Uma dupla encantadora, de um homem e sua filha, exploram um mundo pós apocalíptico portando uma frigideira, o que é uma escolha única misturada com uma trilha sonora imersiva e mecânicas simples que presenteiam o jogador com um jogo indie de ação e aventura que nos lembra muito Zelda ou Dragon Quest. Sua jornada é uma aventura narrativa percorrendo locais inesperados e encontrando muitos personagens interessantes. Esta história mistura mistério com descoberta e te dá um empurrão a você acompanhar nossos heróis em sua jornada rumo ao leste.
Eastward é um jogo independente desenvolvido pela Pixpil e publicado pela Chucklefish e foi lançado em 16 de setembro de 2021 para Nintendo Switch e outras plataformas. O jogo não é tão longo, e pesa 1.7 Gb na eShop, custando $125 reais.
Na historia as pessoas vivem em cidades subterrâneas e aparentemente é proibido falar sobre a superfície, ate tal que eles pensam que não há nada nela, contudo a dupla se envolve em alguns mistérios e saem para superfície de onde a garota veio, e eles descobrem que não é exatamente tão condenável quanto inicialmente previsto. A superfície é na verdade um próspero pós apocalipse cheio de cidades movimentadas, aldeias agrícolas e um miasma mortal que ameaça destruir toda a civilização. Em seguida, eles viajam de trem ajudando pessoas novas e fascinantes ao longo do caminho.
Nosso protagonista se chama John, e sua filha adotiva Sam, uma garota muito fofa com poderes psíquicos em ascensão e uma queda em por os dois em perigo. O jogo sempre ja começa com um trailer da cidade em animação estilo anime mesmo, bem divertido e colorido, também mostra a historia de como John encontra Sam em uma cutscene; o jogo é cheio de diálogos, bem humorados e alguns longos pro meu gosto, aqui você vai precisar do inglês pra entender um pouco do humor nos diálogos, apesar de ter espanhol, mas meu espanhol não é tão bom, pelo menos fico travado lendo espanhol, também há francês e alemão, se você se der melhor com estes.
Ao longo do caminho, você joga através de capítulos de histórias discretas e explora as histórias das pessoas que conhece, todos brilham aqui, desde a adorável exploradora Izzy e seu ajudante robô, até os moleque chato que são amigos da Sam e vão para a “lan house” jogar com ela. Existem muitos minijogos bobos ao longo do caminho. Beisebol, rafting, e ate um RPG numa maquina arcade que é bastante famoso na historia do jogo.
Me lembrando um pouco de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, é que no jogo existem áreas secretas, e quando John tiver perto delas vai ter uma espécie de sensor que vai apitar avisando o player, fazendo com que ele nao se sinta tão perdido no jogo ao explorar, e o jogo é bem linear, não é como se houvesse áreas enormes para explorar, e o mapa sempre vai mostrar pra onde o jogador deve ir. E sem falar do plus que é fazer comidas, sim muitos dos itens que pegamos no jogo são para fazer comidas com nossa frigideira, que serve também de arma, e a comida serve para curar é claro, sem falar que no HUD inclui corações vermelhos e amarelos adicionais com buffs de comidas, no estilo Zeldinha mesmo.
GAMEPLAY
É um jogo narrativo direto à medida que você avança na historia, explorando mais do mundo e vendo quais interações você pode alcançar. Também existem seções de masmorras que permitem alternar entre John e Sam para usar suas próprias habilidades. John usa armas como uma panela ou lança-chamas para lutar, enquanto Sam pode usar seus misteriosos poderes de luz para atordoar. As seções do quebra-cabeça dividem a dupla, forçando você a trocar para frente e para trás para permitir que o outro prossiga. Morri pouquíssimas vezes ao longo do meu jogo e só demorei um pouco nos quebra-cabeça, pois não é meu forte, sou mais pancadaria nas dungeons. Outras armas podem ser adquiridas, mas nada tão profundo.
Uma coisa que me chamou bastante atenção, e achei legal, me adicionou um mais a gameplay, é que quando a gente esta andando com a dupla, é que caso a gente esteja enfrentando algum monstro e a Sam leve dano, o dano se estende pro John, e isso acontece porque o player pode controlar a Sam também, alternando entre os dois, e ela irá ter ataques diferentes John, que expandem o combate e o design dos puzzles, onde vão cada vez ficando mais difíceis e divertidos com o avançar das fases.
A história foi o suficiente para me deixar satisfeito, ela é simples, mas ate que um pouco confusa, mas talvez fosse o meu inglês intermediário. As batalhas contra chefes se saem bem ao apresentar seus próprios quebra-cabeças de batalha envolventes que caso contrário, Eastward pareceria que estou passando de uma história para outra apenas, que pra mim, não foi chato, foi apenas o suficiente.
MÚSICA
Como musico, não querendo me gabar, mas essa é uma função que desempenho bem, sou bastante exigente com a mesma, e tinha horas que eu so parava pra ficar escutando as musicas de Eastward, ate porque assim como em um anime, cada personagem ou ate vilão tem a sua trilha sonora, e isso te da uma identidade e uma imersão bastante diferenciada. As paisagens mudam de sombrias minas escuras para céus azuis brilhantes tudo acompanhado por uma trilha sonora chiptune distópica cativante que pontua cada cena.
CONCLUSÃO
Eastward é um jogo me remete a uma época bem clara, quando eu não sabia analisar um jogo direito, mas amava esse estilo, e utiliza muito bem das referencias da cultura dos jogos, mas sem perder sua identidade, e que sabe alternar a comédia com os toques dramáticos apesar da gameplay simplista. O mundo totalmente colorido e vasto tem seu charme, mas quebra um pouco o ritmo por ser lento em algumas partes, ate mesmo pelos diálogos, que são ótimos, mas extensos e isso fica pesado quando o que queremos além dessa historia bela, é a gameplay! Entretanto se você ignora esse aspecto, o conjunto é uma obra de arte que com certeza vai te encantar, pela historia contada, as musicas, e o visual.
Eastward foi lançado a mais de um ano, e consegui jogar agora porque peguei em uma promoção, que não é muito comum com ele, mas vale super a pena! Mas me diga ai, ja jogou, ficou interessado?
