Lançado em Março de 2009 e produzido pela hoje gigante Platinum Games, Madworld é um dos exclusivos mais diferentes do Wii, seja na escolha gráfica ou na abordagem de gameplay e temas.
A história é bem simples: um grupo terrorista invade Varrigan City e transforma a população em jogadores num reality show de batalhas até a morte. O protagonista, Jack, decide participar do reality sem que o jogo revele seu motivo de estar ali, e aos poucos, o jogador vai entendendo os objetivos do protagonista.
JOGABILIDADE FRENÉTICA E SANGUINÁRIA
O ponto alto do jogo é sua jogabilidade simples e intuitiva. É um beat’em up em 3° pessoa em que sua arma principal é uma serra acoplada ao braço de Jack e seu objetivo é cortar o máximo possível os vários inimigos do jogo, utilizando os movimentos do Wiimote e do Nunchuk no processo. É visceral e o jogo recompensa o jogador com pontuações que aumentam quando se usa a criatividade para matar seus oponentes. O cenário possui várias armas físicas que podem ser adquiridas para fazer novos estragos e o ambiente sempre é repleto de locais e máquinas para empalar, incinerar, eletrocutar os outros competidores.
O jogo brilha também com suas batalhas de chefes criativas, cheias de humor e referências à cultura pop em geral, como um chefe que é quase o próprio monstro de Frankenstein.
Se a gameplay é divertida, não posso dizer que é desafiadora. O jogo é fácil demais, com pouco espaço para qualquer tipo de desafio ou curva de aprendizado. Talvez a ideia fosse focar somente na diversão desenfreada, mas precisava de mais balanceamento.
HUMOR ÁCIDO
O jogo segue a filosofia do saudoso God Hand(Clover Studios, 2006), é cheio de piadinhas mórbidas e de referência à cultura pop. Quem ama esse estilo de comédia irá se divertir bastante. Infelizmente, o jogo por vezes tenta soar mais sério e profundo do que deveria, mas seus diálogos fracos não ajudam e tudo parece artificial demais. Jack é o típico protagonista sério e marrento e o seu dublador transmite isso com maestria. O mesmo não posso dizer de outros personagens, que são mal escritos e mal aproveitados. Alguns até funcionam dentro da piada, mas outros são apenas dispensáveis.
A narrativa do jogo não se segura por muito tempo. O jogador deve permanecer pela gameplay, pois o enredo é raso e suas revelações mais confundem do que empolgam.
DIREÇÃO DE ARTE DE PRIMEIRA
O jogo é todo cartunizado em preto e branco, somente o sangue do jogo tem a sua coloração real. Indo na direção contrária dos exclusivos coloridos da Nintendo, Madworld faz bonito na sua estética diferenciada e deve agradar fãs de mangás e HQ ‘s em geral. Os efeitos sonoros são ótimos, a produtora fez uso certeiro da saída de som do Wiimote: o som da serra é ouvido na sua mão, criando uma imersão fenomenal!
A trilha sonora compõe bem a intenção do jogo de ser mais divertido do que obscuro, mas não chega a ser marcante.
Conclusão
Madworld é um ótimo exclusivo quando se trata de diversão, com uma duração mediana, que evita que o jogo se torne repetitivo. Ele consegue inovar a cada nova arena de batalha e nos embates contra chefes. Mas peca em desenvolver um enredo mais coeso e bons personagens secundários. Apesar dos pesares, tem um ótimo design artístico e vale a pena pela novidade que traz à plataforma.
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