Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

Depois do sucesso de Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2, era questão de tempo até as continuações ganharem o mesmo tratamento. Quando a Activision anunciou Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4, confesso que fiquei super feliz, um dos jogos que mais joguei na minha adolescência foi o THPS 3. A coletânea chegou no dia 11 de julho de 2025, e eu fiz questão de experimentar a demo antes disso, podendo jogar com a nossa Rayssa Leal nas clássicas fases MetalúrgicaFaculdade.

O que a gente encontra aqui é uma celebração de dois clássicos. A essência arcade tá toda lá, só que com gráficos atualizados, mais conteúdo, multiplayer moderno e uma boa dose de nostalgia. Pra quem, como eu, passava tardes tentando emendar o combo perfeito, essa volta é como reencontrar um velho amigo.

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

Jogabilidade

É impressionante como THPS 3 + 4 continua sendo gostoso de jogar. A jogabilidade é viciante: você começa com manobras simples e quando percebe, tá emendando uma manobra na outra como se tivesse decorado o mapa inteiro. Agarrar o corrimão e deslizar por ele antes de mandar um flip no improviso ainda dá aquela sensação única que só Tony Hawk tem.

Cada fase vem recheada de elementos clássicos e segredos escondidos: as letras S-K-A-T-E espalhadas, a fita secreta escondida em algum canto difícil de acessar, e até itens desbloqueáveis que exigem certas manobras específicas ou alcançar áreas alternativas. Voltar nelas depois com habilidades aprimoradas faz parte da experiência, e ainda ajuda a manter o fator replay altíssimo. Uma coisa que me fez ficar obceado foram os logotipos da Iron Galaxy, ao encontrá-los libera itens secretos, como uma skin prateada para o skate e visuais extras. Teve fase que me fez procurar vídeo no YouTube pra encontrar esses easter eggs, e quando finalmente achava, a sensação de recompensa era real. São detalhes pequenos, mas que adicionam muito valor pra quem gosta de explorar cada cantinho dos mapas.

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

No Nintendo Switch 2, tudo roda com muita fluidez. Os controles respondem bem e o jogo se mantém estável a 60 quadros por segundo, mesmo em fases visualmente mais pesadas. Só pra dar um parâmetro, o THPS 1 + 2 rodava a 30 fps no Switch de primeira geração, a diferença é notável. Dá pra perceber que o foco aqui foi realmente garantir uma jogabilidade afiada, e nesse ponto eles acertaram em cheio.

Modos de jogo e multiplayer

O jogo oferece uma boa variedade de modos que agradam tanto quem prefere jogar sozinho quanto quem curte a bagunça online. Dá pra começar pelo modo clássico, com aqueles dois minutos pra cumprir objetivos como coletar letras, quebrar caixas ou fazer pontuação alta. Também tem o modo carreira, mas diferente do THPS 4 original, aqui ele segue a estrutura clássica de dois minutos por fase, como em THPS 3.

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

O clássico Criar um Parque voltou mais completo, permitindo construir pistas cheias de elementos dinâmicos e compartilhar com outros jogadores. Também dá pra criar seu próprio skatista, escolhendo roupas, manobras, acessórios e equipamentos.

No multiplayer, o jogo brilha também. É possível jogar online com cross-play, o que facilita reunir amigos de diferentes plataformas. As partidas são estáveis e rápidas de encontrar. Existem modos para você e seu amigo descobrir quem faz mais pontos primeiro, um modo de pichação (quem domina mais áreas com manobras), e o novo Modo HAWK, uma espécie de esconde-esconde com letras. Também tem partidas privadas e tela dividida local, mantendo a essência de jogar com os amigos no sofá.

Brasil bem representado

Se tem uma coisa que me deixou feliz foi ver o Brasil sendo representado ainda mais. A Rayssa Leal tá brilhando no elenco principal, com direito a uniforme próprio e estilo fiel ao que ela usa nas competições. E não para por aí: Letícia Bufoni e Bob Burnquist também estão presentes, mantendo viva a memória dos fãs que acompanharam a série desde os anos 2000.

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

A fase do Rio de Janeiro continua linda e com um visual ainda mais vibrante agora, tudo com aquele toque tropical que dá gosto de ver. E ainda colocaram o Felipe Nunes como NPC, trazendo um pouco mais de visibilidade pro skate adaptado. Um reconhecimento mais do que justo.

Gráficos, som e dublagem

O visual foi atualizado com bom gosto: não é o mais realista possível, mas o estilo combina com a proposta do jogo. Dá pra notar uma atenção especial nas fases novas, como o parque aquático e o estúdio de cinema, que se misturam bem com os mapas clássicos. As texturas no Switch 2 estão um pouco mais simples em comparação com o Xbox Series X (onde eu também joguei), mas nada que comprometa.

A trilha sonora é boa e mantém o espírito da série, com uma seleção que mistura faixas clássicas e músicas novas. Mas senti falta de alguma música brasileira no meio, como aconteceu no Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2, que trouxe ‘Confisco‘ do Charlie Brown Jr. Ter algo nesse estilo aqui também teria sido um aceno incrível aos fãs brasileiros. Em compensação, a dublagem em português surpreende, e pra melhor. Os diálogos e vozes foram bem adaptados e ajudam muito na imersão, principalmente pra quem jogava na época sem entender metade do que o menu dizia.

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

O que mudou?

As fases estão quase todas de volta: Metalúrgica, Rio de Janeiro, Aeroporto, Faculdade, Alcatraz… é um festival de nostalgia. Mas nem tudo retornou. Faltaram algumas pistas específicas, como Carnaval e Plataforma de Petróleo, que seriam legais de ver no novo visual. Em contrapartida, adicionaram mapas inéditos bem criativos, como um fliperama gigante e um parque aquático abandonado que virou pista.

A estrutura do THPS 4 foi levemente ajustada: o mundo aberto deu lugar a algo mais direto, similar ao modo carreira do THPS 3. Pode não agradar todo mundo, mas eu achei que deixou o ritmo mais equilibrado.

Uma surpresa divertida foram os easter eggs escondidos em algumas fases. No mapa do estúdio de cinema, por exemplo, dá pra encontrar uma área secreta inspirada nas Tartarugas Ninja. Já o Bob Esponja aparece como parte de um visual alternativo e conteúdo bônus, misturando o universo do skate com cultura pop de um jeito inusitado, mas que combina totalmente com o clima leve e divertido do jogo.

Edição Deluxe e preço

A versão Deluxe vem com personagens extras como o Doom Slayer e o Revenant, além de um skate flutuante temático, roupas especiais e músicas adicionais. Quem comprou na pré-venda ainda teve acesso antecipado de três dias ao game.

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado

Na eShop brasileira, o jogo base tá custando R$ 279, enquanto a edição Deluxe fica em R$ 389. Pelo pacote que entrega, o valor não é baixo, mas também não foge do padrão atual.

Conclusão

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 é tudo o que eu esperava. A nostalgia tá lá, a jogabilidade continua viciante, o desempenho no Switch 2 é bem aceitável e o conteúdo agrada tanto veteranos quanto novatos. A representatividade brasileira foi um acerto enorme, e ver nomes como Rayssa, Letícia e Bob dividindo o palco com Tony Hawk é bem legal.

Mesmo com uma ou outra ausência nas fases e mudanças pontuais no modo carreira, o jogo entrega diversão pura e mostra que ainda tem muita vida no skate digital. Se você cresceu com a franquia, vai se sentir em casa. Se está chegando agora, não poderia ter começado por uma versão melhor.

Ah, e vale lembrar: THPS 3 + 4 está disponível tanto no Nintendo Switch quanto no Nintendo Switch 2. No primeiro, o jogo roda a 30 fps com gráficos mais modestos. Já no Switch 2, tudo flui com resolução mais alta e 60 fps constantes.

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 – O remake que faz jus ao legado
Tony Hawk's Pro Skater 3 + 4
Veredito
Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 é o tipo de remake que entende seu legado. Sem inventar demais, ele traz de volta o que fazia os originais brilharem: jogabilidade precisa, mapas memoráveis e aquele ritmo arcade que te prende por horas. A presença brasileira com Rayssa, Bob e Letícia é um presente, e os easter eggs, como o das Tartarugas Ninja, mostram o carinho com que o jogo foi feito. Mesmo com a ausência de algumas fases clássicas e a trilha sonora sem um toque brasileiro como em THPS 1 + 2, o resultado é redondo. No Nintendo Switch 2, o jogo brilha com 60 fps estáveis e visual fluido.
Design
80
Trilha Sonora
90
Diversão
100
Gameplay
100
Custo X Benefício
90
Prós
Jogabilidade fluida, viciante e fiel ao original
Desempenho sólido no Switch 2 (60 fps)
Representatividade brasileira bem presente
Multiplayer com cross-play e variedade de modos online
Dublagem em português bem feita
Contras
Algumas fases clássicas ficaram de fora
Trilha sonora poderia ter alguma faixa brasileira
Texturas no Switch 2 perdem um pouco de detalhe
92
Nota Final
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Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 is the kind of remake that truly understands its legacy. Without overcomplicating things, it brings back everything that made the originals shine: precise gameplay, memorable maps, and that arcade rhythm that keeps you hooked for hours. The inclusion of Brazilian skaters like Rayssa, Bob, and Letícia is a gift, and the Easter eggs — like the Teenage Mutant Ninja Turtles — show how much care went into every detail.

Even with a few missing classic levels and a soundtrack that could’ve used a Brazilian touch like THPS 1 + 2 had, the result is solid. On the Nintendo Switch 2, the game shines with smooth 60 fps and fluid visuals.

Nota do Editor: Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 foi analisado no Nintendo Switch 2. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Theo Games para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

Gamer mineiro apaixonado pela Nintendo desde criança. Fire Emblem: Three Houses e Pikmin 4 são seus jogos favoritos do Switch. Instagram: @pvgm91 X: @pvgm91 F.C: 6972-9848-6184