Monster Hunter Rise é um verdadeiro deleite para os sommeliers de gráficos e prova que o valente Nintendo Switch é capaz de rodar jogos belíssimos que os críticos só esperavam ver nas plataformas concorrentes.
Em entrevista recente ao site Nintendo Life, o diretor de Monster Hunter Rise, Yasunori Ichinose, que também carrega em seu currículo trabalhos nos jogos Monster Hunter Freedom 1, 2 e 3, Capcom vs SNK: Millennium Fight 2000, Street Fighter III: 3rd Strike, Resident Evil Outbreak e Resident Evil Outbreak File 2, diz como foi desafiador a construção do game.
A Capcom escolheu o motor gráfico RE Engine para entregar beleza e performance, mesmo motor gráfico utilizado em Ghosts ‘n Goblins Resurrection, possibilitando a construção do jogo 100 vezes mais rápido do que seria feita na engine até então utilizada e agora aposentada MT FRAMEWORK.
“O desempenho inicial foi bastante severo e uma grande otimização foi imprescindível“, afirma o diretor que assume que a equipe até poderia ter utilizado os dados do Nintendo 3DS para a criação do jogo, mas que não seria o bastante se comparada a experiência vivida pelo jogador em Monster Hunter World.
Ichinose relembra como foi desafiador trabalhar com toda a textura, sombreamento e da dificuldade dos moldes e movimentos dos cabelos dos personagens, esse em especial foi possível graças aos dados criados em Monster Hunter World.
Utilizando a mesma receita de um mundo de exploração aberta do Monster Hunter World, Yasunori Ichinose se orgulha da implementação do Palamute, o Amicão que permite que o jogador percorra grandes distancias montado em seu fiel companheiro.
Vale lembrar que Ichinose adora cães, em fevereiro de 2021 a Capcom publicou em seu site entrevista com o diretor, que mencionou que também adora cachorro quente e que vestia seu Amicão com as corres dos seus condimentos favoritos para realizar testes no game.
Por fim a Nintendo Life pergunta:
P: “Qual é o seu sentimento geral depois de trabalhar em Monster Hunter, no RE Engine, no Nintendo Switch?“
R: “A otimização era muito difícil, mas também desafiadora e recompensadora. Graças ao design básico, ferramentas e métodos de desenvolvimento do RE ENGINE, fomos capazes de desafiar a otimização até o último minuto. Foi um desafio encaixar o grande RE Engine no pequeno Nintendo Switch, mas estou feliz por termos sido capazes de criar algo que as pessoas acharão impressionante que funcione com essa qualidade no Nintendo Switch.”
Sem dúvidas a equipe deve estar orgulhosa de todo o trabalho desenvolvido, assim como os Nintendistas e Hunters devem estar agradecidos por todo o carinho dedicado. Você pode conferir a entrevista completa, em inglês, no site Nintendo Life.
