte a bordo de um navio chamado Endurance. A bordo do navio, Lara e sua equipe resolvem se aventurar rumo ao misterioso “Triângulo do Dragão” (localizado próximo à costa do Japão). Essa decisão, feita apesar dos avisos de cautela, desencadeia os eventos que mudarão para sempre a vida de Lara.
Uma tempestade violenta atinge o navio, causando o naufrágio e deixando os sobreviventes à deriva, assim começa o desespero e a luta pela sobrevivência. Lara e seus companheiros acabam presos numa ilha desconhecida, recheada de mistérios, ruínas antigas e perigos. Conforme Lara explora a ilha, ela descobre que Yamatai já foi governada por uma figura lendária, a Rainha Himiko, que, segundo lendas locais, possuía poderes para controlar o clima e as tempestades. A ilha carrega segredos antigos, crenças místicas e uma história de culto e horror, e Lara começa a entender que os eventos atuais estão ligados a esses mitos. Além de tentar lutar pela sua própria vida a todo momento durante a gameplay.
Ela cai, pula, leva tiros, é atingida, sequestrada. A menina realmente sofre, e precisa se reerguer e lutar para sair dali, resgatar seus amigos e sobreviver a todos os perigos daquele lugar, enfrentando não apenas os elementos e o terreno hostil, mas também uma seita violenta que habita a ilha.
Detalhes Técnicos
Originalmente, o jogo foi lançado em 2013, e o trabalho de melhoria e adaptação para o Switch 2 está impecável, mas é mais voltado para a gameplay em si, do que trazer o último da tecnologia realista. O jogo roda travado a 60 quadros por segundo, tanto em dock quanto no modo portátil, o que garante fluidez e conforto mesmo em sequências de ação mais intensas ou exploração. A estrutura clássica de ação + exploração + plataforma + puzzles simples ainda funciona bem. Os túmulos opcionais continuam oferecendo bons desafios, e o ritmo de progressão por upgrades mantém o interesse, mesmo anos depois.
Jogar no portátil, no sofá ou na cama, levar a aventura na mochila: esse é o grande chamariz da versão Switch. Para quem quer redescobrir Lara ou apresentar a franquia a uma nova geração sem depender de TV/PC/console “de mesa”, a versão funciona bem. Considerando que o jogo está precificado a R$ 106,59 sem promoção e traz todo o conteúdo base (campanha, extras, DLCs, modos etc.), o pacote sai muito competitivo para quem busca uma boa aventura completa no portátil.
Claro que essa versão não chega perto das edições para PS4/Xbox: sombras suaves, iluminação avançada, efeitos de cabelo realistas (como TRESSFX), que já existiam nas versões anteriores, foram sacrificados. Mas ela também não decepciona, não chega a ser um trabalho ruim graficamente, só não é o mais incrível possível.
O suporte a mouse/giroscópio existe, mas a implementação deixa a desejar: mira com giroscópio não funciona direito durante os combates, e usar os Joy-Con como “mouse” se mostra desconfortável, especialmente se você não está com setup ideal (semi de pé, mesa, etc.). São adições interessantes, mas que não trazem uma novidade gigante ao game, já que você vai acabar jogando sem muito artifícios dessas funções.
Conclusão
Tomb Raider: Definitive Edition é a versão definitiva se você quer revisitar a aventura clássica da Lara no portátil, sem se preocupar com performance ou plataforma potente; prioriza conveniência, mobilidade e praticidade; não liga tanto para gráficos de ponta e se contenta com visuais funcionais, priorizando gameplay e experiência; ou está chegando agora no mundo da série e quer começar pela “versão de bolso” sem gastar muito.
Tomb Raider: Definitive Edition no Switch 2 não é, e nunca pretendeu ser, o port “definitivo” visualmente. Mas entrega muito bem o que promete: uma versão bem resolvida, fluida, portátil, com jogabilidade intacta e preço atraente. Para quem se importa mais com mobilidade e conveniência do que com gráficos de última geração, é uma excelente porta de entrada (ou revivida) à saga de Lara Croft. Se você aceita que vai haver (poucos) sacrifícios visuais e encara isso como parte do pacote, pode garantir uma aventura completa e acessível no bolso.
Tomb Raider: Definitive Edition on Switch 2 is a solid and extremely competent port that delivers exactly what it promises: a classic, fluid, and portable adventure with a stable 60 fps and intact gameplay, even if it sacrifices the more modern graphics and advanced effects found on larger consoles. It’s the most practical and accessible way to revisit (or experience for the first time) the origins of Lara Croft, offering a complete, stable, and cost-effective package, as long as you understand that the focus here is on performance and portability, not next-gen visual fidelity.
[Nota do Editor: Tomb Raider: Definitive Edition foi analisado no Nintendo Switch 2. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Aspyr através da Sandbox para avaliação.]

















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