A franquia The Legend of Heroes finalmente chegou para o Nintendo Switch. O JRPG The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III (uma sequência direta de Trails of Cold Steel II) aterrisa hoje no Nintendo Switch. Para quem gosta de JRPG, tenho certeza que não vai se decepcionar. São mais de 100 horas de aventuras recheadas de desafios!
Conhecendo a franquia
The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III é sem dúvida um dos melhores JRPG que já joguei na vida, ele possui combate estrategicamente envolvente, arcos interessantes e muitas missões secundárias. Porém, os novatos da franquia talvez tenham uma dificuldade em pegar o ritmo do jogo, principalmente por se tratar de uma continuação direta. Caso tenha a oportunidade de jogar os games anteriores, eu recomendo, embora não seja possível jogar em um console Nintendo. Mas caso não consiga, é possível jogar bem Trails of Cold Steel III, basta ter paciência para explorar e entender a história em suas minucias. Dentro do próprio jogo existe uma opção que reconta os jogos anteriores, muito bom para dar uma situada na história do jogo!
Para quem não está a par do que seja “The Legend of Heroes”, a franquia surgiu em 1989 e possui um universo que se desenvolve e cresce a cada ano, criada pela Nihon Falcom hoje a franquia conta com diversos arcos. Trails of Cold Steel (arco em análise) foi lançado em 2013 e já conta com 4 jogos já lançados (o quarto game inclusive já teve seu lançamento confirmado para o Nintendo Switch).
Uma jornada por Erebonia
Trails of Cold Steel III mostra o protagonista da série Rean Schwarzer, agora formado e assumindo o papel de instrutor de um dos campus da Academia Thors. Ele será responsável por supervisionar um novo grupo de alunos que compõem a última classe VII. Durante o jogo você vai aprofundando nas relações com os alunos supervisionados e criando vínculos com todos eles, cada um com sua história, sua personalidade e seu jeito de batalhar. O jogo possui uma narrativa poderosa e envolvente, cada personagem tem sua complexidade e suas particularidades, o que agrega muito na jornada do jogador.
O jogo possui muito diálogo, e são importantes para que você se situe na história, que é bem rica e cheia de acontecimento. O jogo poucas vezes se torna cansativo, mesmo tendo muitas interrupções. As primeiras horas de jogos servirão como “tutorial” para que você aprenda as mecânicas do jogo e explore o campus e a cidade. Com o tempo, o jogo vai se desdobrando e a história vai revelando muitas surpresas. Haverão novos personagens adentrando na história central do jogo, portanto os fãs de longa viagem também podem se sentir deslocados nesse novo “universo”. Mas podem ficar tranquilos, muitos personagens dos jogos anteriores aparecerão para tornar sua jornada por Erebonia nostálgica e cheia de histórias.
Mecânica atrativa e gameplay divertido
Assim como outros diversos JRPG, a história se desenrola em um campus estudantil. Quem já jogou Persona 5 ou Fire Emblem: Three Houses, terá facilidade de entender e pegar a mecânica no jogo. Você terá que dividir seu tempo entre atividades de classe (socializando e conhecendo novos personagens da história), além de explorar e combater (bastante). O sistema do jogo funciona em calendário, existem dias específicos para que determinadas tarefas ocorram, assim como dias livres para explorar e interagir com o mundo.
O modo batalha é super divertido e te faz querer batalhar com todo e qualquer inimigo que você encontrar na sua frente. Será necessário muito raciocínio lógico para conseguir vencer os “chefões”, visto que o nível de dificuldade do jogo é ascendente e o modo batalha é bem dinâmico e permite ataques em equipes, movimentações do time pelo campo de batalha, utilização de brave points, uso de ataque especiais e movimentos combinados dos personagens. Além disso, o jogo constantemente introduz novos inimigos ao longo da sua jornada, o que garante uma renovação da gameplay.
Há também uma DLC com diversos itens cosméticos divertidos para personalizar os personagens, como asas de anjo, orelha de onça, trajes de banho, rabo de coelho, dentre outras dezenas de itens divertidos. A DLC chega junto com o game e pode ser encontrada na eShop.
Trilha Sonora envolvente e poderosa
A trilha sonora do jogo é impecável, assim como todos os jogos da Nihom Falcom. É tão boa, que ouço frequentemente durante o meu dia-a-dia. Inclusive está disponível no Spotify, e eu aconselho fortemente a vocês darem uma conferida:
Vale a pena?
Super vale a pena! The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III é um jogo belíssimo, o trabalho que foi feito neste port para o Nintendo Switch, sem dúvidas é um dos ports mais bem feitos que já vi para o Nintendo Switch, e não deixa a desejar em nada se comparado com sua versão para o Playstation 4. É um jogo que vai agradar muito os fãs de longa viagem e vai surpreender positivamente os novatos. Ao todo são mais de 100 horas de muita diversão e submersão em um universo rico e com muito conteúdo.
O jogo chega para o Nintendo Switch custando U$ 59,99 na eShop americana e precisa de 7.1 GB livres para ser baixado. Trails of Cold Steel III conta com legendas em inglês e francês, e grande parte dos diálogos possuem dublagem em inglês (quem joga JRPG sabe que nem todos os jogos oferecem tais recursos), o que ajuda bastante na imersão com o jogo. O jogo roda muito bem, tanto no modo portátil quanto no modo docado. Não é perceptível queda de fps durante a jogatina.
Um ponto forte do jogo, é em relação a quantidade gigantesca de conteúdo, com uma história épica repleta de reviravoltas e personagens novos e alguns já conhecidos, tudo isso ao lado de um excelente combate por turnos.
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[Nota do Editor: The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela NIS America para avaliação.]
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