Zelda Cup – Porque Cadence of Hyrule é melhor que Four Swords.
Cadence of Hyrule, um dos jogos de Zelda menos conhecidos de sua franquia, é um spin-off dos criadores de Crypt of the Necrodancer.
Cadence of Hyrule traz, em seus gráficos 2D em pixel art, uma jogabilidade de um Zelda com suas músicas, personagens e ambientação, fazendo com que o jogador mergulhe em um jogos que combina, ao mesmo tempo, os puzzles que tornaram a franquia famosa, com uma jogabilidade em turnos, trazendo um jogo de estratégia onde cada segundo conta e cada batida da música conta como um turno em uma dança de movimentos e padrões de inimigos.
Mas o que faz de Cadence of Hyrule um bom Zelda?
A liberdade de escolher com quem irá jogar e como irá jogar. Além de trazer uma história totalmente nova na qual o jogador poderá jogar não somente com Link, mas também com Zelda, Cadence e os personagens da DLC, o jogo de aventura dá uma sensação de liberdade imenda, deixando com que o jogador opte por explorar o mapa, conseguir novos equipamentos (e são diversos tipos de armas e variantes), progredir na história (e até mesmo qual trecho dela fazer primeiro) e tudo isso sem um script, na qual é de total escolha do jogador como fazer.
Além de ser um jogo de aventura é um jogo de estratégia em turnos. Cadence of Hyrule, além de ser um jogo de aventura, é também um jogo de estratégia! Ao som de músicas temáticas da franquia, o jogo traz músicas icônicas, onde cada beat da música representa um turno, onde o jogador tem que acertar também o timing para não perder seu turno. Cada oponente possui um padrão de movimento e de ataque que usará em seus turnos, cabe ao jogador analisar e atacar em seu momento certo.
A música é o DNA do jogo. Além da música ditar o tempo de cada turno e sempre dar uma nova batida ao jogo, ela também representa a história do jogo. Nela, Ganon cria monstros a partir de instrumentos musicais, os quais o jogador deve caçá-los para abrir seu caminho até o clássico vilão da série.
Jogar como o SkullKid. Para os fãs assíduos da série, o jogo possui uma DLC, na qual o jogador assumirá o papel de um Deko que se tornará um SkullKid, trazendo um aspecto que muito assemelha o jogo Majora’s Mask, chamado Symphony of the mask onde, como skull kid, você terá várias máscara com diversas habilidades e uma campanha totalmente nova, a qual duplica o tamanho do jogo.
E o que torna Cadence melhor que Zelda: Four Swords?
Zelda: Four Swords traz uma experiência de party game quase impossível. Seu conceito é perfeito, Zelda: Four Swords, deveria trazer uma experiência multiplayer Zelda muito a frente de seu tempo. Para isso “somente” é necessário um Game Cube, com o jogo, quatro Game Boy Advanced com o cabo de link deles com o Game Cube. A Nintendo tentou trazer um conceito de multiplayer, mas de um modo quase impossível em sua aplicabilidade.
Me pergunto se alguém conseguiu jogar com os quatro jogadores.
A falta de identidade do jogo é uma característica forte. Ao tempo que seu precessor, Wind Waker, trazia uma jogabilidade 3D maravilhosa na mesma plataforma que o Four Swords, este falhou miseravelmente em estabelecer uma identidade própria, combinando modos 2D e 3D em diferentes modos de jogo, dando uma expressa indecisão entre modos unicamente 2D com uma visão aérea, 2D com visão frontal e 3D, cada um em seu modo, o jogo não consegue estabelecer qual linha seguirá,trazendo uma aventura inconsistente à sua experiência.
A estratégia de usar e combinar os 4 Links em um só controle traz a tona dificuldades. É muito bom ter a sensação de controlar um exército ou, no caso, quatro versões de uma das pontas da TriForce. Mas a experiência, que deveria ser boa e fluida, faz com que o jogador tenha que interromper o jogo por diversas vezes apenas para mudar a formação dos personagens ou repensar em sua estratégia, fazendo com que o jogo faça pensar além do normal desnecessariamente.
O jogo é extremamente linear. Suas escolhas no jogo são tão limitadas a traçar uma linha reta em um mapa. Não há liberdade de escolha no que fazer no jogo.
Espero, ávidos leitores, que tenham notado que só há uma escolha lógica ao se tratar de liberdade de escolha, estratégia, exploração e um multiplayer facilitado que basta apenas separar os Joy-Cons. Agradeço a leitura e a escolha pelo melhor jogo (Cadence).
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