Contra: Operação Galuga - Revisitando sentimentos agradáveis das tardes de lanhouse

Contra: Operação Galuga – Revisitando sentimentos agradáveis das tardes de lanhouse

Apesar de ter plenos 26 anos, minha infância com estes jogos do gênero run-and-gun foi totalmente preenchida por Metal Slug, os primeiros Contra nem tinha idade para jogar, e os que eu tinha, passou batido. Mas para esta nova leitura do clássico, em que a Konami nos traz junto do estúdio WayForward, vemos uma nova aventura, que pode ser uma re-imaginação ou uma sequencia se assim preferir.

No jogo você pode revisitar locais famosos e se reencontrar com personagens que amava na sua adolescência. Para esta review vamos caminhar por alguns detalhes, assim, como meu primeiro Contra, achei ele bastante divertido e a jogabilidade é ótima, sendo possível jogar num modo cooperativo, podendo aproveitar com a família. Contudo, apesar da belíssima jogabilidade, Contra: Operação Galuga traz gráficos pouco polidos e com aspecto antigos.

Também há inconsistências na direção artística, com cenários de fundo brandos e visualmente poluídos, fazendo com que o gente perca o foco e a imersão durante a ação, sendo que não sei se era a intenção, mas não reconhecia alguns NPCs pela silhueta, que é uma coisa boa e essencial pra uma obra. O ritmo demorei a pegar, fazia muito tempo que não jogava os modos de jogo desse tipo, cheio de balas e personagens para receber essas balas, enquanto corre, e não bate em um NPCs, porque comigo o problema não era ser baleado, mas sim não bater em outro NPC.

Contra: Operação Galuga - Revisitando sentimentos agradáveis das tardes de lanhouse
Contra: Operação Galuga - Revisitando sentimentos agradáveis das tardes de lanhouse

O jogo nos oferece duas modos de jogo: o Historia e o Arcade. Enquanto o Modo Arcade segue um formato clássico e organizado, o Modo História é repleto de cenas, comunicações no jogo e NPCs na tela que se juntam a você esporadicamente durante a ação. Além disso, cada personagem ganha pontos durante o jogo que podem ser gastos em vantagens de atualização. Alguns são restritos ao soldado individual, como a invulnerabilidade incrivelmente útil de Bill Rizer durante uma corrida ou a maior altura de salto de Lance Bean.

Você também pode adquirir a habilidade de manter o armamento após uma morte, reduzindo bastante a dificuldade do jogo. Mesmo com todos os power up que deixam o jogo mais leve, Contra: Operação Galuga continua bom e resistente, exatamente como deveria ser. Contra: Operação Galuga é um jogo fantástico tanto na concepção quanto na execução.

Algumas pessoas não gostam dos gráficos, mas achamos que eles são adequados. A pixel arte sempre derrota totalmente o 3D plástico, mas nos atentemos que há gerações mais jovens para apelar e, em termos de tons, é bem tratado. A câmera em um plano 2.5D ocasionalmente muda em novos cantos e dinamicamente durante certos combates contra chefes.

Chefes e chefes intermediários são temíveis e incessantes, cuspindo padrões para testar a memória e os reflexos de acordo, enquanto o armamento é tão equilibrado e abundante que a sagrada Spread Gun nem sempre é mais a melhor ou mais confiável opção. Você pode segurar duas armas simultaneamente e alternar entre elas, e todas podem ter potência duplicada, tornando o tiro teleguiado uma tela cruel e o míssil Crush uma força devastadora com sua nova propriedade de escudo.

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Os estágios completamente novos proporcionam, pelo menos, uma ação sólida. Você basicamente sempre faz as mesmas coisas que os jogos vêm fazendo há muitos anos: desviando dos inimigos enquanto enche a tela com nossos próprios projéteis coloridos e enquanto corre, pula até o fim. Certamente não há nada de errado em seguir o básico, mas também é daquelas vezes em que você pode dizer exatamente como as coisas vão acontecer, e isso não é muito interessante.

Por fim, tanto o Modo História quanto o Modo Arcade podem ser finalizados em menos de uma hora, permitindo que o jogador escolha entre um pequeno elenco de heróis e equipe habilidades diversas. Adicionalmente, há um modo desafio com alguns desafios para completar. Bem a maioria dos títulos no gênero são pensados para o fator rejogabilidade, então ate certo ponto Operação Galuga atende os requisitos. Com uma ótima trilha sonora e um gráficos repaginados Contra: Operação Galuga deve atrair de volta não só jogadores antigos, mas também é uma chamada para jogadores novos.

Contra: Operação Galuga - Revisitando sentimentos agradáveis das tardes de lanhouse

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Contra: Operação Galuga
Veredito
Este sidescroller joga com segurança com a fórmula de lutar através de fases cheias de inimigos antes de enfrentar um chefe. Ele atendeu às minhas expectativas como um jogo de arcade run-and-gun, mas com algumas horas sobre coisas para fazer e poucas surpresas, a dinâmica para rápido e não tem muitas voltas para desfrutar, deve ser divertido no cooperativo se tratando apenas da re-jogabilidade.
Design
80
Trilha Sonora
90
Diversão
85
Gameplay
90
Custo x Benefício
70
Prós
Ótimo jogo de tiro arcade para jogar com os amigos
Boa personalização de gameplay
Contras
Campanha curta
Gráficos datados para uma re-imaginacão
83
Nota Final

[Nota do Editor: Contra: Operação Galuga foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Konami para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

Olá me chamo Emanuel ou só "Nuel", sou Game Designer e nasci na cidade mais quente do Brasil, tento de tudo para ficar longe e relaxar em jogo competitivo, mas meus favoritos sempre são os jogos de farming e narrativa/ação.