Embr — Não há muito o que apagar

Embr — Não há muito o que apagar

Por um preço muito alto, você vai receber algo que tinha muito potencial, mas entrega tão pouco que faria você não abrir o jogo mais de uma vez.

Jogos indies tem uma grande fama por quão criativos e imaginativos eles são, principalmente pela forma como lidam com as limitações de investimento que geralmente tem. Geralmente conseguimos enxergar neles uma grande inventividade de como usar mecânicas simples em narrativas curtas que são geralmente acompanhadas de efeitos visuais modestos, mesmo que talvez tenham uma estética que chame a atenção de quem os acompanha.

Embr é um clássico caso de uma premissa bem interessante por seu aspecto subversivo: Simplesmente colocar velhinhas para apagar incêndios junto de bombeiros comuns. Porém, um conceito interessante por sua inventividade não faz um jogo bom. E Embr sofre com o fato de não muito além disso.

NÃO FOI FEITO PARA O SWITCH

Embr — Não há muito o que apagar

O jogo consiste em mecânicas de puzzles ambientais, ou seja, você tem um obstáculo que para ser superado vão ser necessários objetos que interfiram no cenário para você atingir seu objetivo. Você usa ferramentas diversificadas, mas que ainda seguem a linha de bombeiras em ação. Numa perspectiva em primeira pessoa, dificilmente você vê diferença em ser uma velhinha ou não, por não ter praticamente nenhuma influência no gameplay diretamente em relação a outro tipo de bombeiro.

Embr — Não há muito o que apagar

Sendo mais específico quanto as mecânicas, você pode pular, andar e interagir com objetos e pessoas. Basicamente você sempre tem a missão de salvar cidadãos que estão correndo perigo e precisam ser resgatados de um incêndio. Nisso, são criados diversos estágios com forma diferentes de level design, sempre coerindo com o tema de incêndio. Então, às vezes temos caixas pegando fogo, paredes incendiadas, mas podemos ter coisas como curtos elétricos. Nossos objetivos sempre estão entrelaçados na forma como vamos diminuindo esses incêndios.

Embr — Não há muito o que apagar

Porém, o jogo parece não ser feito para um console como o Nintendo Switch. Extremamente mal polido, o game apresenta problemas de movimentação sérios que fazem com que fique bem desconfortável se aventurar por ele, e a falta de acesso ao multiplayer faz com que não dê para se ter uma certa noção do quão divertido isso seria com outros jogando com você. Eu tentei durante um bom tempo, mas nada me entregava a sessões online com outros. Acredito que aqui seria essencial uma campanha multiplayer local, para podermos testar com um amigo(a) ou namorada(o). Fora toda uma falta de ambientação que parece ficar seca e sem sal por não haver músicas interessantes e constantes seções de um silêncio profundo.

BOM…

O jogo está sendo disponibilizado para o Nintendo Switch R$101,95. Um preço que julgo elevado demais para o serviço enregue aqui, e que mesmo com patchs de correção, seriam necessárias muitas adições de conteúdo e gameplay para que uma experiência mais interessante e confortável ficasse disponível. É uma pena que um jogo com uma premissa tão boa sobre bombeiros, se queima mais do que seus cenários.

Trailer de anúncio

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[Nota do Editor: EMBR foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Press Engine.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

Um fã de Da Vinci e Miyamoto. Não me pergunte quem é quem.